DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2011 | Internacional
Militares do Egito prometem transição pacífica para governo civil democrático
O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, que controla o governo desde a queda do presidente Hosni Mubarak - que renunciou nesta sexta-feira (11) após 18 dias de protestos -, se comprometeu neste sábado (12) a "transferir pacificamente o poder, no marco de um sistema democrático, a uma autoridade civil".
Em discurso televisionado, o porta-voz do Conselho leu um comunicado - o quarto divulgado nas últimas 48 horas - no qual os militares pedem ao atual Executivo e aos governadores do país que realizem suas funções "até a formação de um novo governo".
A cúpula militar, que diz estar comprometida com "todos seus comunicados anteriores", destaca sua "confiança na capacidade, nas instituições e no povo do Egito para superar as delicadas circunstâncias atuais".
Para isso, ela pede a todas as instituições estatais e privadas que levem adiante sua "missão patriota para impulsionar o processo econômico em tranquilidade".
O Conselho também faz um apelo à população para que colabore com a polícia para garantir a paz nas ruas do país.
- A confiança entre a polícia e a população deve ser restaurada.
A polícia do Egito, que é controlada pelo Ministério do Interior, é vista com desconfiança por grande parte da população e esteve praticamente ausente das ruas durante os protestos iniciados no dia 25 de janeiro.
Conselho promete honrar tratados
No pronunciamento, o porta-voz do Conselho Supremo das Forças Armadas também prometeu que o Egito vai honrar "todos os tratados regionais e internacionais" assinados anteriormente, no que pode ser uma indicação de que o país continuará a reconhecer o Estado de Israel como legítimo.
Além de ser o guardião do Canal de Suez, por onde passa boa parte do comércio internacional, o Egito, assim como a Jordânia, é o único país da região a reconhecer o Estado de Israel.
As Forças Armadas também pediram à população que se juntem à autoridade pública para "apoiar o país e a economia".
Toque de recolher foi reduzido
Os militares também anunciaram que o toque de recolher em vigor no Egito começará quatro horas mais tarde, à meia-noite local (20h de Brasília), e não mais às 20h locais (16h de Brasília). A população deverá ficar fora das ruas até as 6h (2h de Brasília).
O horário do toque de recolher afetou a região metropolitana do Cairo e as cidades de Alexandria e Suez, onde foram realizados os maiores protestos contra o regime egípcio. Ainda não se sabe até quando a medida será mantida, mas os manifestantes acampados na praça Tahrir começaram nesta madrugada a desmontar suas barracas e a limpar a área.
Marechal vai comandar transição
O marechal Mohamed Hussein Tantawi, de 79 anos, é o homem que vai comandar o processo de transição política após a renúncia de Mubarak.
Tantawi é o atual ministro da Defesa e chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, a quem Mubarak encarregou “de dirigir as questões de Estado”, no discurso de renúncia lido pelo vice-presidente, Omar Suleiman. Tantawi ainda não se manifestou nem informou quem integrará o governo provisório.
Egito tenta retomar rotina
No dia seguinte à renúncia do presidente Mubarak, a vida na capital egípcia, Cairo, começa a voltar ao normal, enquanto o futuro político do país passa a ser discutido, depois de quase 20 dias de protestos e violência.
Na praça Tahrir, ponto principal de concentração dos protestos iniciados em 25 de janeiro, centenas de pessoas continuavam acampadas. Milhares de manifestantes passaram a noite no local, comemorando a saída do presidente.
O Exército egípcio começou neste sábado a retirar as barricadas dos acessos à praça, removendo carros queimados que serviam de barreiras. As Forças Armadas mantêm tanques e veículos blindados nas ruas, principalmente em frente aos prédios do governo e de outras instalações importantes.
Em discurso televisionado, o porta-voz do Conselho leu um comunicado - o quarto divulgado nas últimas 48 horas - no qual os militares pedem ao atual Executivo e aos governadores do país que realizem suas funções "até a formação de um novo governo".
A cúpula militar, que diz estar comprometida com "todos seus comunicados anteriores", destaca sua "confiança na capacidade, nas instituições e no povo do Egito para superar as delicadas circunstâncias atuais".
Para isso, ela pede a todas as instituições estatais e privadas que levem adiante sua "missão patriota para impulsionar o processo econômico em tranquilidade".
O Conselho também faz um apelo à população para que colabore com a polícia para garantir a paz nas ruas do país.
- A confiança entre a polícia e a população deve ser restaurada.
A polícia do Egito, que é controlada pelo Ministério do Interior, é vista com desconfiança por grande parte da população e esteve praticamente ausente das ruas durante os protestos iniciados no dia 25 de janeiro.
Conselho promete honrar tratados
No pronunciamento, o porta-voz do Conselho Supremo das Forças Armadas também prometeu que o Egito vai honrar "todos os tratados regionais e internacionais" assinados anteriormente, no que pode ser uma indicação de que o país continuará a reconhecer o Estado de Israel como legítimo.
Além de ser o guardião do Canal de Suez, por onde passa boa parte do comércio internacional, o Egito, assim como a Jordânia, é o único país da região a reconhecer o Estado de Israel.
As Forças Armadas também pediram à população que se juntem à autoridade pública para "apoiar o país e a economia".
Toque de recolher foi reduzido
Os militares também anunciaram que o toque de recolher em vigor no Egito começará quatro horas mais tarde, à meia-noite local (20h de Brasília), e não mais às 20h locais (16h de Brasília). A população deverá ficar fora das ruas até as 6h (2h de Brasília).
O horário do toque de recolher afetou a região metropolitana do Cairo e as cidades de Alexandria e Suez, onde foram realizados os maiores protestos contra o regime egípcio. Ainda não se sabe até quando a medida será mantida, mas os manifestantes acampados na praça Tahrir começaram nesta madrugada a desmontar suas barracas e a limpar a área.
Marechal vai comandar transição
O marechal Mohamed Hussein Tantawi, de 79 anos, é o homem que vai comandar o processo de transição política após a renúncia de Mubarak.
Tantawi é o atual ministro da Defesa e chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, a quem Mubarak encarregou “de dirigir as questões de Estado”, no discurso de renúncia lido pelo vice-presidente, Omar Suleiman. Tantawi ainda não se manifestou nem informou quem integrará o governo provisório.
Egito tenta retomar rotina
No dia seguinte à renúncia do presidente Mubarak, a vida na capital egípcia, Cairo, começa a voltar ao normal, enquanto o futuro político do país passa a ser discutido, depois de quase 20 dias de protestos e violência.
Na praça Tahrir, ponto principal de concentração dos protestos iniciados em 25 de janeiro, centenas de pessoas continuavam acampadas. Milhares de manifestantes passaram a noite no local, comemorando a saída do presidente.
O Exército egípcio começou neste sábado a retirar as barricadas dos acessos à praça, removendo carros queimados que serviam de barreiras. As Forças Armadas mantêm tanques e veículos blindados nas ruas, principalmente em frente aos prédios do governo e de outras instalações importantes.
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