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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/12/2015 | Cidade
Mauá quadruplica empreendimentos e cria Centro de Economia Solidária
Eram sete grupos como cooperativas no início do ano e hoje são 30, que ganham espaço dedicado à produção e à organização

A economia solidária em Mauá deu uma guinada em 2015. Além da ampliação do número de empreendimentos, que quadruplicou, as cooperativas terão ainda um novo ponto de encontro a ser inaugurado na tarde desta terça-feira (15/12). O Centro Público de Economia Solidária será um espaço de formação,vendas e local de trabalho para cinco grupos.

A economia solidária é uma alternativa de geração de trabalho e renda e não tem no lucro seu objetivo final. Além de ser considerado um modelo justo de trabalho é exercido principalmente por quem tem dificuldade de colocação no mercado formal. Cerca de 500 pessoas atuam em 30 cooperativas apoiadas pela Prefeitura em setores como alimentação, costura, artesanato, produtos orgânicos, arte entre outros.

Beatriz Felintro, da Ponto e Renda, em seu posto de trabalho; empreendimento ganhou local próprio. Foto: Rodrigo Pinto

“A atual gestão de Mauá resolveu dar mais atenção ao potencial da economia solidária no município. No decorrer dos anos criamos diversas ações para fomentar e fortalecer os grupos. A inauguração deste centro é mais um passo. O espaço será fundamental para o crescimento e aprimoramento dos grupos”, disse Dejanira Maria da Silva, coordenadora de Economia Solidária da Prefeitura de Mauá.
Planos

O espaço funcionará na antiga sede regional da Prefeitura, no Jardim Sônia Maria, e terá sala para cursos e reuniões, loja para comercializar os produtos dos grupos de economia solidária de todas as cidades do ABCD, além de ser o endereço de cinco empreendimentos: tricô, artesanato em tecido, sofá, artesanato com material reciclável e a produção de bengalas para deficientes visuais.

“Agora meu sonho poderá se tornar realidade. Tinha o projeto, mas não espaço para produzir as bengalas. Agora é reunir os deficientes visuais para fabricar e vender a preço bem acessível”, planejou Claudemiro Camargo.

O grupo de artesanato em tecido Ponto e Renda também produzirá no local. Há um ano, seis mulheres se uniram para fazer artigos em tecido como bolsas, necessaire e itens para casa. A artesã Beatriz Felintro da Silva, afirmou que a sala cedida será fundamental para ampliar o negócio. “O grupo já funcionava aqui, mas em sala compartilhada. Agora termos um local somente nosso e isso facilitará a organização e produção. Há seis meses conseguimos maquinários doados e então só temos a crescer”, previu.

O coordenador do centro, Noe Cazzeta, é um dos principais articuladores de economia solidária do ABCD e explicou a importância do novo espaço. “Será uma referência para a economia solidária. As pessoas poderão ter cursos, formar novos grupos, aprimorar os já existentes, firmar parcerias entre eles, ter ponto de venda e ainda ser o local de fabricação para alguns grupos que não têm espaço ”, considerou.

Cazzeta afirmou que objetivo é implantar mais dois espaços semelhantes em outros bairros para fortalecer o setor. “Teremos um centro no Oratório e no Cerqueira Leite até o fim do primeiro semestre de 2016. É importante criar alguns locais para facilitar o acesso e o interesse das pessoas em participar”, contou. O Centro funcionará de segunda à sexta-feira das 8h às 17h na Rua Oscarito, 845. Telefone 4549-4972.

Estímulo do poder público ampliou setor

Até o inicio deste ano o município contava com cerca de sete grupos de economia solidária. Agora são 30 empreendimentos, além de outros em fase de sensibilização. “Conseguimos crescer porque conseguimos desenvolver um trabalho integrado com outras secretarias, além de ter equipamentos que auxiliaram no atendimento como o posto móvel. Alguns grupos também se formaram após a conclusão do curso da Frente de Trabalho”, afirmou Dejanira, coordenadora de Economia Solidária de Mauá.

A cidade tem atuação em áreas mais diversificadas, vai desde uma indústria recuperada de ferramentas e gerida pelos ex funcionários até grupos de arte e culturais, de organização de festas e produção de cerveja.

“Em todas as áreas é possível criar grupos, basta as pessoas se interessarem em trabalhar no formato de cooperativa. Todos os meses identificamos novas possibilidades de grupos. Temos desde as pessoas com dificuldade de um emprego formal por baixa escolaridade, doenças e problemas sociais, até as de grau elevado de formação, qualificação profissional e preferem trabalhar neste modelo”, afirmou Dejanira.
Impulso

A economia solidária ganhou força no Brasil em 2003 quando foi estabelecida uma secretaria nacional para impulsionar os empreendimentos. Uma série de leis foram criadas em âmbito municipal, estadual e federal.

No ABCD, não há número oficial de grupos e pessoas participantes. As cidades que mais avançaram na Região foram São Bernardo e Mauá, que possuem forte apoio da Prefeitura e contam com diversos grupos. Diadema que chegou a ser referência no Brasil pela cooperativa da tapioca, está devagar no setor. Santo André, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra possuem grupos fortes, principalmente de alimentação, porém em fomento das administrações não avançatam tanto. Já São Caetano não adotou a política ao setor.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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