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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/10/2010 | Turismo
Mazatlán mescla praias com história
Mazatlán, onde vivem 600 mil habitantes, é um destino turístico "quente", onde os termômetros facilmente marcam, logo cedo, os 33 ºC.

Antes um porto natural sonolento num estuário, o local foi habitado por índios até a chegada dos primeiros espanhóis, a partir de 1531, chefiados por Nuño de Guzmán.

Nesse tempo, ninguém parecia interessado em explorar turisticamente os 21 km de praias ao redor, hoje margeados por um promenade à beira-mar,o Malecón.

No século 18, piratas franceses e ingleses usavam os picos locais para espreitar galeões espanhóis, que acabaram construindo, no chamado Cerro da Vigía, um presídio e um forte.

O México se tornou independente da Espanha em 1810. E, por volta de 1850, chegaram os imigrantes alemães, cujo trabalho mudou o destino da região e construiu Mazatlán tal como é hoje.

A geografia era perfeita para o desenvolvimento de um porto importante, e surgiu nesse tempo uma indústria local de cerveja. O fundador Jorge Clausen deu seu nome ao promenade à beira-mar.

Passeando

Quem vai a Mazatlán de transatlântico logo divisa, na entrada do porto, um farol de 1883. Depois de desembarcar junto ao cais, é obrigatório pegar uma condução gratuita até o lado de fora da área portuária,que é imensa.

Estratégico, o porto de Mazatlán é considerado um dos mais movimentados e fica, estrategicamente, em meio à rota entre Los Angeles e o canal do Panamá.

O passeio pode começar com uma caminhada no Malecón, de onde dá para avistar várias ilhas -- Venados, Pajaros e Lobos. Mazatlán é ainda mais animada durante o Carnaval, considerado um dos maiores do mundo.

Várias pequenas ruas perpendiculares à avenida à beira-mar levam à cidade velha e Zona Dorada, onde há uma praia concorrida e lojas de objetos de prata e suvenires.

Mazatlán mostra sua face histórica no entorno da catedral dedicada à Nossa Senhora da Concepção, feita com dinheiro dos imigrantes alemães entre 1855 e 1875.

Curiosamente, como alguns deles eram judeus e, no alto das 28 janelas que deixam entrar luz na nave principal, há uma estrela de Davi.

A uma quadra da catedral fica o mercado José María Pino Suarez, construído há 110 anos e cujas paredes são pintadas com cores berrantes e imagens da Virgem de Guadalupe, padroeira dos católicos mexicanos.

Dentro, há muitas comidas que denotam origem indígena, como batatas doces cozidas, massas de milho enroladas na palha, abóboras e pimentas, muitas pimentas (ou"chilitos").

Há bois quase inteiros sendo destrinchados, galinhas vivas, peixe, gente simples e meninos de uniforme escolar comendo iguarias que parecem saborosas em boxes algo improvisados.

O turismo é a principal atividade local, mas a pesca vem a seguir, mobilizando 620 barcos que pescam camarões de água salgada no mar de Cortés e, também, pitus, cujo habitat é o estuário sobre o qual Mazatlán foi originalmente formada.

Outros Marcos

Do século 19, Mazatlán herdou o teatro Angela Peralta, dedicado à opera.

A cidade tem também um renomado aquário, o maior do país, na avenida Deportes, 111, aberto diariamente.

No promenade à beira-mar há esculturas de golfinhos e outros animais marinhos cercados de insistentes vendedores de bugigangas.

Muna-se de paciência e não deixe de ir à avenida Olas Altas, onde há uma caverna que já serviu para guardar peixe e gelo. As ilhas Dois Irmãos e a dos Leões Marinhos emolduram a vista.

No dialeto indígena, Mazatlán quer dizer terra dos veados e, por ali, uma escultura chamada de "El Venadito" é, acredite, um dos marcos do desfile de Carnaval.

Na praia Norte, habitada também por pescadores, estão monumentais hotéis de categoria, bons restaurantes de frutos do mar.

O transporte é feito em bugues chamados localmente de pneumonias e o Malecón vai mudando de nome à medida em que o veículo percorre a avenida até chegar na Zona Dorada, onde os turistas se dividem: uns parecem mais interessados em suvenires, outros se rendem mesmo aos prazeres da margarita e das tequilas, que os habitantes garantem ser a melhor do México.

Por Silvio Cioffi - Folha Online, Editor de Turismo
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