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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/09/2011 | Cultura
Metallica justifica expectativa dos fãs com duas horas de clássicos do metal
Com um show ancorado em seu repertório mais antigo, hoje cheio de clássicos do metal, o Metallica fechou o primeiro fim de semana do Rock in Rio de modo impecável --com velocidade, peso e respeito pelos fãs. James Hetfield (guitarra e vocal), Lars Ulrich (bateria), Kirk Hammett (guitarra) e Robert Trujillo (baixo) tocaram com garra 18 músicas (11 delas lançadas entre 1983 e 1988) em pouco mais de duas horas de show e justificaram a expectativa da lotada plateia que os aguardava, a maior que já tiveram no Brasil.

O quarteto já entrou no palco em ritmo acelerado, com "Creeping Death", uma aula de thrash metal, o gênero que a banda consagrou - guitarras agudas em velocidade absurda (e com um riff matador), acompanhadas de uma bateria animal. Emendaram sem parar com outra das favoritas da velha guarda, "For Whom the Bell Tolls", onde Kirk Hamett começou a mostrar seu talento na guitarra.

Um festival pirotécnico, com grandes labaredas por todos os lados do palco (outra marca do Metallica), anunciou a apropriada "Fuel", um dos sucessos do Metallica com a geração que os conheceu nos anos 90. "Rio, vocês estão se sentindo bem? Eu estou me sentindo melhor", disse James Hetfield, que comanda o show à frente da banda.

"Temos alguns fãs mais novos que talvez não conheçam as coisas mais velhas", disse, antes de apresentar um exemplo, "Ride the Lightining", faixa-título do disco de 1984, um dos primeiros e mais bem-sucedidos da banda. A música é quase uma competição entre os integrantes da banda para ver quem toca mais rápido e mais pesado, o tipo de coisa que os fãs admiram em êxtase (e imitam com suas air guitars e air drums, numa cena que se repetiu em várias canções e vários pontos da Cidade do Rock).

Mas o Metallica não é só barulho e velocidade: é também melodia e letra, como na bela "Fade to Black", com sua marcante introdução ao violão. "Rio, do you feel it?", pergunta Hetfield, com a plateia em suas mãos.

O ritmo da empolgação cai um pouco quando a banda emenda duas canções de seu último disco, "Death Magnetic" (2008), a reverência dos fãs no entanto, segue intacta, até porque "Cyanide" e "All Nightmare Long" não passam vergonha no repertório do Metallica.

"Vocês estão cansados? Só estamos aquecendo. Estão com vontade de cantar?", pergunta o vocalista antes de puxar o coro em "Sad but True", um dos hinos de estádio do disco mais conhecido da banda, o chamado "álbum preto", de 1991, dele também viriam a balada "Nothing Else Matters" e "Enter Sandman", antes da saída para o bis.

Antes disso, no entanto, a melhor parte da noite se desenharia a partir da instrumental "Orion", dedicada a Cliff Burton (1962-1986), o baixista morto em um acidente com o ônibus da banda --ele também foi homenageado por um fã clube brasileiro que fez uma bandeira com seu rosto, que a banda abriu ao final do show. A sequência com "One", "Master of Puppets" (duas das mais reverenciadas canções de todo o metal) e "Blackened" justifica, por si só, o preço do ingresso e a própria existência do Metallica.

No bis, lembrariam o primeiro disco ("Kill 'Em All", 1983) com as pauleiras de "Whiplash" e "Seek & Destroy", intercaladas pela cover de "Am I Evil?" (do Diamond Head). Felizes diante de um público radiante, os quatro cavaleiros do metal passaram dez minutos após o fim das canções apenas cumprimentando seus fãs (incluindo uma descida para falar com a turma apertada na grade da frente do palco).

Por Marco Aurélio Canônico, do Rio - Folha Online
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