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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/05/2012 | Educação
Medicina do ABC pretende se tornar Centro Universitário
Medicina do ABC pretende se tornar Centro Universitário   Para Mindriz, fundação está aí para resolver problemas de saúde para as pefeituras. Foto de Amanda Perobelli
Para Mindriz, fundação está aí para resolver problemas de saúde para as pefeituras. Foto de Amanda Perobelli
Instituição ganhará novo curso, diz o presidente da Fundação do ABC, Maurício Mindrisz

O presidente da Fundação do ABC, Mauricio Mindrisz, analisa seus primeiros 90 dias à frente da instituição e anuncia os planos de transformar a Faculdade de Medicina do ABC em um Centro Universitário, com possibilidade de abertura de um novo curso.

Mindrisz ficará à frente da instituição até 2013, período em que pretende aproximar a Fundação do ABC ao Consórcio Intermunicipal – entidade que reúne os prefeitos da Região - para aproximar a instituição de ensino dos elaboradores regionais de políticas públicas de saúde.

ABCD Maior – Qual sua avaliação dos primeiros meses à frente da Fundação do ABC?

Maurício Mindrisz –
Foram meses de bastante trabalho. Minha vantagem é que ocupei o cargo de vice-presidente tanto do Marco Antonio Espósito quanto do Wagner Boratto (presidentes anteriores) e já conheço os trâmites e os projetos que estavam em andamento. A intenção é que a instituição continue em um bom caminho, e vamos buscar melhorias.

Quais os planos de expansão para a Fundação, tanto no campus quanto em equipamentos públicos da Região?

Quanto à parte acadêmica, vamos começar os trâmites para transformar a Faculdade de Medicina em um Centro de Universitário. Hoje a faculdade conta com cursos de enfermagem, farmácia, medicina, entre outros, totalizando sete. Para que isso se torne realidade, teremos de abrir mais um curso e estamos estudando em qual área, mas pode ser na de gestão de saúde ou hospitalar. Esse é um processo que demandará tempo, mas temos que começar. No que diz respeito à atuação em equipamentos públicos de saúde, hoje só não estamos em Diadema e Ribeirão Pires. No primeiro, estamos conversando com a secretária municipal de Saúde, Aparecida Linhares, para a possibilidade de voltarmos a atuar na cidade, já que estivemos à frente do Quarteirão da Saúde até 2009. Com Ribeirão Pires, estive em contato com o prefeito Clovis Volpi e deixei a instituição à disposição da cidade.

Quando o senhor assumiu o cargo, falou da pretensão de aproximar a Fundação ao Consórcio de prefeitos. De que forma a instituição deve atuar junto à entidade?

Participei da última reunião do Grupo de Trabalho de Saúde, junto com os representantes das sete secretarias do ABCD. A Fundação pode ser um mecanismo a favor das prefeituras para resolver problemas na área da saúde. Em outros setores, como transporte e trânsito, por exemplo, não há essa vantagem. O Ministério da Saúde está constituindo as Regiões da Saúde, e a Fundação pode auxiliar no, setor fazendo mapeamento de necessidades, avaliação de serviços, entre outros.

Hoje a Fundação atua em quantos equipamentos de saúde da Região?

Em Santo André, estamos no Hospital da Mulher, AME (Ambulatório de Especialidades Médicas) e no Mário Covas. Em São Bernardo, no HMU (Hospital Municipal Universitário), Anchieta, Pronto-Socorro Central e já assinamos o convênio para atuarmos no Hospital de Clínicas. Em São Caetano, estamos no Complexo Maria e Márcia Braido, no Hospital dos Olhos e no Albert Sabin. Nesses municípios, temos vários convênios em outros serviços de saúde. Em Mauá, assumimos o Nardini, estamos no AME e nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) e em Rio Grande da Serra atuamos na UBS (Unidade Básica de Saúde) Central.

O sistema de saúde pública da Região está em expansão, com a inauguração de novos equipamentos. Como o senhor analisa o setor atualmente?

A instituição tem um papel fundamental nessa expansão e deve-se lembrar que tanto Santo André quanto São Bernardo e São Caetano investem cerca de 50% dos orçamentos de saúde na instituição. Por ter sido criada há 15 anos por essas três prefeituras e pelo fato de o Conselho de Curadores ter representantes dos municípios, temos um olhar diferente de uma instituição privada no setor público de saúde. Porém, temos uma agilidade maior do que o serviço público tradicional.

Quantos alunos estão matriculados atualmente na Faculdade de Medicina do ABC? Há muita procura pela residência médica da instituição?

Hoje a faculdade conta com média de 630 alunos matriculados na graduação de Medicina, distribuídos nos seis anos do curso. Hoje a concorrência para uma vaga no curso de Medicina é de 40 alunos por vaga e é o mais barato da do Estado, entre as faculdades privadas. Quanto à residência médica, temos 32 programas reconhecidos pela Comissão Nacional de Residência Médica. Em 2012, nosso processo seletivo para residência recebeu 1.571 inscritos para 152 vagas. Hoje na Faculdade de Medicina do ABC temos um total de 347 médicos residentes atuando nos serviços de saúde.

A instituição sente a falta de interesse de alunos para áreas de pediatria, clínica geral e outras áreas?

Sentimos essa falta de profissionais também. Estamos em um momento em que faltam profissionais para essas áreas de uma forma geral no País. Essa falta de interesse pode estar atrelada à questão de mercado de trabalho, os interessados preferem áreas que têm retorno financeiro maior. Uma das ideias da Presidência da Republica para sanar esse problema é abrir novos cursos de medicina em escola de qualidade como a Fundação do ABC e facilitar a entrada, exigindo qualidade da formação para médicos estrangeiros.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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