NOTÍCIA ANTERIOR
1ª Conferência do Trabalho e Renda discute 14 propostas
PRÓXIMA NOTÍCIA
TCE rejeita contas do Sama na gestão de 2006
DATA DA PUBLICAÇÃO 09/05/2009 | Cidade
Mauá humilha população no Hospital Municipal Nardini
A população de Mauá aguarda até oito horas na fila de atendimento do Hospital Doutor Radamés Nardini. A longa espera se confunde com a demora da administração municipal para encontrar uma solução imediata. Já se passou quase uma centena de dias desde que a nova gestão assumiu a Prefeitura e os problemas continuam.

O empacotador Pedro Jéferson Carvalho Oliveira, 18 anos, fez a ficha de atendimento às 8h16 de ontem, para tratar de dores nas costas. Às 15h55, deixava o hospital sem qualquer atenção médica. Um documento carimbado e assinado por uma assistente social registrou oficialmente a longa espera, a única justificativa do trabalhador em seu emprego.

Oliveira perdeu a paciência na recepção. "É um absurdo o que aconteceu comigo. Fiquei sem trabalhar e ainda não consegui passar pelo médico. Tinha só um clínico geral e um ortopedista para todos", contou, inconformado.

Situação semelhante ocorreu com o motorista Amaro Honório da Silva, 53. Ele chegou ao Nardini com a perna inchada às 5h13. O atendimento veio às 13h. "Estou envergonhado com essa situação. Fui deixar o hospital agora há pouco, às 16h, depois de fazer os exames", explicou.

Entre funcionários, a reportagem também notou o desconsolo de quem aguarda por uma solução que não vem, pelo menos por enquanto.

Em 15 de março, o prefeito Oswaldo Dias (PT) pediu ajuda ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A autoridade federal solicitou ao representante do município que preparasse um relatório sobre a situação do hospital, para que pudesse auxiliá-lo de alguma forma. Passados quase dois meses, nada chegou a Brasília.

Os problemas são semelhantes àqueles que a atual gestão apontava contra o ex-prefeito Leonel Damo (PV), quando ainda estava em campanha eleitoral. Em março, o secretário de Saúde, Paulo Eugenio, fez um apelo ao Estado por ajuda, pedindo verba para intervenções emergenciais e revelou seus planos.

O secretário apresentou ao Diário as plantas do hospital, mostrando onde seria necessário fazer intervenções. Trata-se de um relatório vivo dos problemas da unidade, mas que ainda não foi enviado ao Ministério da Saúde. Enquanto isso, a população sofre na fila. E a Prefeitura não se pronuncia sobre o problema, quando questionada.

Do lado de fora do hospital, sujeira se acumula

Não é somente a parte interna do Hospital Doutor Radamés Nardini que está em franca decadência há alguns anos. Os arredores da unidade também sofrem com a sujeira, que incomoda quem passa pelo local. O entulho que se acumula na saída do necrotério ainda não é o da prometida reforma. São galhos, colchão e poltrona jogados de forma irresponsável na calçada.

O mau cheiro também é perceptível. Odor característico de animais mortos denuncia que a população também tem contribuído com a deterioração do espaço. Os galhos e folhas idênticos aos do pátio do hospital servem de pista sobre a origem. A quantidade de lixo dá dicas de que a limpeza pública não passa por lá com frequência necessária para evitar o acúmulo.

A dona de casa Martinha Barbosa da Silva, 62 anos, passou pelo hospital e se mostrou inconformada com o que viu na calçada. "É uma sujeira terrível. Aqui tem até bicho morto, pelo cheiro", disse. A Prefeitura foi procurada, mas não respondeu à população sobre o problema.

Por William Cardoso - Diário do Grande ABC / Foto: Thales Stadler
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7712 dias no ar.