DATA DA PUBLICAÇÃO 17/04/2009 | Cidade
Mauá não conseguirá melhorar situação do Hospital Nardini
Sem a necessária, mas até agora distante, ajuda financeira dos governos estadual e federal, a Prefeitura de Mauá não tem condições de promover qualquer melhora na infraestrutura ou no atendimento prestado aos pacientes que procuram socorro no Hospital Doutor Radamés Nardini, símbolo maior da crise de Saúde que atinge o município.
Ontem à tarde, após realizar vistoria no hospital acompanhado de comissão de deputados estaduais criada especificamente para buscar saídas para a unidade, o secretário de Saúde do município, Paulo Eugenio Pereira, afirmou que os cofres de Mauá não são suficientes sequer para custear a "reforma pontual", anunciada pelo prefeito Oswaldo Dias (PT) na primeira semana de governo.
"O prédio tem mais de 20 anos, o encanamento é de ferro, e isso hoje não se usa mais. O imóvel tem várias infiltrações e outras falhas. Para corrigir esses problemas, a Secretaria de Obras fez um levantamento e isso custará R$ 2,3 milhões. O município não tem esse recurso", afirmou.
A manutenção do Nardini compromete quase todo o orçamento anual da Pasta. "O hospital custa, mensalmente, cerca de R$ 5 milhões, ou R$ 60 milhões por ano. O que vem da União representa cerca de um mês e os outros 11 meses é o município que tem custeado com recursos próprios. Isso não é possível de manter", admitiu.
Integrantes do grupo que inspecionou o hospital, os deputados petistas Donisete Braga e Vanderlei Siraque, disseram que a comissão pedirá a liberação das emendas parlamentares que canalizam verba para a Saúde de Mauá ao governo do Estado. O grupo pretende apresentar o resultado da vistoria ao secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
A outra esfera de poder que pode oferecer alternativa para o socorro do Nardini ainda não foi oficialmente comunicada pela Prefeitura. Paulo Eugenio afirmou que o relatório técnico sobre o hospital, que o município se comprometeu a remeter ao Ministério da Saúde para tentar possível ajuda federal, ainda não está pronto.
"O documento está em fase final de elaboração. Tivemos grande dificuldade em reunir informações. Não queremos entregar um relatório superficial. Existe a expectativa de concluir esse trabalho na semana que vem."
Prefeitura faz faxina para receber deputados no Nardini
Se em quatro meses de administração o governo do prefeito Oswaldo Dias (PT) ainda não demonstrou capacidade para realizar qualquer ação que pudesse melhorar o serviço, mostrou que consegue, pelo menos, fazer a limpeza do hospital e prepará-lo para receber visitas.
A comitiva parlamentar que circulou ontem pelas alas de internação da unidade, encontrou os leitos devidamente higienizados e organizados. "Nunca vi o Nardini tão limpo", confidenciou um funcionário. Os deputados, porém, não visitaram o local mais caótico do hospital: o pronto-socorro.
Ainda assim, problemas apontados em relatórios do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) e Coren (Conselho Regional de Enfermagem), entregues ao Ministério Público em 2007, e constatados pelo Diário em dezembro, puderam ser percebidos ontem pelos deputados.
Paredes e partes do teto com infiltração, fiação elétrica aparente, portas sem fechadura ou maçaneta e pedaço de madeira substituindo o vidro que um dia foi uma janela são exemplos da precariedade do Hospital Nardini.
Em alguns leitos, a campainha que serve aos pacientes para solicitar socorro, não funciona. No piso, inúmeras placas estão soltas. Em meio aos equipamentos em funcionamento, outros quebrados e sem serventia se amontoam.
Em uma cadeira de rodas, no lugar do suporte para os pés, que não está mais no local onde deveria, um pedaço de pano faz as vezes de encosto na tentativa de oferecer algum conforto aos doentes. (André Vieira e Ari Paleta)
Ontem à tarde, após realizar vistoria no hospital acompanhado de comissão de deputados estaduais criada especificamente para buscar saídas para a unidade, o secretário de Saúde do município, Paulo Eugenio Pereira, afirmou que os cofres de Mauá não são suficientes sequer para custear a "reforma pontual", anunciada pelo prefeito Oswaldo Dias (PT) na primeira semana de governo.
"O prédio tem mais de 20 anos, o encanamento é de ferro, e isso hoje não se usa mais. O imóvel tem várias infiltrações e outras falhas. Para corrigir esses problemas, a Secretaria de Obras fez um levantamento e isso custará R$ 2,3 milhões. O município não tem esse recurso", afirmou.
A manutenção do Nardini compromete quase todo o orçamento anual da Pasta. "O hospital custa, mensalmente, cerca de R$ 5 milhões, ou R$ 60 milhões por ano. O que vem da União representa cerca de um mês e os outros 11 meses é o município que tem custeado com recursos próprios. Isso não é possível de manter", admitiu.
Integrantes do grupo que inspecionou o hospital, os deputados petistas Donisete Braga e Vanderlei Siraque, disseram que a comissão pedirá a liberação das emendas parlamentares que canalizam verba para a Saúde de Mauá ao governo do Estado. O grupo pretende apresentar o resultado da vistoria ao secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
A outra esfera de poder que pode oferecer alternativa para o socorro do Nardini ainda não foi oficialmente comunicada pela Prefeitura. Paulo Eugenio afirmou que o relatório técnico sobre o hospital, que o município se comprometeu a remeter ao Ministério da Saúde para tentar possível ajuda federal, ainda não está pronto.
"O documento está em fase final de elaboração. Tivemos grande dificuldade em reunir informações. Não queremos entregar um relatório superficial. Existe a expectativa de concluir esse trabalho na semana que vem."
Prefeitura faz faxina para receber deputados no Nardini
Se em quatro meses de administração o governo do prefeito Oswaldo Dias (PT) ainda não demonstrou capacidade para realizar qualquer ação que pudesse melhorar o serviço, mostrou que consegue, pelo menos, fazer a limpeza do hospital e prepará-lo para receber visitas.
A comitiva parlamentar que circulou ontem pelas alas de internação da unidade, encontrou os leitos devidamente higienizados e organizados. "Nunca vi o Nardini tão limpo", confidenciou um funcionário. Os deputados, porém, não visitaram o local mais caótico do hospital: o pronto-socorro.
Ainda assim, problemas apontados em relatórios do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) e Coren (Conselho Regional de Enfermagem), entregues ao Ministério Público em 2007, e constatados pelo Diário em dezembro, puderam ser percebidos ontem pelos deputados.
Paredes e partes do teto com infiltração, fiação elétrica aparente, portas sem fechadura ou maçaneta e pedaço de madeira substituindo o vidro que um dia foi uma janela são exemplos da precariedade do Hospital Nardini.
Em alguns leitos, a campainha que serve aos pacientes para solicitar socorro, não funciona. No piso, inúmeras placas estão soltas. Em meio aos equipamentos em funcionamento, outros quebrados e sem serventia se amontoam.
Em uma cadeira de rodas, no lugar do suporte para os pés, que não está mais no local onde deveria, um pedaço de pano faz as vezes de encosto na tentativa de oferecer algum conforto aos doentes. (André Vieira e Ari Paleta)
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