DATA DA PUBLICAÇÃO 20/11/2012 | Economia
Metalúrgico negro ganha 37% menos que o não negro, aponta estudo
Entre as mulheres, diferença é ainda maior, conforme levantamento da Fundação Seade e Dieese
Os trabalhadores negros no ramo metalúrgico ganham 37% menos que os não negros. Entre as mulheres, a diferença é ainda maior: as negras recebem 41% menos, de acordo com da subseção do Dieese e da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT).
O levantamento da subseção Dieese aponta que o ramo metalúrgico emprega 2.340.250 trabalhadores. Desse total, o número de metalúrgicos negros soma apenas 26,7%.
Tomando por comparação o estudo feito pela Fundação Seade e o Dieese na região metropolitana de São Paulo – a mais industrializada do país –, constata-se que a proporção de trabalhadores negros nas empresas metalúrgicas é bem inferior. De acordo com o levantamento (que foi baseado na Pesquisa de Emprego e Desemprego), do total da PEA (População Economicamente Ativa) da Grande São Paulo o setor industrial emprega 17,2% negros e 18,4% não negros. Ou seja, a proporção de raças é quase a mesma.
Para a secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT, Christiane Aparecida dos Santos, essa diferença entre os dados gerais da indústria e os do ramo metalúrgico tem uma explicação: a qualificação da mão de obra.
“Infelizmente, o círculo vicioso gerado pelo preconceito ainda persiste no mercado de trabalho: paga-se menos para o trabalhador negro e, assim, ele não tem como se qualificar profissionalmente. Com isso, mesmo sendo maioria na população, aos trabalhadores negros continuam restando as ocupações que exigem menor qualificação ”, avalia Christiane, citando como exemplo que os negros são maioria na construção civil e no trabalho doméstico: “Na PEA da Grande São Paulo, a construção civil emprega 8,4% de negros e 4,9% de não negros. Entre os trabalhadores domésticos, os não negros são 5,4% e os negros, 10,1%”.
Remuneração - O estudo da Subseção do Dieese da CNM/CUT e FEM-CUT/SP revela que a remuneração média do metalúrgico negro é de R$ R$ 1.938,00 contra R$ 2.661,67 da recebida pelo trabalhador não negro.
Já a metalúrgica negra recebe salário médio de R$ R$ 1.421,00. Entre as não negras, a remuneração média é de R$ 2.007,48.
“Aqui, de novo constatamos o abismo e como a discriminação é ainda mais gritante em relação à mulher negra. Ou seja, apesar de todas as políticas afirmativas em relação a gênero e raça, infelizmente o preconceito continua sendo um instrumento de geração de lucro para o capitalismo. A lógica de que o trabalahdor negro vale menos persiste, 124 anos depois da abolição da escravatura”, ressalta Christiane.
Os trabalhadores negros no ramo metalúrgico ganham 37% menos que os não negros. Entre as mulheres, a diferença é ainda maior: as negras recebem 41% menos, de acordo com da subseção do Dieese e da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT).
O levantamento da subseção Dieese aponta que o ramo metalúrgico emprega 2.340.250 trabalhadores. Desse total, o número de metalúrgicos negros soma apenas 26,7%.
Tomando por comparação o estudo feito pela Fundação Seade e o Dieese na região metropolitana de São Paulo – a mais industrializada do país –, constata-se que a proporção de trabalhadores negros nas empresas metalúrgicas é bem inferior. De acordo com o levantamento (que foi baseado na Pesquisa de Emprego e Desemprego), do total da PEA (População Economicamente Ativa) da Grande São Paulo o setor industrial emprega 17,2% negros e 18,4% não negros. Ou seja, a proporção de raças é quase a mesma.
Para a secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT, Christiane Aparecida dos Santos, essa diferença entre os dados gerais da indústria e os do ramo metalúrgico tem uma explicação: a qualificação da mão de obra.
“Infelizmente, o círculo vicioso gerado pelo preconceito ainda persiste no mercado de trabalho: paga-se menos para o trabalhador negro e, assim, ele não tem como se qualificar profissionalmente. Com isso, mesmo sendo maioria na população, aos trabalhadores negros continuam restando as ocupações que exigem menor qualificação ”, avalia Christiane, citando como exemplo que os negros são maioria na construção civil e no trabalho doméstico: “Na PEA da Grande São Paulo, a construção civil emprega 8,4% de negros e 4,9% de não negros. Entre os trabalhadores domésticos, os não negros são 5,4% e os negros, 10,1%”.
Remuneração - O estudo da Subseção do Dieese da CNM/CUT e FEM-CUT/SP revela que a remuneração média do metalúrgico negro é de R$ R$ 1.938,00 contra R$ 2.661,67 da recebida pelo trabalhador não negro.
Já a metalúrgica negra recebe salário médio de R$ R$ 1.421,00. Entre as não negras, a remuneração média é de R$ 2.007,48.
“Aqui, de novo constatamos o abismo e como a discriminação é ainda mais gritante em relação à mulher negra. Ou seja, apesar de todas as políticas afirmativas em relação a gênero e raça, infelizmente o preconceito continua sendo um instrumento de geração de lucro para o capitalismo. A lógica de que o trabalahdor negro vale menos persiste, 124 anos depois da abolição da escravatura”, ressalta Christiane.
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