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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/04/2016 | Cidade
Mauá investirá R$ 18 milhões em obras no Jardim Oratório
 Mauá investirá R$ 18 milhões em obras no Jardim Oratório Foto: Marina Brandão/ DGABC
Foto: Marina Brandão/ DGABC
A Prefeitura de Mauá investirá R$ 18.543.597,56 na quarta fase do programa de obras no Jardim Oratório, o valor é oriundo do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal. A execução das obras de urbanização do assentamento precário será realizada pela empresa Paulista Obras de Pavimentação Ltda, durante 20 meses. Algumas etapas do projeto ainda serão licitadas, no entanto, a previsão de custo para as melhorias está estimada em R$ 106 milhões.

Nesta fase, a administração aguarda somente a liberação dos recursos por parte do Ministério das Cidades para iniciar as obras. Entre as intervenções previstas estão drenagem, pavimentação, muros de contenção e centros comerciais populares, que serão feitas nas ruas Gerber Wolfgang, Foz do Iguaçu, Maceió, Guarujá, Porto Alegre, Laguna, Chapecó, Dourados e Lago do Doge. Serão beneficiadas diretamente 900 famílias, sendo que 118 delas serão removidas devido às frentes de obras e por estarem em áreas de risco. Além disso, no local serão construídos 800 apartamentos com recursos do programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal.

O Diário visitou o Jardim Oratório e constatou algumas das expectativas dos moradores da região com 7.263 domicílios e, aproximadamente 26 mil habitantes, que vivem entre 100 ruas e vielas.
Com a cadeira na calçada observando a paisagem acumulada de mato e lixo em frente sua casa, o aposentado e morador da Rua Foz do Iguaçu, Raul Tomaz da Silva, 67 anos, revelou interesse quando soube da proposta de reparos na via, comentando que a dificuldade iniciou com uma reforma inacabada que resultou no acumulo de sujeira e dificuldade no asfalto e calçadas, “Onde é que já se viu essa lixeira aqui em frente? Quando chove não vence, a água entra toda dentro das casas.”

Ainda na Rua Foz do Iguaçu, o casal de vendedores Luizmar Santos, 58, e Neuza Maria Santos, 52, que reside por lá há 32 anos, reclama das rachaduras causadas em seu estabelecimento de alimentos e produtos de limpeza, devido obras na avenida e demolição de outras residências. “Espero melhoria no bairro, esse lixo todo é perigoso, principalmente estes tubos em pé (aponta para tubos de construção), deve ter muita sujeira ai dentro, além de ser perigoso para foco de dengue”, explicou Santos.

O pedreiro Nilson Ribeiro dos Santos, 59, mora na Rua Porto Alegre há 36 anos e apontou a necessidade de rever a largura via, pois devido ser estreita, não possibilita que dois ônibus passem pela rua sem que um deles suba na calçada.

Já o comerciante Sergio Antonio Amaro Leite, 40, possui uma marcenaria no local há 17 anos, e considera a rua privilegiada pelo asfalto, embora em outros quesitos a situação não seja das melhores. “Na iluminação e segurança deixa muito a desejar, é muito precário”, lamentou Leite.

Entre as necessidades apontadas por moradores e comerciantes das ruas do Jardim Oratório estão a falta de pontos de ônibus e de mais lugares para o lazer de crianças e adolescentes. “Tiraram casas com a promessa de fazer quadra para as crianças, isso já tem dois anos e só vemos o mato crescer”, reclamou uma vendora que não quis se identificar.

Na Rua Maceió é possível observar a existência de uma área de lazer com campo, porém a trave do gol foi tomada pelo mato alto, o que impossibilita a entrada dos jovens para brincarem.

FASES

A primeira etapa do PAC (Programa de Aceleração e Crescimento) no Jardim Oratório contou com a constução de dois equipamentos comunitários para programas de ação social e cidadania, o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e o Case (Centro de Atendimento Socioeducativo), além da urbanização de aproximadarmente 30 ruas, entre elas, Olinda, Goiânia, Recife e Natal. Também contou com a construção de 120 unidades habitacionais, entregues em agosto de 2014, com um total de R$ 13,366 milhões aplicados.

Já a segunda fase, que está em curso, corresponde ao levantamento de 800 unidades habitacionais na Rua Foz do Iguaçu, que abrigará famílias removidas das áreas de risco e devido à urbanização da área. Os recursos serão do Minha Casa Minha Vida, o qual ainda aguarda a autorização do Ministério das Cidades para liberação de R$ 48 milhões.

A terceira etapa também está em andamento, com mais de 60% das obras, somando um total de R$ 25,996 milhões investidos. Foi iniciada em 14 de outubro de 2013 e abrange a urbanização de 36 ruas, dentre elas, Itabuna, Foz do Iguaçu, Zoaldo Ferreira da Silva, Aracaju, Porto Velho e Santarém. Também está prevista a construção de áreas de lazer, recuperação ambiental, regularização fundiária e trabalho técnico social.

De acordo com a Prefeitura de Mauá, após a conclusão de todo o projeto, que abrange essas quatro fases, aproximadamente 640 famílias terão sido removidas. Desse total, até o momento, 120 famílias já foram para apartamentos no próprio Jardim Oratório, 50 foram contempladas com unidades habitacionais que estão sendo construídas no Jardim Feital, 200 estão recebendo bolsa aluguel e cerca de 140 estão aguardando na própria área o início das obras para serem removidas.

Por Isabela Treza - Especial para o Diário OnLine
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