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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/05/2016 | Economia
Micro e pequenas empresas perdem R$ 15 mi por dia no 1º trimestre
Micro e pequenas empresas perdem R$ 15 mi por dia no 1º trimestre Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
As MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC registraram queda de 18,3% no faturamento real (já descontada a inflação) no primeiro trimestre de 2016 na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores absolutos, a receita caiu de R$ 7,4 bilhões para R$ 6,1 bilhões.Os ganhos, portanto, foram R$ 1,3 bilhão inferiores, o equivalente a perdas de quase R$ 15 milhões por dia. Os dados integram a pesquisa Indicadores Sebrae-SP, divulgada ontem.

Considerando que 81 mil estabelecimentos integram o levantamento na região, é como se todos os participantes perdessem R$ 16.049 ao longo do primeiro trimestre – ou R$ 178 por dia.

Os dados mensais também são ruins para as MPEs das sete cidades. Em março deste ano, o faturamento foi de R$ 2,1 bilhões, ante R$ 2,7 bilhões no mesmo período de 2015. Em termos proporcionais, o tombo foi de 24%. No Estado, a retração foi de 13,1%, enquanto a Capital registrou recuo de 14,4%. Na Grande São Paulo, houve decréscimo de 18,6%.

Chama ainda mais atenção quando é feita a comparação com fevereiro: enquanto no Estado o faturamento das MPEs subiu 3,6%, no Grande ABC a receita recuou 2,4%.

A consultora do Sebrae-SP Letícia Aguiar considera que a região é atingida em maior intensidade pelo fato de possuir grande concentração de indústrias, especialmente as ligadas à produção de veículos – o setor é um dos mais atingidos pela crise econômica. “Uma vez que essa cadeia não vai bem, a população tem menos renda e diminui a quantidade de dinheiro em circulação, o que provoca queda no faturamento das MPEs do comércio e do setor de serviços”, comenta.

Não há divisão regional por ramo de atividade. Entretanto, Letícia avalia que a região segue tendência semelhante à do Estado, onde a indústria viu a receita cair 14,9% no trimestre, enquanto a do segmento de serviços encolheu 17,1% e a do comércio retraiu 13,5%.

Em relação ao nível de mão de obra, os estabelecimentos de micro e pequeno porte cortaram 7,5% nos postos de trabalho em março na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a março, o estoque de ocupados – que inclui proprietários, sócios e familiares dos donos – caiu 4,4%. Já a folha de pagamento foi encolhida em 12,8% no mês e, no trimestre, em 6,4%.

PERSPECTIVAS - A consultora do Sebrae-SP avalia que o desempenho das MPEs no Estado – e, consequentemente, no Grande ABC – deve permanecer ruim ao longo do ano. Para embasar seu argumento, ela cita previsão de queda no PIB (Produto Interno Bruto) em 2016. A estimativa do mercado financeiro, conforme o Relatório Focus, do Banco Central, é de que haja encolhimento de 3,88%.

Letícia acrescenta que, além dos fatores macroeconômicos, como inflação alta, queda na renda e restrição ao crédito, o cenário de incerteza tem influência para que o ambiente permaneça negativo. “Mesmo quem está empregado tem medo do que vai acontecer e adia as decisões de compra, especialmente de itens considerados supérfluos.”

Por Fábio Munhoz - Diário do Grande ABC
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