DATA DA PUBLICAÇÃO 16/01/2009 | Economia
Metalúrgicas intensificam demissões
Indústrias do setor automotivo da região ampliam as demissões, em um movimento que se segue à baixa na demanda dos últimos três meses. A queda nas vendas de veículos para um patamar mais "normal", distante da euforia do início de 2008 - quando se observava uma alta de 30% na comercialização de zero-quilômetro frente a 2007 - era esperada por especialistas do setor, mas as turbulências vinculadas às dificuldades de crédito levam as empresas da região a cortar de forma expressiva.
Um exemplo é a Magneti Marelli Cofap, que anunciou na quinta-feira que vai demitir 6% de seu quadro total de colaboradores no País, ou seja, 480 funcionários, de suas três plantas fabris do Grande ABC.
Outra fabricante de autopeças, a Borlem Alumínio, de Santo André, fez nesta semana 34 desligamentos e acertou com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Mauá e Região a colocação de outros 64 em folga (licença remunerada ou banco de horas) por 20 dias. A entidade afirma que tem negociação em andamento com pelo menos mais dez empresas para evitar uma onda de desemprego em massa.
Na próxima segunda-feira, 6.000 trabalhadores da GM (General Motors) de São Caetano retornam das férias coletivas. Devido às 744 demissões de temporários na unidade de São José dos Campos, o clima é de apreensão. Por isso, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano se reúne com a GM na própria segunda a fim de discutir alternativas.
Manifestação - Haverá manifestações hoje às 5h na unidade da Cofap em Santo André e às 14h, na de São Bernardo, para pressionar a empresa a rever o corte de vagas.
A indústria comunicou, em nota, que desde o ano passado vinha adotando medidas emergenciais na tentativa de minimizar os efeitos do cenário econômico mundial. A fabricante de autopeças afirmou ainda que "não estão previstas novas alterações no quadro de colaboradores no curto prazo."
Segundo o presidente do Sindicato de Santo André, Cícero Firmino da Silva, o PDV (Programa de Demissão Voluntária) nas três unidades que se encerrou no último dia 14 - contou com apenas 35 adesões e como esse o número foi menor do que o esperado, a Magneti teria decidido demitir.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que tem como base as empresas de São Bernardo e Diadema, comunicou que vai lutar para a Marelli voltar à mesa de negociação para tentar acordos como o obtido com outras empresas. Assembleia realizada pela entidade ontem na Fiamm e na Sogefi (que fazem parte do mesmo grupo), em São Bernardo, aprovou garantia de estabilidade no emprego durante o primeiro trimestre para os mais de 450 empregados nessas duas fábricas. A Proxyon, também de São Bernardo, pode fechar hoje entendimento que garante estabilidade no emprego para os 280 metalúrgicos da companhia.
O Sindicato do ABC e a TRW voltam a se reunir na próxima terça-feira para avaliar as conversas realizadas pela indústria com os trabalhadores que receberam comunicado de demissão por carta, mas estão às vésperas de se aposentar ou são portadores de doença de trabalho.
Contraponto - Na contramão da crise econômica mundial, a fábrica da Volkswagen de Taubaté, no interior de São Paulo, decidiu efetivar 450 trabalhadores temporários, cujos contratos venceriam em fevereiro e renovar o contrato de 200 metalúrgicos. E, em São Bernardo, a montadora convocou 5.600 funcionários para fazerem hora-extra amanhã - a unidade tem quadro de 8.000 empregados.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, a convocação da Volks prova que as demissões que vêm ocorrendo são precipitadas. A montadora, no entanto, explica que a medida é comum em todo início de ano para repor estoque de determinados modelo. Segundo a empresa, os funcionários vão trabalhar a mais amanhã, mas, se necessário, podem ter folgas durante a semana para adequar a produção. (com AE)
Um exemplo é a Magneti Marelli Cofap, que anunciou na quinta-feira que vai demitir 6% de seu quadro total de colaboradores no País, ou seja, 480 funcionários, de suas três plantas fabris do Grande ABC.
Outra fabricante de autopeças, a Borlem Alumínio, de Santo André, fez nesta semana 34 desligamentos e acertou com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Mauá e Região a colocação de outros 64 em folga (licença remunerada ou banco de horas) por 20 dias. A entidade afirma que tem negociação em andamento com pelo menos mais dez empresas para evitar uma onda de desemprego em massa.
Na próxima segunda-feira, 6.000 trabalhadores da GM (General Motors) de São Caetano retornam das férias coletivas. Devido às 744 demissões de temporários na unidade de São José dos Campos, o clima é de apreensão. Por isso, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano se reúne com a GM na própria segunda a fim de discutir alternativas.
Manifestação - Haverá manifestações hoje às 5h na unidade da Cofap em Santo André e às 14h, na de São Bernardo, para pressionar a empresa a rever o corte de vagas.
A indústria comunicou, em nota, que desde o ano passado vinha adotando medidas emergenciais na tentativa de minimizar os efeitos do cenário econômico mundial. A fabricante de autopeças afirmou ainda que "não estão previstas novas alterações no quadro de colaboradores no curto prazo."
Segundo o presidente do Sindicato de Santo André, Cícero Firmino da Silva, o PDV (Programa de Demissão Voluntária) nas três unidades que se encerrou no último dia 14 - contou com apenas 35 adesões e como esse o número foi menor do que o esperado, a Magneti teria decidido demitir.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que tem como base as empresas de São Bernardo e Diadema, comunicou que vai lutar para a Marelli voltar à mesa de negociação para tentar acordos como o obtido com outras empresas. Assembleia realizada pela entidade ontem na Fiamm e na Sogefi (que fazem parte do mesmo grupo), em São Bernardo, aprovou garantia de estabilidade no emprego durante o primeiro trimestre para os mais de 450 empregados nessas duas fábricas. A Proxyon, também de São Bernardo, pode fechar hoje entendimento que garante estabilidade no emprego para os 280 metalúrgicos da companhia.
O Sindicato do ABC e a TRW voltam a se reunir na próxima terça-feira para avaliar as conversas realizadas pela indústria com os trabalhadores que receberam comunicado de demissão por carta, mas estão às vésperas de se aposentar ou são portadores de doença de trabalho.
Contraponto - Na contramão da crise econômica mundial, a fábrica da Volkswagen de Taubaté, no interior de São Paulo, decidiu efetivar 450 trabalhadores temporários, cujos contratos venceriam em fevereiro e renovar o contrato de 200 metalúrgicos. E, em São Bernardo, a montadora convocou 5.600 funcionários para fazerem hora-extra amanhã - a unidade tem quadro de 8.000 empregados.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, a convocação da Volks prova que as demissões que vêm ocorrendo são precipitadas. A montadora, no entanto, explica que a medida é comum em todo início de ano para repor estoque de determinados modelo. Segundo a empresa, os funcionários vão trabalhar a mais amanhã, mas, se necessário, podem ter folgas durante a semana para adequar a produção. (com AE)
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