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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/01/2017 | Saúde e Ciência
Ministério confirma 8ª morte por febre amarela contraída em Minas Gerais
Quatro destas oito mortes serão investigadas para descobrir se vacina pode ter causado a doença; segundo o governo, morte por febre amarela vacinal não tem registros importantes nos últimos anos.

O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira (18) a morte de oito pessoas em decorrência da febre amarela em Minas Gerais. Segundo a pasta, exames nas amostras de sangue desses pacientes detectaram a presença do vírus. Ao todo, 53 mortes registradas no leste mineiro são investigadas por suposta relação com a doença.

Em quatro das oito mortes confirmadas, o ministério já conseguiu confirmar que a doença foi contraída no meio rural - é a chamada febre amarela silvestre. Nos outros quatro, o governo ainda investiga a possibilidade de que a aplicação da vacina contra febre amarela, que contém o vírus vivo atenuado, tenha causado os óbitos. Não há registro ou suspeita de contágio em ambiente urbano.

"A vacina, em algumas situações, pode vir a causar febre amarela. Nos últimos anos, a gente não tem registro importante de febre amarela vacinal. Em situações em que você vacina um número grande pessoas, pode haver. Em especial, em pessoas que não têm indicação de vacinação, por exemplo, pessoas com imunossupressão [imunidade baixa]", declarou o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis do ministério, Eduardo Hage.

Até a tarde desta quarta, a pasta listava 206 casos suspeitos de febre amarela em 29 cidades do leste mineiro. Destes pacientes, 53 pessoas morreram - incluindo as oito com relação comprovada com a doença.

Além do surto registrado em Minas Gerais, as equipes de saúde também acompanham seis casos suspeitos em quatro municípios do Espírito Santo. Por causa desses registros, os estados receberam 1,6 milhão e 500 mil doses extras da vacina, respectivamente.

Áreas de risco

Historicamente, 18 estados e o Distrito Federal já são considerados "área de risco", mas a lista não inclui o Espírito Santo. Segundo o ministério, o estado continua fora desse mapa, mas receberá reforço pontual na imunização.

O mesmo deve acontecer em 14 cidades do Rio de Janeiro que estão próximos à região do surto em Minas Gerais. Haverá reforço de vacinação nestas cidades, mas o estado segue sem trechos incluídos na área de risco.

Nas 19 unidades da Federação identificadas como área de risco (total ou parcialmente), o ministério diz ter aumentado os estoques de vacina com mais 650 mil unidades.

Apenas oito estados estão fora da lista: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Vacinação

Se uma cidade ou região é considerada "área de risco", isso significa que todos os moradores e turistas que passarem por aquele local precisam estar com a vacinação em dia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que apenas uma dose de vacina é suficiente para a vida inteira, mas o protocolo nacional prevê duas doses, com intervalo máximo de 10 anos.

Se a caderneta infantil for seguida à risca, a primeira dose deve ser administrada aos 9 meses de vida, e a segunda, até 4 anos completos. Se faltar uma dessas doses, é preciso completar a vacinação.

Por Mateus Rodrigues, G1
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