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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/03/2012 | Educação
MEC investiga denúncia de irregularidades em Enade da Unip
O Ministério da Educação investiga uma denúncia de que a Unip, uma das maiores universidades do país, seleciona os seus melhores alunos para fazerem o Enade, a avaliação do governo federal do ensino superior.

Uma nota alta no exame nacional faz com que a instituição escape de fiscalizações do ministério, além de servir de publicidade para atrair novos estudantes para a escola.

A Unip nega as irregularidades. Afirma que obtém bons resultados devido à qualidade de seus cursos (leia mais em texto ao lado).

Segundo a denúncia, a instituição não preenche totalmente nos cadastros os dados de alunos com baixo desempenho em seus cursos. Assim, eles ficam inaptos a prestar o Enade. Após a prova, a situação é regularizada.

Há casos de cursos bem avaliados em que o número de alunos que prestaram o Enade não chega a 10, como odontologia em Campinas.

Na última avaliação federal divulgada, a instituição recebeu média 3, numa escala de 1 a 5. A nota 3 é suficiente para que a instituição não passe pela fiscalização.

A denúncia ao ministério foi feita por uma instituição privada do interior de São Paulo, concorrente da Unip, segundo a Folha apurou.

O material foi encaminhado ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A pasta enviou documento à Unip cobrando explicações.

A escola tem utilizado constantemente resultados nas avaliações federais em suas publicidades. Em uma delas, afirma que "mais uma vez os resultados da Universidade Paulista no Enade são excepcionais. E novamente os alunos da Unip brilham".

Estudantes da instituição disseram também que a escola adotou aulas diárias de reforço para o Enade.

Os alunos reclamam que as faltas nas atividades são consideradas na frequência obrigatória do curso. O não comparecimento pode causar perda de nota. Para o MEC, não há irregularidade.

Outro lado

A Unip nega que tenha manipulado seu cadastro para selecionar os seus melhores alunos para o Enade.

Segundo a vice-reitora da instituição, Marília Ancona Lopez, as avaliações internas da universidade ficaram mais rigorosas. Por isso, caíram o número de alunos aprovados nas disciplinas e o número de estudantes aptos ao Enade.

"Montamos no final de 2008 comissão de qualificação de cursos. Entre as medidas, acompanhamos todas as avaliações que os professores fazem, o que modificou o número de aprovados, com avaliações mais completas e rigorosas", afirmou ela.

Já em nota, a Unip afirma que seus cursos têm melhorado por conta de: "atualização de ementas e programas, revisão de bibliografias, produção de material didático, investimento nos laboratórios e infra estrutura, utilização de novos recursos didáticos e, principalmente, capacitação de professores".

Por Colaboração para a Folha
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