DATA DA PUBLICAÇÃO 25/12/2010 | Cidade
Mauá representa Região na Suíça
Disputar, competir, buscar a perfeição. Ao contrário do que muitos possam imaginar, a ginástica é muito mais do que um simples objetivo de vida. Em Mauá, a modalidade tem o propósito maior de ser uma importante ferramenta de inclusão, uma alternativa para mudança de destinos de centenas de crianças e jovens carentes. Em meio ao gigantesco Jardim Zaíra, a Associação Estrela Azul utiliza há quase três anos o esporte para atrair os que tinham pouca perspectiva.
Jéssica Nunes e Franciele Nascimento, ambas de 16 anos de idade, começaram a praticar a modalidade nessa época e em julho de 2011 farão uma viagem dos sonhos para qualquer adolescente: Lausanne, na Suíça. “Nunca saí nem do Estado de São Paulo, a ansiedade é grande”, confessa Jéssica.
As meninas participarão do Ginastrada 2011, considerado o maior evento de ginástica do mundo. O Brasil levará uma delegação de 650 atletas, todos escolhidos por meio de seletiva. As garotas de Mauá foram selecionadas em um teste no ginásio Poliesportivo, em São Bernardo. “Esse evento acontece a cada quatro anos e será um grande intercâmbio para elas”, destaca a orgulhosa professora Elisabete Nobre, uma das responsáveis por implantar a modalidade na associação mauaense.
A própria Elisabete foi aluna da Estrela Azul, que hoje atende 150 crianças e 100 adolescentes. Anos depois, contemplada pela faculdade com uma bolsa de estudos, a professora esteve na Dinamarca e conheceu um mundo bem diferente do seu. “Lá existe uma estrutura impressionante para a ginástica”, conta.
Quando voltou ao País, Elisabete encheu-se de vontade de tocar um projeto esportivo. A associação conseguiu parceria com a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo e o programa ganhou forma. “Trata-se de um projeto de iniciação à ginástica, pois nós não temos uma estrutura suficiente”, afirma.
A entidade conta ainda com o apoio do Banco do Brasil. Os jovens são encaminhados para o banco e trabalham como aprendizes no período da manhã. À tarde, a garotada treina e a noite é reservada para os estudos.
A professora, aliás, serve de espelho para Jéssica e Franciele. As duas já sabem o que querem fazer após a inédita aventura em território europeu. “Depois do Ginastrada, queremos fazer uma faculdade de Educação Física”, garante Franciele.
Em território suíço, as representantes da Região apresentarão, com outras garotas brasileiras, um espetáculo sobre o cotidiano tupiniquim.
Antes, porém, o esforço maior será para garantir os recursos necessários para a ida ao exterior. As passagens, adquiridas de forma parcelada, a estadia e as taxas de participação no evento custam R$ 6 mil por pessoa. Um desafio até pequeno para quem enfrenta barreiras maiores todos os dias.
Associação também oferece judô e futsal
Fundada em 1976 por um grupo de moradores com a finalidade de proporcionar a prática esportiva e o lazer para os moradores do Jardim Zaíra, hoje a Associação Estrela Azul promove um trabalho ainda maior. Além da ginástica artística, a entidade oferece aulas de futsal e judô. Tudo com muito sacrifício e perseverança.
Os quimonos dos alunos, por exemplo, foram pagos por meio do recolhimento de latas de alumínio. “Esta foi a maneira que encontramos para conseguir este uniforme, pois era um custo que não tínhamos condições de arcar”, ressalta Maria Helena Martins, coordenadora de projetos da Estrela Azul.
Martins, que levanta a bandeira do projeto social, destaca que o esporte tem tirado jovens das drogas e da violência que circundam o bairro. “Essas duas meninas que irão para a Suíça saíram da favela do morro do Macuco e venceram todas as dificuldades que encontraram até aqui por meio do esporte”.
Jéssica Nunes e Franciele Nascimento, ambas de 16 anos de idade, começaram a praticar a modalidade nessa época e em julho de 2011 farão uma viagem dos sonhos para qualquer adolescente: Lausanne, na Suíça. “Nunca saí nem do Estado de São Paulo, a ansiedade é grande”, confessa Jéssica.
As meninas participarão do Ginastrada 2011, considerado o maior evento de ginástica do mundo. O Brasil levará uma delegação de 650 atletas, todos escolhidos por meio de seletiva. As garotas de Mauá foram selecionadas em um teste no ginásio Poliesportivo, em São Bernardo. “Esse evento acontece a cada quatro anos e será um grande intercâmbio para elas”, destaca a orgulhosa professora Elisabete Nobre, uma das responsáveis por implantar a modalidade na associação mauaense.
A própria Elisabete foi aluna da Estrela Azul, que hoje atende 150 crianças e 100 adolescentes. Anos depois, contemplada pela faculdade com uma bolsa de estudos, a professora esteve na Dinamarca e conheceu um mundo bem diferente do seu. “Lá existe uma estrutura impressionante para a ginástica”, conta.
Quando voltou ao País, Elisabete encheu-se de vontade de tocar um projeto esportivo. A associação conseguiu parceria com a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo e o programa ganhou forma. “Trata-se de um projeto de iniciação à ginástica, pois nós não temos uma estrutura suficiente”, afirma.
A entidade conta ainda com o apoio do Banco do Brasil. Os jovens são encaminhados para o banco e trabalham como aprendizes no período da manhã. À tarde, a garotada treina e a noite é reservada para os estudos.
A professora, aliás, serve de espelho para Jéssica e Franciele. As duas já sabem o que querem fazer após a inédita aventura em território europeu. “Depois do Ginastrada, queremos fazer uma faculdade de Educação Física”, garante Franciele.
Em território suíço, as representantes da Região apresentarão, com outras garotas brasileiras, um espetáculo sobre o cotidiano tupiniquim.
Antes, porém, o esforço maior será para garantir os recursos necessários para a ida ao exterior. As passagens, adquiridas de forma parcelada, a estadia e as taxas de participação no evento custam R$ 6 mil por pessoa. Um desafio até pequeno para quem enfrenta barreiras maiores todos os dias.
Associação também oferece judô e futsal
Fundada em 1976 por um grupo de moradores com a finalidade de proporcionar a prática esportiva e o lazer para os moradores do Jardim Zaíra, hoje a Associação Estrela Azul promove um trabalho ainda maior. Além da ginástica artística, a entidade oferece aulas de futsal e judô. Tudo com muito sacrifício e perseverança.
Os quimonos dos alunos, por exemplo, foram pagos por meio do recolhimento de latas de alumínio. “Esta foi a maneira que encontramos para conseguir este uniforme, pois era um custo que não tínhamos condições de arcar”, ressalta Maria Helena Martins, coordenadora de projetos da Estrela Azul.
Martins, que levanta a bandeira do projeto social, destaca que o esporte tem tirado jovens das drogas e da violência que circundam o bairro. “Essas duas meninas que irão para a Suíça saíram da favela do morro do Macuco e venceram todas as dificuldades que encontraram até aqui por meio do esporte”.
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