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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/12/2010 | Cidade
Mauá faz 1,6 mil notificações de violência doméstica
Um levantamento realizado pela Vigilância Epidemiológica de Mauá, por meio da Viva (Vigilância das Violências e Acidentes), revelou que entre julho de 2008 e outubro deste ano, a cidade notificou 1.609 casos de violência. Para promover a paz e a segurança no município, a prefeitura acredita que primeiro precisa identificar os tipos de violências, o perfil das vítimas e os bairros onde ocorrem os maiores índices, para, a partir disso, planejar as ações de combate ao problema.

A chefe de Divisão Epidemiológica, Claudia Helena Walendy, informou que o levantamento foi realizado e distribuído por gênero, idade, moradia e área de abrangência da UBS (Unidade Básica de Saúde). “Encontramos alguns bairros que nos surpreenderam. A Vila Assis, por exemplo, é um bairro consolidado, aparentemente tranquilo, e foi onde tivemos o maior número de notificações de violência doméstica”, explicou. Outro dado de destaque é o fato de 88% dos casos envolverem agressões em mulheres.

Atualmente, Mauá possui cinco pessoas no Hospital Nardini que ficam 24 horas procurando os casos de violência nas 30 mil fichas feitas, por mês, no local. “Das notificações que fizemos na cidade, 99% saíram por essa equipe”, afirmou Claudia. A chefe de Divisão Epidemiológica também informou que as UBSs, assim como o hospital, recebem muitos casos de violência, o problema é que não conseguem identificá-los. “Estamos fazendo treinamento desse pessoal. Porque, às vezes, a unidade até percebe algo errado, mas não sabe o que fazer”, justificou.

Mensalmente, a Previsa (Núcleo de Prevenção às Violências em Prol da Saúde) de Mauá se reúne com os representantes das policiais, da área da saúde, segurança, conselheiros tutelares e diretorias de ensino para discutir as formas de identificação e amparo as vítimas. Além da segurança pública, também são abordadas os vários tipos de violências, como a psicológica, moral e física.

Na última semana de novembro, o município realizou o I Seminário Violência: como Mauá enfrenta essa realidade, com o objetivo de apresentar o trabalho da Previsa para a sociedade, além de reunir especialistas no assunto. “Precisamos discutir como prevenir a violência, mas também o que fazer quando a agressão ocorre. A população precisa saber onde procurar e o que fazer”, disse a coordenadora do núcleo Previsa, Walkíria da Silva Zachêu.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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