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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/08/2013 | Saúde e Ciência
Médicos ganham R$ 12 mil na rede pública da Região
Médicos ganham R$ 12 mil na rede pública da Região Salários variam de R$ 5,2 mil em Rio Grande a R$ 12,6 mil em São Bernardo. Foto: Arquivo
Salários variam de R$ 5,2 mil em Rio Grande a R$ 12,6 mil em São Bernardo. Foto: Arquivo
Vencimentos mais altos são pagos a profissionais que atuam na rede de saúde de São Bernardo

Vencimentos mensais de médicos que atuam na rede pública do ABCD, em regime de 40 horas semanais, no Programa de Saúde da Família, podem chegar a R$ 12,6 mil. Na Região, a cidade que paga maior salário é São Bernardo e a que tem o menor vencimento é Rio Grande da Serra, onde o profissional recebe R$ 5,2 mil. Nos dois casos também há gratificações mensais.

No ABCD, São Bernardo é seguida por Diadema (R$ 11,1 mil), Santo André (R$ 6,4 mil para médicos em regime de 20 horas semanais), Ribeirão Pires (R$ 8,5 mil) e Rio Grande da Serra (R$ 5,2 mil). Em todos os casos os profissionais recebem gratificações salariais. São Caetano e Mauá não informaram os vencimentos dos médicos.

Atrativo

O programa Mais Médicos, do governo federal, tem como objetivo investir na contratação de médicos que atuem exatamente no Programa de Saúde da Família e em unidades de saúde que estejam localizadas nas periferias dos municípios. O ABCD solicitou 88 médicos e, em um primeiro momento, deve receber quatro médicos estrangeiros e outros cinco brasileiros.

A estudante brasileira Bruna Cristina Buava, que faz o curso de Medicina em Cuba, explicou que naquele país o salário de um médico chega a 500 pesos cubanos (aproximadamente R$ 50). Atualmente, na ilha são 75 mil médicos – um para cada 160 habitantes –, taxa mais alta da América Latina. Em Cuba, cada médico que atua na medicina de prevenção – modelo próximo ao médico da família no Brasil – é responsável por famílias de até três ruas em cada cidade ou território (veja entrevista na página 7 desta edição).

No Brasil, a maior parte dos médicos está centralizada nas regiões Sul e Sudeste, onde a média chega a 3,62 médicos por grupo de mil habitantes. Já no Norte do País, no Maranhão, essa média é de 0,71 médico por grupo de mil habitantes.

Consórcio Intermunicipal ressalta bons salários

O presidente do Consórcio Intermunicipal, Luiz Marinho, afirmou que na Região há bons salários e boas condições de trabalho para os profissionais que atuam na rede pública. “Estamos remodelando a saúde pública no ABCD. Há cidades, como Ribeirão Pires, que estão reforçando equipes de enfermagem para auxiliar médicos”, exemplificou.

Marinho lembrou ainda que há casos, como o de São Bernardo, em que as estruturas físicas das unidades estão sendo reformadas e ampliadas. “Temos de oferecer um bom ambiente de trabalho para os funcionários. Outras cidades da Região também estão investindo neste tipo de intervenção, como Mauá, que irá reformar UBSs (Unidades Básicas de Saúde)”, disse.

Concorrência

Há um entendimento entre os prefeitos do ABCD para que não haja concorrência na contratação de profissionais entre as prefeituras na Região. Agora, além de utilizarem os mesmos parâmetros para contratação, a prefeituras também usarão os mesmos quesitos para desligar os médicos da rede.

“Porém, hoje o que ocorre com maior frequência são médicos saindo da rede. Sempre digo que, se alguém souber de algum médico que está desempregado, pode indicar para a Prefeitura que contrato no mesmo momento”, salientou o presidente do Consórcio.

Para especialista, falta plano de carreira na rede pública

Para o especialista em saúde pública Nelson Nisenbaum, um salário como o oferecido por São Bernardo pode ser o ideal para um profissional que está em início de carreira, que pode não ser o mais indicado para atuar no programa Saúde da Família. “Neste caso, o ideal é que o médico tenha mais experiência profissional para tomar decisões com mais segurança. Contratar um médico deste tipo pode ser difícil, pois é um profissional que já tem um custo de vida mais alto e está sempre fazendo cursos de atualização”, exemplificou.

Porém, o principal problema estaria na falta de uma carreira dentro do sistema público de saúde. “Quem é contratado ganhando determinado vencimento, receberá o mesmo valor com o passar dos anos. O ideal seria que houvesse uma espécie de gratificação ao longo do tempo que o profissional se mantém no sistema público ou que o governo federal assumisse essa questão para que houvesse uma uniformidade no Brasil. Hoje vivemos grandes contratastes dentro do próprio ABCD”, salientou Nisenbaum.Estrutura

Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Carvalhaes, além da questão dos vencimentos e carreira, no sistema público é necessário ter melhor estrutura para o setor. “Tem que haver boas condições de trabalho e uma equipe bem preparada para auxiliar o médico. Isso é fundamental”, afirmou.

O sindicato defende que o vencimento para médicos em regime de 40 horas seja de R$ 21 mil, mas sem as gratificações estipuladas pelas prefeituras. “Esses abonos ou gratificações fazem com que os médicos atinjam metas e trabalhem até 15 horas diárias. O que gera um estresse muito grande para o profissional e afeta seu desempenho no atendimento ao público”, salientou.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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