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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/09/2013 | Cidade
Mauá lidera oferta de vagas na região
Mauá lidera oferta de vagas na região Foto: Arquivo/DGABC
Foto: Arquivo/DGABC
Mercado de trabalho com grande oferta de vagas não é uma regra de bem-estar socioeconômico na região. Mauá tem a maior disponibilidade de emprego entre as cidades do Grande ABC. A remuneração média desses postos, porém, é a segunda menor entre as sete cidades – só perde para Diadema. Desta maneira, vários outros fatores que contribuem para que as famílias vivam bem e com qualidade acabam prejudicados.

Esta é uma das análises sugeridas pelo IDF-GABC (Índice de Desenvolvimento das Famílias do Grande ABC), do Inpes/USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), lançado na terça-feira. Tanto que, no índice geral, os mauaenses estão enquadrados em quinto lugar na região.

Na prática, mais da metade das pessoas com idade ativa de 18 até 60 anos, e moradoras de Mauá, estão ocupadas. Segundo o IDF-GABC, o subíndice disponibilidade de trabalho apresentou 0,583 ponto em 2012 (dado mais recente). Isso significa o melhor resultado da região, tendo em vista que zero é o menor patamar e, um, o maior.

Porém, a qualidade da remuneração desse grupo, em média, não é tão boa assim. O município é o que menos tem trabalhadores com renda mensal superior a quatro salários mínimos, ou seja, R$ 2.712. Em pontos, o subíndice remuneração chegou a 0,287 na cidade, na frente apenas de Diadema, que registrou 0,255.

Para se ter noção, a renda média familiar de Mauá, em 2012, era de R$ 2.641,38, segundo a Pesquisa Socioeconômica do Inpes/USCS. Era a segunda menor da região, à frente apenas de Rio Grande da Serra, que tinha R$ 2.495,17.

Gestor do Inpes/USCS, Leandro Prearo observa que a baixa qualidade da remuneração se torna fator multiplicador para outros aspectos que refletem uma condição socioeconômica suportável. São elas: a escolaridade, levando em consideração principalmente o Ensino Superior, a pós-graduação e outros cursos como especializações e mestrados; e a presença de pelo menos um computador com internet na residência. “Esse, no caso, está totalmente ligado ao acesso ao conhecimento.”

O índice baixo de qualidade de remuneração também demonstra mais pobreza, menor capacidade de geração de renda e a probabilidade de que os salários serão suficientes somente para os gastos básicos.

Prearo explica que as condições habitacionais também sofrem influência das baixas remunerações. “Principalmente no que diz respeito ao acesso a bens duráveis.”

Conforme publicou o Diário, Mauá, junto a Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra tiveram grande influência no decréscimo do desenvolvimento socioeconômico da região entre 2011 e 2012. O IDF-GABC, que mede essa característica, caiu de 0,771 ponto para 0,763. Isso se deve, em parte, por contribuição da ampliação de postos de trabalho com menores remunerações e informalidade.

Na mesma comparação, o grupo de indicadores acesso ao trabalho, do IDF-GABC, diminuiu de 0,566 ponto para 0,550. E o de disponibilidade de recursos, de 0,811 a 0,805. Ambos os fatores reúnem análises sobre a oferta de emprego, remuneração, qualidade do posto de trabalho, extrema pobreza, pobreza, capacidade de geração de renda e suficiência da renda.

Diferente do que ocorre com Mauá, São Caetano tem a melhor posição no Grande ABC em desenvolvimento. É a primeira também em remuneração (R$ 5.187,82), mas, por outro lado, tem o segundo pior resultado em qualidade de trabalho, com 0,660 ponto.

Nesse caso, observa Prearo, o grande número de aposentados e pensionistas, cerca de 33% da população, é determinante. Isso porque qualidade de trabalho reflete a presença de empregos formais no município e, neste caso, esses beneficiários da Previdência Social puxam o subíndice para baixo.

INDICADOR - O IDF-GABC tem como base entrevistas com 2.300 pessoas em idade ativa. É formado por 48 variáveis, tem margem de erro de 2% e não é comparável com o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), que utiliza como base registros do Cadastro Único, de brasileiros com renda mensal de até meio salário-mínimo ou integrantes de famílias com até três salários-mínimos.

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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