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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/12/2011 | Geral
Mega da Virada alimenta sonhos de apostadores
Mega da Virada alimenta sonhos de apostadores  Fila em lotérica da Região: sonhos soltos. Foto: Luciano Vicioni
Fila em lotérica da Região: sonhos soltos. Foto: Luciano Vicioni
Desejo mais comum de quem faz a aposta é voltar para a terra natal; sorteio é neste sábado, às 20h

Fim de ano é a época das reuniões de família, da correria no trabalho para aproveitar as festas, de tomar champanhe e se vestir de branco. Outro evento que já se tornou tradicionalíssimo nesta fase do calendário é a Mega da Virada, loteria promovida pela Caixa Econômica Federal no dia 31 de dezembro, que paga ao ganhador prêmios de até R$ 190 milhões.

Nas rodinhas de bar, no trabalho, em casa, é fácil encontrar um grupinho discutindo o que faria se ganhar o prêmio milionário. A reportagem foi até uma movimentada lotérica do Centro de São Bernardo perguntar quais os sonhos dos apostadores.

Entre os entrevistados, muitos desejos de consumo se repetiram, como iates, fazendas e carros de luxo, mas apenas um sonho, um único sonho, foi absolutamente unânime: sair de São Paulo e voltar à terra de origem. E quando eles falam São Paulo, estão se referindo à região metropolitana.

O porteiro José Messias, 47 anos, que veio há 20 anos do Piauí para São Bernardo, foi o mais enfático. Para Messias, São Paulo não é lugar para viver, é lugar para trabalhar. “Se eu ganho esse prêmio dou um basta a isso aqui (São Paulo). Aqui é para trabalhar; do contrário, é a terra da gente.”

Volta às origens - Além de ajudar a família, ter um negócio próprio, algumas fazendas e prover boa educação aos filhos, o pintor Cláudio Ribeiro de Sena, 36 anos, também sonha em usar os milhões para voltar à Bahia.

“Em São Paulo não se vive, se vegeta. É uma correria só. Não dá tempo de se divertir, tomar uma cervejinha sossegado no bar, ter tempo pra ficar com a família, com os amigos. Isso não é só comigo, que sou pobre, não. Porque eu vejo a vida do meu patrão como é. Ele tem tudo e não usa nada. Não dá tempo”, afirmou Sena.

Messias e Sena são apostadores assíduos da mega-sena. Mas há também quem jogue apenas no fim do ano, para o superprêmio da Mega da Virada. Este ano o prêmio deve pagar R$ 170 milhões, podendo chegar a quase R$ 200 milhões. Em 2010, quatro apostadores dividiram a bolada. As apostas podem ser feitas até 14h de sábado (31/12), e o sorteio está marcado para o mesmo dia, às 20h, com transmissão televisiva.

Edmilson Conceição, 40 anos, que sempre faz a “fezinha” na lotérica, imagina que com os milhões poderá viver de renda, morando em uma fazenda na Bahia.

“Tem de ajudar a família, outras pessoas que precisam também, é claro. Trabalhei a minha vida inteira. Acho que fiz só isso até hoje. Quero voltar pra Bahia e ficar lá fazendo nada”, afirma Conceição.

Bolões proibidos - A Caixa Econômica Federal alertou no início desta semana aos apostadores da Mega da Virada que não reconhece os bolões, jogos combinando vários números em diversas apostas, promovidos por muitas lotéricas. O único comprovante reconhecido para fins de recebimento de prêmios é aquele emitido pelo terminal financeiro lotérico, no ato da aposta.

Apesar da prática ser proibida, o ABCD MAIOR flagrou algumas lotéricas da Região oferecendo bolões aos seus clientes. Diferentemente de anos anteriores, quando os empreendimentos colocavam cartazes para chamar a atenção das pessoas, neste ano a prática foi mais discreta, com pequenos informativos sobre o bolão em frente ao caixa.

A maior concentração de lotéricas que adotaram a prática dos bolões estão localizadas nas regiões centrais do ABCD. Em São Bernardo, um estabelecimento no final da Marechal Deodoro e uma lotérica ao lado da rodoviária da cidade ofereciam o pacote de bolões aos seus clientes. De acordo com atendentes dos dois empreendimentos, as apostas poderiam ser feitas até este sábado (31/12).

Mais chances - O engenheiro Mário Maranhão, 55 anos, contou que utilizou o bolão em uma das lotéricas de São Bernardo. “Não acho que seja errado jogar neste formato. É uma forma de ter mais chances de ganhar na loteria. O preço é bem semelhante se jogasse avulso, ou seja, acredito que essa proibição não leva a nada”, ressaltou.

A professora Luiza Pinho, 42, afirmou que optou por utilizar o formato de bolões pela terceira vez. “Comecei jogando com um grupo de amigas e agora a prática acabou se estendendo com as colegas de trabalho. A gente sempre procura uma lotérica que oferece o formato em questão. Se nossas apostas derem certo, nosso objetivo é abrir um restaurante juntas”, ponderou.

O aposentado Fernando Vecchio, 65 , contou que prefere os bolões por ser uma forma mais econômica de aposta e que aumenta as chances de ser contemplado. “Já ganhei uma vez e usei o prêmio para pagar o meu cartão de crédito”, comentou.

Em nota oficial, a CEF informou que as lotéricas de todo o País não estão autorizadas a realizar bolões. A instituição financeira ressaltou também que a fiscalização nas unidades lotéricas é realizada por uma equipe de auditoria, não só durante dezembro, mas também ao longo do ano todo.

Colaborou Felipe Rodrigues.

Por Carol Scorce - ABCD Maior
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