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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/12/2012 | Economia
Mercedes chama de volta os 1,5 mil que estavam afastados
Mercedes chama de volta os 1,5 mil que estavam afastados Valter Sanches, (dir.), diretor do sindicato, explica as negociações ao lado da diretoria da Mercedes. Foto: Andris Bovo
Valter Sanches, (dir.), diretor do sindicato, explica as negociações ao lado da diretoria da Mercedes. Foto: Andris Bovo
Retomada de vendas e produção de caminhões, após medidas do governo, eliminam lay-off

Os 1.500 trabalhadores que estavam afastados da produção na Mercedes-Benz voltam às linhas em janeiro de 2013. A confirmação veio da empresa na manhã desta segunda-feira (17/12). O setor começou a demonstrar reaquecimento em novembro.

O retorno foi possível devido às negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para manter os empregos nos meses de crise vivido pela montadora neste ano e pelas ações do governo federal para estimular a aquisição de caminhões.

A venda de caminhões caiu cerca de 40% em 2012. Isto porque, desde janeiro as montadoras tiveram que cumprir a legislação para a fabricação de veículos com motores menos poluentes, o Euro 5. A norma de controle de poluentes e a nova tecnologia encareceram em 15% o valor do veículo derrubando as vendas. Prevendo esse aumento nos preços, em 2011 os empresários do ramo anteciparam as compras do modelo anterior, o Euro 3.

Foi neste cenário de baixa produção que a Mercedes-Benz e o sindicato firmaram alguns acordos. Além de paradas na produção (15 dias), banco de horas (17dias) e os 10 dias de férias coletivas neste final de ano, a Mercedes adotou em junho a suspensão do contrato de trabalho, conhecida por lay-off. Neste modelo, os trabalhadores ficaram afastados participando de cursos de qualificação profissional e recebendo o salário.

Para o presidente da Mercedes-Benz, Jürgen Ziegler, a negociação com o sindicato foi fundamental para evitar as demissões. “A relação estreita com o sindicato nos fez buscar alternativas. Agora sentimos uma breve retomada e estamos confiantes que iremos melhorar em 2013”, disse o executivo.

A empresa irá chamar os metalúrgicos em grupos a cada semana de janeiro. Os que serão reintegrados incluem cerca de 480 operários com contratos temporários, que vão até março. E com a perspectiva dos temporários se tornarem efetivos após abril se confirmada a melhora do mercado. A Mercedes prevê aumentar a produção em 15% nos quatro primeiros meses de 2013.

Foram sete meses em casa, mas os trabalhadores estavam confiantes de que haveria uma retomada na produção. “Pelo histórico de luta do sindicato, confiamos que voltaríamos ao trabalho. Sempre permanecemos unidos e na expectativa”, disse o montador, Eric Danilo de Oliveira.

Medidas do governo ajudam na retomada

A Mercedes-Benz fechará 2012 com a produção de cerca de 50 mil caminhões e ônibus. Em 2011, bateu recorde de produção com 80 mil unidades. Já para 2013, a projeção é produzir entre 60 e 65 mil. “Acreditávamos nesta retomada. E lutamos para que esses trabalhadores estivessem na fábrica quando houvesse mais demanda. Os incentivos do governo também foram fundamentais para que aquecesse o setor e aumentasse a produção”, afirmou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Valter Sanches, que também é membro do Conselho de Administração da empresa.

Os dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) revelam que o volume de unidades vendidas por dia cresceu 9,5% de outubro (574 unidades diárias) para novembro (630 unidades diárias). “Novembro teve dois dias úteis a menos que o mês anterior e mesmo assim superou a média de vendas diárias. Isso com certeza é um retomada”, explicou Cledorvino Belini, presidente da Anfavea.

Para reverter o cenário, o governo reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) desde maio e, no fim de agosto, a taxa de juros do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A taxa de juros para o financiamento de caminhões foi cortada de 5,5% para 2,5%. O programa que iria acabar no final do ano, foi prorrogado por um ano, com juros passando dos 2,5% para 3% no primeiro semestre de 2013.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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