DATA DA PUBLICAÇÃO 08/05/2008 | Cidade
Mauá ganha Banco do Povo Paulista
Os pequenos empreendedores de Mauá terão onde recorrer quando necessitarem de crédito a partir de agora. Hoje começa a funcionar o Banco do Povo Paulista na cidade, que ofertará de início R$ 400 mil em recursos para financiar micro e pequenas empresas, sejam estas formais ou informais.
O banco é o quarto da região, o 432º no estado e faz parte de um programa estadual de fomento ao empreendedorismo da população para a geração de renda e emprego. O objetivo é atender desde a dona-de-casa que busca um negócio caseiro para ajudar no rendimento do lar até a pequenas empresas com faturamento anual de R$ 150 mil.
"A idéia é colaborar com o desenvolvimento da cidade e da região através do crédito produtivo", explica Antonio Sebastião Teixeira Mendonça, diretor-executivo do Banco do Povo Paulista da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho.
Segundo Mendonça, desde 2006 há a solicitação da prefeitura da cidade para a instalação da unidade, que funciona em parceria entre os dois governos: estado com R$ 360 mil para o fundo, implementação do programa e treinamento dos agentes de crédito e município com R$ 40 mil, instalação física e funcionários.
"Esse limite do fundo do banco para a cidade ainda pode ser elevado conforme a demanda de crédito, pois o governo tem recursos para elevar esse montante", diz o diretor-executivo.
O supervisor do Banco do Povo Paulista da Região Leste e Grande ABC, João Ramalho, acredita que a cidade de Mauá tenha grande demanda pelo microcrédito.
"Já temos experiência na região e sabemos que parte da população necessita desse tipo de financiamento para seus negócios porque não é preciso comprovar renda, o que os afasta de outras instituições financeiras", comenta Ramalho.
A unidade irá contar com três agentes de crédito, que trabalharão como divulgadores do crédito para o público alvo. Além de Mauá, Rio Grande da Serra, São Caetano e São Bernardo também estão no programa.
Para conseguir crédito, não é preciso ter comprovante de renda. A taxa é de 1% ao mês e o valor do empréstimo, no caso da pessoa física, varia entre R$ 200 e R$ 5.000, com até 24 meses para pagar, dependendo do uso que será dado para esse dinheiro.
Microcrédito tem papel social para baixa renda
"O crédito para os micro e pequenos empreendedores tem até mais um papel social do que econômico para quem necessita, pois resgata a auto-estima das pessoas". É o que afirma a professora de economia e diretor de pesquisas do Imes (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Maria do Carmo Romeiro.
Para a diretora, os programas de microcrédito oferecidos hoje tem um formato acessível e que traz resultados em sua proposta. "Todo o processo é feito em cima de uma rede de confiança. E é apenas isso que muitas pessoas precisam, pois elas não precisam comprovar renda, mas conseguem chegar ao crédito", explica.
Contudo, Maria do Carmo acredita que o alcance desses programas ainda é pequenos diante da demanda da população. "Os volumes ainda são pequenos, pois como o processo todo e a divulgação ficam canalizados nos agentes de crédito, que são poucos, acaba limitando o acesso e o conhecimento da população sobre essa modalidade", diz.
Balanço
Segundo a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo, as unidades do Banco do Povo Paulista já emprestaram R$ 7,7 milhões em microcrédito e atenderam mais de 2.740 empreendedores desde que foi iniciado na região, em São Bernardo, em 2000.
O diretor-executivo do programa, Antonio Sebastião Teixeira Mendonça, afirma que 80% dos tomadores de crédito são pessoas físicas em negócios informais. E a taxa de inadimplência é de apenas 1,37%.
Neste ano, o banco completa 10 anos de existência e contabiliza R$ 473 milhões em financiamentos, atendendo cerca de 162.500 empreendimentos. "Nós estimamos que são gerados três empregos a cada empréstimo, somando mais de 500 mil vagas de trabalho", comenta Mendonça.
O banco é o quarto da região, o 432º no estado e faz parte de um programa estadual de fomento ao empreendedorismo da população para a geração de renda e emprego. O objetivo é atender desde a dona-de-casa que busca um negócio caseiro para ajudar no rendimento do lar até a pequenas empresas com faturamento anual de R$ 150 mil.
"A idéia é colaborar com o desenvolvimento da cidade e da região através do crédito produtivo", explica Antonio Sebastião Teixeira Mendonça, diretor-executivo do Banco do Povo Paulista da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho.
Segundo Mendonça, desde 2006 há a solicitação da prefeitura da cidade para a instalação da unidade, que funciona em parceria entre os dois governos: estado com R$ 360 mil para o fundo, implementação do programa e treinamento dos agentes de crédito e município com R$ 40 mil, instalação física e funcionários.
"Esse limite do fundo do banco para a cidade ainda pode ser elevado conforme a demanda de crédito, pois o governo tem recursos para elevar esse montante", diz o diretor-executivo.
O supervisor do Banco do Povo Paulista da Região Leste e Grande ABC, João Ramalho, acredita que a cidade de Mauá tenha grande demanda pelo microcrédito.
"Já temos experiência na região e sabemos que parte da população necessita desse tipo de financiamento para seus negócios porque não é preciso comprovar renda, o que os afasta de outras instituições financeiras", comenta Ramalho.
A unidade irá contar com três agentes de crédito, que trabalharão como divulgadores do crédito para o público alvo. Além de Mauá, Rio Grande da Serra, São Caetano e São Bernardo também estão no programa.
Para conseguir crédito, não é preciso ter comprovante de renda. A taxa é de 1% ao mês e o valor do empréstimo, no caso da pessoa física, varia entre R$ 200 e R$ 5.000, com até 24 meses para pagar, dependendo do uso que será dado para esse dinheiro.
Microcrédito tem papel social para baixa renda
"O crédito para os micro e pequenos empreendedores tem até mais um papel social do que econômico para quem necessita, pois resgata a auto-estima das pessoas". É o que afirma a professora de economia e diretor de pesquisas do Imes (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Maria do Carmo Romeiro.
Para a diretora, os programas de microcrédito oferecidos hoje tem um formato acessível e que traz resultados em sua proposta. "Todo o processo é feito em cima de uma rede de confiança. E é apenas isso que muitas pessoas precisam, pois elas não precisam comprovar renda, mas conseguem chegar ao crédito", explica.
Contudo, Maria do Carmo acredita que o alcance desses programas ainda é pequenos diante da demanda da população. "Os volumes ainda são pequenos, pois como o processo todo e a divulgação ficam canalizados nos agentes de crédito, que são poucos, acaba limitando o acesso e o conhecimento da população sobre essa modalidade", diz.
Balanço
Segundo a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo, as unidades do Banco do Povo Paulista já emprestaram R$ 7,7 milhões em microcrédito e atenderam mais de 2.740 empreendedores desde que foi iniciado na região, em São Bernardo, em 2000.
O diretor-executivo do programa, Antonio Sebastião Teixeira Mendonça, afirma que 80% dos tomadores de crédito são pessoas físicas em negócios informais. E a taxa de inadimplência é de apenas 1,37%.
Neste ano, o banco completa 10 anos de existência e contabiliza R$ 473 milhões em financiamentos, atendendo cerca de 162.500 empreendimentos. "Nós estimamos que são gerados três empregos a cada empréstimo, somando mais de 500 mil vagas de trabalho", comenta Mendonça.
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