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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/02/2012 | Economia
Metalúrgicos do ABC apoiam voltam às ruas para defender empregos
Metalúrgicos do ABC apoiam voltam às ruas para defender empregos  Sérgio Nobre: sem emprego, não há consumo. Foto: Rossana Lana
Sérgio Nobre: sem emprego, não há consumo. Foto: Rossana Lana
Cinco mil trabalhadores pararam a principal rua de comércio da cidade

Metalúrgicos do ABCD participaram de uma passeata em defesa do emprego realizada pela categoria na manhã de quinta-feira (09/02), no Centro de São Carlos, interior. Trabalhadores de 14 sindicatos do Estado se uniram para chamar a atenção da população e do governo federal sobre os problemas enfrentados pelo setor por causa da importação de produtos, especialmente peças, e que vem causando a demissão nas empresas.

De São Bernardo, quatro ônibus lotados com trabalhadores, organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, seguiram para apoiar a manifestação.

São Carlos acordou ao som dos trabalhadores, a principal rua do comércio teve uma manhã atípica e chamou a atenção dos comerciantes e clientes. Esta foi a primeira manifestação ocorrida na cidade pela categoria, e de acordo com os antigos moradores, nunca houve um evento que reunisse ‘um mar de gente’. E se um dos objetivos era chamar a atenção, o ato deu certo. As pessoas interrompiam as atividades para prestar a atenção nos sindicalistas. A maioria aprovou a ação e alguns até se uniram a passeata.

Empresas - A região de São Carlos é considerada um pólo produtor de peças, componentes e produtos da linha branca (fogão, geladeira, freezer, lavadora, entre outros), com cerca de 40 empresas. De acordo com Erick Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos, Ibaté, Ribeirão Bonito e Analândia, desde novembro de 2011 ocorreram 173 demissões por falta de demanda. “O setor de linha branca está aquecido por conta da redução do IPI. O problema é que ao invés de a indústria comprar as peças e componentes de empresas brasileiras, encomenda do exterior.”

O intuito da ação foi o de chamar a atenção do governo federal para adotar medidas semelhantes ao do setor automotivo, no qual há a exigência do produto ter 60% de conteúdo nacional e alertar a população que muitas vezes opta por adquirir produtos importados.

Trabalhadores lutam em defesa do emprego

O problema do setor de eletrônicos que abrange a linha branca é semelhante a de outros segmentos, especialmente o automotivo. Com a abertura econômica para os importados em 1990, o segmento da linha branca vem perdendo espaço, causando demissões. Porém, o problema se intensificou nos últimos anos porque a indústria nacional não consegue competir com o preço dos fornecedores do exterior como os chineses.

De acordo com pesquisa realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) 9,8 mil estabelecimentos de eletroeletrônico empregam 433 mil trabalhadores diretos e 854 mil indiretos.

“O problema é de todos nós, precisamos fortalecer a indústria nacional para garantir o emprego. Sem emprego não há consumo e também haverá demissão no comércio e outros setores”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, presente à manifestação, em São Carlos.

Por isso, assim como a categoria se uniu em São Carlos e na Via Anchieta no final de 2011, outras manifestações irão ocorrer em todo o País neste ano em defesa do emprego e da indústria brasileira.

*enviada especial a São Carlos

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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