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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/08/2010 | Economia
Metade da renda dos paulistanos endividados está comprometida nas prestações
Metade da renda das famílias paulistanas endividadas está comprometida no pagamento de prestações do cartão de crédito, carnês, empréstimos, financiamento de veículos ou até mesmo para cobrir o saldo devedor do banco (cheque especial). Em números, os endividados chegam a 1,8 milhão em São Paulo.

Segundo Pesquisa de Endividamento de Inadimplência do Consumidor da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo), divulgada nesta sexta-feira (20), metade das famílias paulistanas (50%) está com algum tipo de dívida, número razoavelmente menor ao constatado no mês passado, quando o endividamento chegava a 52%.

Desse total, o endividamento vai de 11% a 50% da renda, enquanto para 24% dos endividados o comprometimento é superior a 50% do orçamento familiar. Somente para 21% o comprometimento é inferior a 10% da renda familiar mensal.

Na hora de dividir a prestação do eletrodoméstico ou do móvel, o consumidor tem preferido o cartão de crédito, que lidera com 69% das dívidas. Em seguida, aparecem os carnês (24%), o crédito pessoal (9%), o cheque especial (9%) e o financiamento de veículos (8%).

Segundo Adelaide Reis, assessora econômica da Fecomercio, o ambiente econômico favorável, o que indica um crescimento sustentado do crédito às famílias, favorece a evolução do consumo familiar.

- A expansão do emprego e da renda familiar, o aumento da oferta de crédito, a elevação da confiança do consumidor e a evolução moderada do endividamento médio dos tomadores de empréstimos são importantes para esse cenário.

Risco de calote

Para Adelaide, o aumento no comprometimento da renda significa que os paulistanos estão poupando menos e se arriscando mais o orçamento, no pagamento de prestações. O calote, no entanto, não está relacionado ao excesso de parcelas, mas sim na renda e na manutenção do emprego.

- O que influencia a inadimplência é a questão do emprego. No entanto, quanto mais a sua renda for comprometida, a situação obviamente fica mais crítica. O ideal é que não se comprometa tanto o orçamento..

A especialista aponta que devido ao aumento da confiança, os brasileiros estão “mais dispostos” a gastar, o que acaba diminuindo a capacidade de poupar. No caso de perder o emprego, o trabalhador mais endividado obviamente é o que o corre mais riscos de interromper o pagamento e, por não ter nenhum dinheiro guardado, torna-se mais propenso ao calote.

Apesar do grau de endividamento alto, o calote nos pagamentos segue trajetória de queda. O índice de inadimplência chegou a 5% em agosto deste ano, enquanto no mesmo mês do ano passado estava em 8%.

Em relação às famílias com contas em atraso, a pesquisa mostra que 47% das famílias endividadas estão com pagamentos atrasados há mais de 90 dias. Outros 29% têm contas em atraso por até 30 dias e 23% das famílias têm atrasos entre 30 e 90 dias. Em média, o tempo de atraso no pagamento de contas em dias é de 61 dias.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor é realizada mensalmente pela Fecomercio desde fevereiro de 2004. A partir de 2010, a CNC (Confederação Nacional do Comércio) comprou a pesquisa da Fecomercio, que passou a analisar os dados nacionalmente. A Federação continua divulgando os dados de São Paulo, alinhados com a data de divulgação da PEIC nacional pela CNC. Os dados são coletados junto a cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo.

Por R7
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