DATA DA PUBLICAÇÃO 23/08/2010 | Setecidades
Metrô precisa chegar ao ABCD, diz especialista
Quando se pensa em transportes do futuro, logo vem à mente uma imagem de Os Jetsons, desenho animado dos anos 1960. Afinal, carros e ônibus voadores parecem ser a única solução para o caos das grandes cidades.
De volta à realidade, enquanto o governo do Estado ignorar o transporte coletivo da Região, o caos continuará, de acordo com o professor de engenharia da UFABC (Universidade Federal do ABC) e especialista em transportes, José Alex Sant’anna.
Sant’anna acredita que a Região deve ser incluída no programa Expansão São Paulo. “O metrô não pode ficar somente na Capital. Seria interessante transformar a linha do trem metropolitano que cruza o ABCD em metrô, que é mais rápido e mais eficiente”, opinou.
O professor da UFABC é cético quanto à proposta de construção do Metrô Leve, um veículo de trilhos suspensos, defendida por prefeituras da Região. “Isso é coisa para a Europa, não resolve no Brasil. Custa caro e a capacidade é menor que a dos ônibus comuns”, criticou. Em sua avaliação, é melhor investir em corredores de ônibus e planejamento regional das linhas.
Outro crítico do sistema é o professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto. “O que precisa ser feito é construir metrô, de preferência elevado ou de superfície, no caso de cidades menores, como São Caetano”, sugeriu.
A ideia de elevar o sistema é defendida por conta da redução de custos da obra. “Hipoteticamente, enquanto o metrô de superfície custa um, o elevado custa dois e o de túnel, modelo mais utilizado em São Paulo, custa de seis a dez. Por isso é tão difícil fazê-lo chegar ao ABCD”, avaliou Peixoto.
O professor da FEI foi além e citou outros meios de transporte que poderiam levar a Região ao futuro: o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que chegou a ser avaliado como alternativa no ABCD, mas foi substituído pelo Metrô Leve; o ônibus por telefone (tipo de lotação), que funciona em Londres, é mais caro que um ônibus comum, mas mais barato que um táxi; e a boa e velha magrela. “A bicicleta é a verdadeira alternativa do futuro”, garantiu.
Projeto - A visão do secretário de Transportes de São Bernardo, Oscar José Ganeiro, é diferente. A cidade foi responsável por elaborar o projeto funcional do Metrô Leve. “Agora o Metrô de São Paulo será o responsável pela execução da obra e já aprovou a licitação para contratar o projeto básico”, disse Ganeiro.
De acordo com nota enviada pelo Metrô, a próxima etapa será a execução do projeto básico. Em dezembro do ano passado, foi liberado repasse de R$ 27,6 milhões do Ministério das Cidades para a conclusão dessa fase, que deve levar um ano. O Metrô também deverá elaborar estudos ambientais e os procedimentos de licenciamento da obra.
O percurso terminará na estação Tamanduateí, onde haverá a integração com o Metrô e a CPTM. Quando concluída, a obra representará economia de até uma hora nos deslocamentos dos passageiros do ABCD. No entanto, o Metrô não informou data para a conclusão.
A CPTM foi questionada sobre projetos futuros e a chegada do Metrô à Região, mas não se manifestou.
Metrô - Apontado como solução pelos especialistas, o metrô de São Paulo ainda deixa a desejar em relação ao de outros países. No total são 61 km de trilhos para atender 30,8 milhões de habitantes, transportando 3,7 milhões de passageiros/dia.
O metrô de Nova York atende população semelhante, de 30,4 milhões de habirantes, mas conta com 398 km de trilhos, distribuídos em 26 linhas e 468 estações, por onde passam 5,6 milhões de passageiros/dia.
O metrô com maior em extensão no mundo é o de Londres. Tem 415 km e atende 19,8 milhões de habitantes.
De volta à realidade, enquanto o governo do Estado ignorar o transporte coletivo da Região, o caos continuará, de acordo com o professor de engenharia da UFABC (Universidade Federal do ABC) e especialista em transportes, José Alex Sant’anna.
Sant’anna acredita que a Região deve ser incluída no programa Expansão São Paulo. “O metrô não pode ficar somente na Capital. Seria interessante transformar a linha do trem metropolitano que cruza o ABCD em metrô, que é mais rápido e mais eficiente”, opinou.
O professor da UFABC é cético quanto à proposta de construção do Metrô Leve, um veículo de trilhos suspensos, defendida por prefeituras da Região. “Isso é coisa para a Europa, não resolve no Brasil. Custa caro e a capacidade é menor que a dos ônibus comuns”, criticou. Em sua avaliação, é melhor investir em corredores de ônibus e planejamento regional das linhas.
Outro crítico do sistema é o professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto. “O que precisa ser feito é construir metrô, de preferência elevado ou de superfície, no caso de cidades menores, como São Caetano”, sugeriu.
A ideia de elevar o sistema é defendida por conta da redução de custos da obra. “Hipoteticamente, enquanto o metrô de superfície custa um, o elevado custa dois e o de túnel, modelo mais utilizado em São Paulo, custa de seis a dez. Por isso é tão difícil fazê-lo chegar ao ABCD”, avaliou Peixoto.
O professor da FEI foi além e citou outros meios de transporte que poderiam levar a Região ao futuro: o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que chegou a ser avaliado como alternativa no ABCD, mas foi substituído pelo Metrô Leve; o ônibus por telefone (tipo de lotação), que funciona em Londres, é mais caro que um ônibus comum, mas mais barato que um táxi; e a boa e velha magrela. “A bicicleta é a verdadeira alternativa do futuro”, garantiu.
Projeto - A visão do secretário de Transportes de São Bernardo, Oscar José Ganeiro, é diferente. A cidade foi responsável por elaborar o projeto funcional do Metrô Leve. “Agora o Metrô de São Paulo será o responsável pela execução da obra e já aprovou a licitação para contratar o projeto básico”, disse Ganeiro.
De acordo com nota enviada pelo Metrô, a próxima etapa será a execução do projeto básico. Em dezembro do ano passado, foi liberado repasse de R$ 27,6 milhões do Ministério das Cidades para a conclusão dessa fase, que deve levar um ano. O Metrô também deverá elaborar estudos ambientais e os procedimentos de licenciamento da obra.
O percurso terminará na estação Tamanduateí, onde haverá a integração com o Metrô e a CPTM. Quando concluída, a obra representará economia de até uma hora nos deslocamentos dos passageiros do ABCD. No entanto, o Metrô não informou data para a conclusão.
A CPTM foi questionada sobre projetos futuros e a chegada do Metrô à Região, mas não se manifestou.
Metrô - Apontado como solução pelos especialistas, o metrô de São Paulo ainda deixa a desejar em relação ao de outros países. No total são 61 km de trilhos para atender 30,8 milhões de habitantes, transportando 3,7 milhões de passageiros/dia.
O metrô de Nova York atende população semelhante, de 30,4 milhões de habirantes, mas conta com 398 km de trilhos, distribuídos em 26 linhas e 468 estações, por onde passam 5,6 milhões de passageiros/dia.
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