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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/04/2015 | Cidade
Metalúrgicos de Santo André e Mauá fazem passeata contra terceirização
Trabalhadores de indústrias de Santo André e Mauá se reúnem hoje em passeata para se manifestarem contra o PL (Projeto de Lei) 4.430/2004, que regulamenta a terceirização em empresas privadas. A proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados na quarta-feira, hoje deve passar pela avaliação do Senado.

O ato, comandado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, pretende reunir cerca de 4.000 trabalhadores. Comparecerão em massa, segundo o presidente em exercício da entidade, José Braz da Silva, o Fofão, funcionários de cinco companhias: Magneti Marelli (que possui em torno de 1.300 empregados), Fundição Tupy (1.200), Federal Mogul (450), Maxion Wheels (450) e Prysmian (250).

Às 6h, os operários fecharão uma das pistas da Avenida Giovanni Battista Pirelli, na divisa entre Mauá e Santo André, e seguirão sentido ao município andreense. “Os trabalhadores vão entrar nas empresas, bater cartão, tomar café e se concentrar perto da Cofap (Mahle). Em torno de uma hora e meia depois eles vão voltar e trabalhar”, conta Fofão. Se tiverem desconto no salário devido às horas que ficarem fora da companhia, haverá greve, garante o sindicalista.

IMPACTOS - Embora a central sindical da entidade, a Força Sindical, posicione-se a favor da aprovação do PL 4.330, ao acreditar que ele acabará com a precarização do trabalho, o sindicato é contra. “Nossa base é metalúrgica. Seremos bastante afetados caso seja sancionado”, afirma Fofão. “Não queremos perder os direitos adquiridos. Se o projeto for aprovado, muitas indústrias vão demitir e terceirizar suas atividades. Só que os terceirizados não têm os mesmos benefícios, tanto que o maior sonho deles é se tornarem trabalhadores diretos da empresa. Eles ganham menos e muitos não têm vale-transporte nem convênio médico, já que as contratantes costumam ser firmas menores. Se o operário ganhar menos, ele não vai consumir, e a economia não vai se recuperar.”

O sindicalista teme também pela qualificação da mão de obra, que hoje se mantém graças aos investimentos das indústrias no profissional. O que, invariavelmente, deixará de acontecer caso eles sejam terceirizados, defende. Um dos maiores receios é o fato de a atividade-fim ser terceirizada – o que foi aprovado pelos deputados –, pois isso permitiria contratar indiretamente serviços para a fabricação de peças, motores, amortecedores e outras partes dos veículos, inclusive sua montagem. Hoje, equipes de limpeza, portaria, comunicação e refeição costumam ser terceirizadas.

PRÓXIMOS PASSOS - As passeatas continuarão ocorrendo nesta e na semana que vem, até que toda a base, composta por 22 mil trabalhadores, seja atingida. Amanhã, será a vez de mobilizar as indústrias de Utinga. A passeata, que pretende interditar pista da Avenida dos Estados, contará com a presença de empregados da Paranapanema (1.100 funcionários), Alcoa (450) e Novelis (250), totalizando 1.800 pessoas. Na quinta, o ato será em Sertãozinho, Mauá, e a intenção é reunir cerca de 3.000 operários das diversas empresas dessa região, a exemplo de Ferkoda, Quasar, Forjafrio e Zaidin, no mesmo horário das 6h. Como sexta é feriado devido ao Dia do Trabalhador, a continuidade da agenda de manifestações será definida e retomada a partir de segunda.

Duas semanas atrás, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC reuniu cerca de 20 mil trabalhadores das montadoras Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford e Scania em ato que interditou parte da Via Anchieta em São Bernardo também contra a terceirização.


Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
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