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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/09/2013 | Economia
Metalúrgicos têm reajuste de 8% no salário
 Metalúrgicos têm reajuste de 8% no salário Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Os metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra aceitaram a proposta dos empresários de autopeças e fundição para o reajuste salarial. Esses trabalhadores terão aumento de 8% e os pisos vão expandir em 16%.

As propostas do Grupo 3 (setores de autopeças, forjaria e parafusos) e das companhias de fundição foram apreciadas e aprovadas, ontem, pela categoria. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, o resultado é sinal de que as assembleias, com paralisações de até quatro horas, e a greve em cerca de 15 empresas, por 24 horas, surtiram efeito.

A data base da classe foi no dia 1º de setembro. A FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo) é a responsável pelas negociações com as bancadas patronais, que tiveram início em julho. Outros quatro grupos setoriais tiveram as propostas rejeitadas, portanto, garantiu Marques, a greve continuará.

Hoje, os metalúrgicos das empresas Brasmetal (700), em Diadema, e da Inoxtubos (300), em Ribeirão Pires, ambos do Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários, esquadrias, construções metálicas, artefatos de ferro e rodoviários) cruzam os braços por 24 horas, garantiu o presidente do sindicato.

“Enquanto os patronais não apresentarem propostas boas, vamos continuar com as assembleias e paralisações”, disse Marques.

AUMENTO - Nas quatro cidades, o Grupo 3 possui 24.071 trabalhadores. Já as empresas de fundição, 1.162. Excluindo os funcionários das montadoras, que fecharam acordos individuais, os dois grupos têm um terço do total de metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Eles terão a reposição da inflação no salário, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado entre setembro de 2012 e agosto, de 6,07%, mais aumento real de 1,82% – inicialmente eles queriam 2%.

“Esse acordo com certeza vai servir de base para os outros grupos. Não acredito que eles fechem por mais ou por menos do que isso”, avaliou o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, o Biro-Biro, que participou da assembleia, ontem no começo da noite, em São Bernardo.

No caso dos dois pisos salariais da categoria, para empresas com até 75 funcionários e àquelas com mais, haverá um incremento de 8%, sobre os valores de 2011, mais 8% sobre esse resultado, o que acumula alta de 14%. Isso porque em 2012 não houve acordo coletivo com o setor de autopeças. “Foram feitas negociações individuais. E as empresas não avançaram no piso no ano passado”, explicou Marques.

Portanto, o piso salarial nas empresas dos grupos 3 e Fundição com até 75 trabalhadores saltará de R$ 996 para R$ 1.161. As companhias com folha de pagamento superior elevarão os salários bases de R$ 1.214 para R$ 1.416.

Biro-Biro estimou ainda que os Grupos 2 (máquinas e eletrônicos), que possui 16.308 trabalhadores nas quatro cidades, e o 8, com 18.110 metalúrgicos, apresentarão novas propostas hoje. No entanto, o Grupo 10 só deverá se manifestar na próxima reunião, na sexta-feira. Este último, na semana passada, teve a oferta de aumento real nos salários de 1,35%, o que geraria total de 7,5%, rejeitada pela federação.

Representante do PT de São Bernardo na Câmara Federal, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, participou da assembleia, ontem, e garantiu que fará de tudo para brecar o PL (Projeto de Lei) 4.330, que permite a ampliação da terceirização da atividade nas empresas.

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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