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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/07/2008 | Cidade
Mauá: hospital estadual para resolver problemas
Mauá é a única entre as cinco maiores cidades da região sem apresentar obras significativas para a saúde pública. O Hospital Doutor Radamés Nardini tem carências que vão do pronto-socorro aos tratamentos complexos. A esperança para a solução desses problemas reside nos ombros do Estado.

Com longas filas de espera no pronto-socorro, demora na marcação de exames e falta de leitos na terapia intensiva, os problemas são tantos que a atual administração pleiteia a estadualização do Nardini, mas de uma forma que mantivesse as portas abertas à população. "Falam em construir um novo hospital estadual na região, para Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, mas os hospitais estaduais são portas fechadas, só recebem pacientes encaminhados. São para o atendimento de alta complexidade", afirma o secretário municipal de Saúde, Valmir Russo, ao se posicionar contra a idéia.

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC recebeu um abaixo-assinado no início do mês com 130 assinaturas pedindo a construção de um hospital estadual em Mauá. Seja qual for a solução, um novo hospital resolveria para apenas parte dos problemas enfrentados na cidade.

Há falta de especialistas para setores de média complexidade, como ortopedistas. "Há muito o que fazer. O custeio da Saúde é caro. O município investe uma fatia considerável do orçamento, e mesmo assim não dá", reconhece o secretário Russo.

A população de Mauá é maior do que a de Diadema, mas o orçamento da cidade no ano passado foi menor do que de Diadema - que recebeu maior repasse de verbas do governo federal.

Atenção básica - Os problemas do Nardini não são apontados como o principal desafio da cidade pelo secretário. "O que precisamos é de mais UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Hoje, os bairros crescem em lugares muito distantes. Há uma explosão habitacional. As UBSs deveriam acompanhar esse crescimento. Na área coberta pela UBS do Zaíra 2, por exemplo, precisaria haver pelo menos mais duas unidades", afirma Russo.

A carência de postos de Saúde não se reflete no número de famílias atendidas pelo Programa de Saúde da Família. Perto de 70% da população dependente do SUS está inscrita no programa, que tem orçamento estimado em R$ 2 milhões por ano. O sistema de atenção básica conta com 178 médicos.

Contratação de médicos é outro desafio para município
O secretário de Saúde de Mauá culpa a classe médica pela ausência de profissionais para trabalhar no pronto-socorro do Hospital Nardini. Como os demais secretários da região, ele diz que esse é um problema que atinge o serviço de Saúde como um todo.

"O médico de pronto atendimento não cria raiz no hospital em que trabalha, o que mostra não ter muita afinidade com o serviço. Se aparece um posto de trabalho que pague R$ 100 a mais, eles se mudam. Não têm compromisso", reclama o secretário Valmir Russo. "Estamos com vagas para ortopedista em aberto, com inscrições feitas pela internet", completa.

Russo afirma que a terceirização de parte do atendimento - como os serviços feitos pela Fundação do ABC e pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) - poderiam ser uma saída para o problema. "Temos alguns convênios com empresas abertas por profissionais", garante.

O Diário tentou contato com a Associação dos Médicos do Grande ABC para saber os motivos da ‘fuga' do pronto atendimento, mas não obteve retorno.

Por Bruno Ribeiro - Diário do Grande ABC
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