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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/07/2011 | Cidade
Mauá também estuda usina de lixo que produz energia
Depois de São Bernardo e Diadema, agora é Mauá que quer produzir energia através da queima de lixo. A revelação é do secretário de Trabalho e Renda, que também acumula a Pasta do Desenvolvimento Econômico da cidade, Edílson de Paula. Além disso, o secretário faz ainda um balanço das atividades do CPTR (Centro Público de Trabalho e Renda) de Mauá. Ele diz que, nos últimos 12 meses, cerca de 30 mil trabalhadores procuraram a entidade, mas só 2% tinham cursos superiores. Mesmo assim, a Secretaria de Trabalho e Renda da cidade conseguiu que 10% do total conseguissem emprego. Leia, a seguir, a íntegra da entrevista.

ABCD MAIOR - A Secretaria de Trabalho e Renda foi instituída no início da gestão Oswaldo Dias (PT) para corrigir uma lacuna no atendimento aos munícipes. O que mudou?
EDÍLSON DE PAULA -
Não existia Secretaria de Trabalho e Renda em Mauá. Quando eu cheguei, o serviço era feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico em um escritório bem isolado; o serviço era feito de forma precária. Isso levava os trabalhadores a desacreditarem desse atendimento. Nosso primeiro desafio foi municipalizar os serviços por meio de um convênio com o governo federal. Depois implementamos o CPTR (Centro Público de Trabalho e Renda) formado por uma equipe grande de profissionais preparados. Se um trabalhador que precisa de um emprego chega num posto e não encontra nem uma cadeira para sentar, certamente vai ter uma perda na auto-estima. Melhoramos esse ambiente e demos mais expectativa para o trabalhador conseguir sua colocação no mercado de trabalho.

ABCD MAIOR - O senhor vê melhora no atendimento ao trabalhador a partir da municipalização dos serviços e a implantação do Centro Público de Trabalho e Renda?
EDÍLSON -
Foi legal esse período de um ano para conhecermos o perfil dos trabalhadores de Mauá, e fazermos um estudo que hoje nos mostra com clareza o desafio que temos pela frente. Não basta só ampliarmos os serviços de captação e direcionamento de vagas, mas temos de ajudar na formação técnica. A maior demanda é a qualificação. Isso não é resolvido de uma hora para outra, mas está em nosso horizonte.

ABCD MAIOR - Estudo apresentado pelo CPTR diz que entre os 33 mil inscritos nos bancos de vagas do CPTR, 92% só avançaram até o ensino médio. A qualificação é o principal entrave?
EDÍLSON -
Conseguimos ampliar as vagas nos cursos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). De 200 atendimentos, saltamos para 1.500 vagas em cursos com alta tecnologia. Isso vai ajudar a formação das pessoas nas áreas de nossa vocação, principalmente, no setor petroquímico.

ABCD MAIOR - Em abril deste ano, a Prefeitura apresentou ao governador Geraldo Alckmin a indicação de um terreno de 160 mil metros quadrados para a construção do Polo Tecnológico. Existe alguma novidade nesse encaminhamento?
EDÍLSON -
O primeiro desafio foi o de encontrarmos uma área para ser indicada ao governo do Estado para iniciar o estudo de viabilidade. Esse espaço nós já temos e fica dentro de uma área (propriedade da empresa petroquímica Brasken) do Polo Petroquímico. A partir desse avanço, definimos a nossa vocação, que é nas áreas de química, energia, gás e petróleo. Agora estamos numa fase de construir um documento para apresentarmos ao governo do Estado.

ABCD MAIOR - Quais serão as principais atividades a serem fomentadas por este equipamento?
EDÍLSON -
Já temos duas iniciativas importantes que podem ser colocadas dentro do parque tecnológico e elas têm a ver com a nossa vocação. Uma delas é a geração de energia. Estamos discutindo, ainda em estágio preliminar, a questão da implantação de uma usina de queima de lixo com geração de energia para ser aproveitada pelo Pólo Tecnológico. É uma discussão parecida com o projeto de São Bernardo, mas tem um diferencial, porque já temos um consumidor potencial para usar essa energia. Além disso, também estamos vendo a possibilidade de produzirmos água de reuso a partir do esgoto, que pode ser usada pelas indústrias do pólo. Essas questões têm a ver com o nosso projeto do Pólo tecnológico.

ABCD MAIOR - O sr. acumula a função de coordenar, também, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Está sendo possível dividir-se nessa tarefa, qual a principal vantagem em integrar essas ações?
EDÍLSON -
Na área do desenvolvimento econômico, estamos numa fase de buscar uma relação mais próxima com o empresariado. O empresário só vê um atrativo no município quando ele sente que o poder público está buscando alternativas. Nós pulamos de 100 empresas para 600 empresas cadastradas no CPTR em um ano porque o empresariado está acreditando que Mauá está pensando nessa questão da qualificação.

ABCD MAIOR - Ao coordenar as duas Pastas, o sr. também teve de estruturar um departamento que não existia na Administração. Qual o balanço que faz dessa metade de gestão praticamente já concluída?
EDÍLSON -
Hoje temos uma equipe que tem subsídio e base para pensar numa política mais ampla. Tivemos de montar uma Secretaria de Trabalho e Renda, e o prefeito me deu autonomia para montarmos uma estrutura que nos possibilitou chegar nesse patamar. Temos consciência que precisamos avançar mais ainda. Eu vejo que temos condições de melhorarmos, porque o governo está acreditando e nossa equipe está dando conta do recado. Eu não vim para cá só para ocupar um cargo de secretário. Não tenho hora de parar e nem preguiça para trabalhar. Estamos querendo por a cidade no eixo do desenvolvimento.

Por Rodrigo Bruder - ABCD Maior
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