DATA DA PUBLICAÇÃO 12/04/2009 | Saúde e Ciência
Médico testa medicamento contra tumor em crianças
A equipe do neurocirurgião Sergio Cavalheiro, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), adaptou o tratamento não invasivo de craniofaringioma, um tumor benigno raro que cresce em um eixo entre o cérebro e a hipófise e tem pico de incidência entre os cinco e os dez anos de idade.
A terapia consiste em introduzir via endoscopia um catéter que leva o medicamento quimioterápico ao tumor e deve ser feita três vezes por semana durante um mês, substituindo a cirurgia. O remédio usado era a bleomicina, que se mostrou neurotóxica com o passar do tempo. Cavalheiro estudou a utilização de uma outra droga, o interferon, com resultados promissores.
Das 21 crianças que usaram interferon entre 2000 e 2006, 11 tiveram redução do tumor de 90% a 98% após 12 aplicações. Em apenas três casos a resposta foi menor, ficando entre 60% e 64%. Atualmente, 40 crianças estão em acompanhamento no Brasil, Itália, Chile e Canadá, sob supervisão de Cavalheiro.
Apesar de benigno, o craniofaringioma cresce em uma área delicada do cérebro e pode causar distúrbios como alteração de crescimento, alterações na visão e urinação excessiva.
Além da terapia com catéter, é possível retirar o tumor por meio de cirurgia, mas o procedimento traz riscos de lesões e pode causar distúrbios endocrinológicos (como obesidade e descontrole do colesterol), psiquiátricos e ainda maior descontrole ao urinar. "Hoje existe um consenso de que a técnica da cirurgia de retirada do tumor não é a mais indicado. Deve-se controlá-lo, como uma doença crônica, pois, apesar de benigno, o tumor tem um comportamento extremamente complexo", afirma Cavalheiro.
A terapia consiste em introduzir via endoscopia um catéter que leva o medicamento quimioterápico ao tumor e deve ser feita três vezes por semana durante um mês, substituindo a cirurgia. O remédio usado era a bleomicina, que se mostrou neurotóxica com o passar do tempo. Cavalheiro estudou a utilização de uma outra droga, o interferon, com resultados promissores.
Das 21 crianças que usaram interferon entre 2000 e 2006, 11 tiveram redução do tumor de 90% a 98% após 12 aplicações. Em apenas três casos a resposta foi menor, ficando entre 60% e 64%. Atualmente, 40 crianças estão em acompanhamento no Brasil, Itália, Chile e Canadá, sob supervisão de Cavalheiro.
Apesar de benigno, o craniofaringioma cresce em uma área delicada do cérebro e pode causar distúrbios como alteração de crescimento, alterações na visão e urinação excessiva.
Além da terapia com catéter, é possível retirar o tumor por meio de cirurgia, mas o procedimento traz riscos de lesões e pode causar distúrbios endocrinológicos (como obesidade e descontrole do colesterol), psiquiátricos e ainda maior descontrole ao urinar. "Hoje existe um consenso de que a técnica da cirurgia de retirada do tumor não é a mais indicado. Deve-se controlá-lo, como uma doença crônica, pois, apesar de benigno, o tumor tem um comportamento extremamente complexo", afirma Cavalheiro.
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