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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/07/2010 | Saúde e Ciência
Mel pode ser nova arma contra bactérias resistentes
Cientistas da Universidade de Amsterdã não apenas comprovaram a ação antibacteriana do mel como mostraram que ele pode neutralizar bactérias resistentes a antibióticos, como Staphylococcus aureus e E. coli.

Os pesquisadores também deram um passo além na busca de novas formas de prevenir e tratar infecções ao descobrir qual é a substância do mel que tem essa ação.

Batizada com o sugestivo nome de defensin-1, trata-se de uma proteína presente no organismo das abelhas, por elas acrescentada ao mel.

"É importante encontrarmos produtos naturais que desativam bactérias. Eles não têm a toxicidade dos medicamentos e podem ser usados em quantidades maiores", diz o infectologista Marcos Boulos, da Faculdade de Medicina da USP.

O uso popular do mel para tratar sintomas como dor de garganta mostra que ele tem alguma eficácia, segundo Boulos. Porém, o mel "in natura" não oferece garantia de controle da infecção.

"Além da questão da qualidade do mel, não sabemos se a substância ativa foi ingerida em concentração suficiente. A vantagem da pesquisa foi isolar a substância, o que pode levar ao desenvolvimento de produtos eficazes para cura e prevenção de infecções", diz o médico.

Segundo o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, o mel é um nutriente de alto valor energético, que pode ajudar o sistema imunológico, mas o uso contra infecções ainda tem que ser muito estudado.

Durval Ribas, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, diz que há alguns estudos mostrando a ação anti-inflamatória e bactericida do mel em infecções de pele. "Mas ainda não podemos confirmar o uso médico", acrescenta.

Para os autores da pesquisa, publicada no jornal da Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental, o mecanismo de ação foi esclarecido.

Eles afirmam que tanto o mel quanto a substância antibacteriana isolada (a defensin 1) têm alto valor na prevenção e no tratamento de infecções por bactérias resistentes a antibióticos.

Por Iara Biderman - Colaboração para a Folha
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