DATA DA PUBLICAÇÃO 10/06/2013 | Cidade
Mauá dá nota 4,7 ao início de governo de Donisete Braga
Foto: Orlando Filho/DGABC
Cinco meses de governo de Donisete Braga (PT) não atingiram a expectativa da população de Mauá. Em levantamento realizado pelo DGABC Pesquisas, o mauaense deu nota 4,7 para a gestão petista. Somente 5,3% dos entrevistados pontuaram a administração municipal entre 9 a 10, enquanto 67% opinaram entre 0 a 6. Apesar do início negativo, o prefeito obteve números melhores do antecessor Oswaldo Dias (PT) na última pesquisa.
Segundo a pesquisa, Donisete completa os 150 dias no Paço com 1,7% dos entrevistados avaliando o desempenho como ótimo e 21,5% o classificando como bom. Ou seja, 23,2% aprovam as ações da Prefeitura. Enquanto isso, 40,8% dos munícipes acham o governo regular. Mas serve de alerta para o prefeito o fato de 27% não aprovarem seu trabalho, sendo 8,5% opinando como ruim e 18,5% como péssimo. Não souberam avaliar a administração municipal 9%.
Em comparativo com o desempenho inicial entre os sete prefeitos do Grande ABC, Donisete teve o segundo pior índice no levantamento, superando apenas o governo Saulo Benevides (PMDB) em Ribeirão Pires, cuja nota foi 4,6.
Esse cenário, porém, não desanima os 51,3% dos entrevistados, os quais acreditam que a administração do petista vai melhorar futuramente. Ao mesmo tempo, 18,8% disseram que Mauá vai piorar na gestão Donisete. Já 6,3% não souberam opinar.
Apesar do contexto, Donisete superou em 2,9 pontos percentuais a aprovação obtida pelo governo Oswaldo (2009 a 2012) e registrou 20,6 pontos a menos no quesito rejeição.
De acordo com pesquisa do Diário publicada em 27 de outubro, o ex-prefeito registrou 47,6% de desaprovação dos moradores de Mauá (14,3% o avaliaram como ruim e 33,3%, péssimo). Na ocasião, o petista foi aprovado por 20,3% dos munícipes (2,9% de ótimo e 17,4% de bom). Outros 27,3% o acharam regular.
Exatamente o temor pelo desgaste de Oswaldo provocar a derrota do petismo na eleição municipal atiçou grupos do partido alçarem o então deputado estadual Donisete como candidato ao Paço. Fórmula que deu certo, com a vitória contra a colega de Assembleia Legislativa Vanessa Damo (PMDB).
Mesmo com início abaixo do esperado segundo os mauaenses, Donisete colecionou alguns avanços nos primeiros meses de governo. O petista garantiu a renegociação da dívida histórica da canalização dos córregos Corumbé e Bocaina e Rio Tamanduateí junto à Caixa Econômica Federal. Outro aspecto positivo passa pela conquista do Poupatempo em Mauá e ajuda de R$ 18,5 milhões do governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini.
Foram consultadas 400 pessoas no dia 3. A margem de erro é de cinco pontos.
Habitação e Saúde são os maiores problemas
A população de Mauá clama por construção de moradias populares, melhor atendimento nos hospitais municipais e UBSs (Unidades Básica de Saúde). De acordo com levantamento do DGABC Pesquisas, esses são os segmentos com pior avaliação por parte do mauaense no governo Donisete Braga (PT). Em contrapartida, limpeza urbana e ações na Educação se destacam positivamente no início da administração.
O quesito construção de moradias populares recebeu nota 3 dos munícipes. Pontuação que reflete a condição preocupante da cidade no setor. Do total de 125 mil residências em Mauá, 56 mil casas são irregulares, ou seja, não possuem documentação e, geralmente, estão em condições precárias. Isso representa 44,8% dos imóveis de Mauá.
Exatamente esse cenário pode pesar futuramente para o vice-prefeito Hélcio Silva (PT), que chefia a Secretaria de Habitação. Ele deve ser anunciado como candidato a deputado federal pelo PT de Mauá para 2014 nas próximas semanas.
Outra dor de cabeça para Donisete é a Saúde. O mauaense sofre com a falta de médicos nos equipamentos públicos da cidade. O tema tem gerado constantes divergências na relação entre prefeito e vereadores, imediatamente cobrados por melhorias no setor pelos munícipes. Por essa razão, os itens melhorias dos hospitais municipais e atendimento nas UBSs receberam notas 3,1 e 3,2, respectivamente.
Entre os pontos positivos, destaca-se o setor de limpeza e varrição de ruas, que teve nota 5,5. Empatado com o quesito melhoria nas EMEIs (Escolas Municipais de Ensino Infantil), que faz o setor de Educação se destacar na pesquisa. Em seguida vêm os itens melhorias nas creches e em escolas municipais de 1º ao 5º anos, ambas com pontuação de 5,3.
Dos rivais, apenas eleitor de Diniz avalia petista acima da média
Entre o eleitorado que votou em adversários do prefeito Donisete Braga (PT) na eleição municipal, somente os aliados de Diniz Lopes (PR) ofereceram nota acima da média para o petista: 5,1. Curiosamente, os apoiadores do terceiro colocado no pleito do ano passado, Atila Jacomussi (PCdoB), deram 3,8 ao chefe do Executivo. O comunista faz parte da administração local, com a chefia da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).
Ainda no PPS, Atila somou 13,35% dos votos válidos no primeiro turno, juntando forças a Donisete no embate final contra a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). O recém-filiado ao PCdoB teve papel considerado importante para a manutenção do petismo no comando de Mauá.
Essa sincronia, porém, não é refletida hoje. Nenhum dos eleitores de Atila consideraram os cinco meses de Donisete como ótimo. Já 15,4% dos apoiadores do comunista classificaram o governo como bom, 53,9% regular, 7,7% ruim e 23% péssimo.
Vanessa, por sua vez, atingiu 42,86% dos votos válidos no segundo turno – contra 57,14% de Donisete. Hoje, os mauaenses adeptos à parlamentar dão nota 3,9 para o governo do PT. Entre eles, 1,2% avalia o desempenho como ótimo, 15% bom, 35,1% regular, 8,7% ruim e 31,3% péssimo.
O pior desempenho de Donisete está no eleitorado do Irmão Ozelito (sem partido), quarto mais votado com 8,17%. A população que confiou no ex-vereador deu nota 3,2 ao petista, sendo 60% o considerou como péssimo, 20% ruim e 20% regular. Nenhum optou pelas alternativas ótimo ou bom.
Donisete teve melhor desempenho com seu eleitor, que lhe conferiu pontuação 5,6. Entre os apoiadores, 3,8% consideram o governo ótimo, 32,1% bom, 42,1% regular, 4,4% ruim e 10,1% péssimo.
Dilma tem aprovação dos mauaenses
Historicamente reduto do PT, Mauá não causou surpresas para a presidente Dilma Rousseff (PT), aprovada por 55,8% dos munícipes entrevistados pelo DGABC Pesquisas. Na eleição de 2010, a petista agregou 57% dos votos válidos do eleitorado mauaense no segundo turno, contra 43% do ex-governador José Serra (PSDB).
Os cinco últimos meses de Dilma à frente ao Palácio do Planalto foram classificados como ótimos para 9,3% do eleitor em Mauá, enquanto 46,5% consideraram seu desempenho bom. A petista foi avaliada como regular para 27,8% dos consultados, 4,5% ruim e 10% como péssimo. Somente 1,9% do público abordado não soube avaliar.
Por sua vez, o governador Geraldo Alckmin foi aprovado por 42,7% dos mauaenses, entre os quais 6,9% enxergam seu trabalho como ótimo e outros 35,8%, bom. Para 36,8% dos entrevistados, o desempenho do tucano frente ao Palácio dos Bandeirantes é regular, ao mesmo tempo em que 4,7% visualizam os cinco últimos meses do gestor como ruim e outros 8,3% como péssimo. Não souberam avaliar 7,5% dos consultados.
Mauá foi um dos municípios do Grande ABC nos quais Alckmin não saiu vitorioso em 2010. O tucano somou 40,28% dos votos válidos, contra 45,05% de Aloizio Mercadante (PT). A derrota em solo mauaense, porém, não impediu Alckmin de se eleger governador no primeiro turno.
Segundo a pesquisa, Donisete completa os 150 dias no Paço com 1,7% dos entrevistados avaliando o desempenho como ótimo e 21,5% o classificando como bom. Ou seja, 23,2% aprovam as ações da Prefeitura. Enquanto isso, 40,8% dos munícipes acham o governo regular. Mas serve de alerta para o prefeito o fato de 27% não aprovarem seu trabalho, sendo 8,5% opinando como ruim e 18,5% como péssimo. Não souberam avaliar a administração municipal 9%.
Em comparativo com o desempenho inicial entre os sete prefeitos do Grande ABC, Donisete teve o segundo pior índice no levantamento, superando apenas o governo Saulo Benevides (PMDB) em Ribeirão Pires, cuja nota foi 4,6.
Esse cenário, porém, não desanima os 51,3% dos entrevistados, os quais acreditam que a administração do petista vai melhorar futuramente. Ao mesmo tempo, 18,8% disseram que Mauá vai piorar na gestão Donisete. Já 6,3% não souberam opinar.
Apesar do contexto, Donisete superou em 2,9 pontos percentuais a aprovação obtida pelo governo Oswaldo (2009 a 2012) e registrou 20,6 pontos a menos no quesito rejeição.
De acordo com pesquisa do Diário publicada em 27 de outubro, o ex-prefeito registrou 47,6% de desaprovação dos moradores de Mauá (14,3% o avaliaram como ruim e 33,3%, péssimo). Na ocasião, o petista foi aprovado por 20,3% dos munícipes (2,9% de ótimo e 17,4% de bom). Outros 27,3% o acharam regular.
Exatamente o temor pelo desgaste de Oswaldo provocar a derrota do petismo na eleição municipal atiçou grupos do partido alçarem o então deputado estadual Donisete como candidato ao Paço. Fórmula que deu certo, com a vitória contra a colega de Assembleia Legislativa Vanessa Damo (PMDB).
Mesmo com início abaixo do esperado segundo os mauaenses, Donisete colecionou alguns avanços nos primeiros meses de governo. O petista garantiu a renegociação da dívida histórica da canalização dos córregos Corumbé e Bocaina e Rio Tamanduateí junto à Caixa Econômica Federal. Outro aspecto positivo passa pela conquista do Poupatempo em Mauá e ajuda de R$ 18,5 milhões do governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini.
Foram consultadas 400 pessoas no dia 3. A margem de erro é de cinco pontos.
Habitação e Saúde são os maiores problemas
A população de Mauá clama por construção de moradias populares, melhor atendimento nos hospitais municipais e UBSs (Unidades Básica de Saúde). De acordo com levantamento do DGABC Pesquisas, esses são os segmentos com pior avaliação por parte do mauaense no governo Donisete Braga (PT). Em contrapartida, limpeza urbana e ações na Educação se destacam positivamente no início da administração.
O quesito construção de moradias populares recebeu nota 3 dos munícipes. Pontuação que reflete a condição preocupante da cidade no setor. Do total de 125 mil residências em Mauá, 56 mil casas são irregulares, ou seja, não possuem documentação e, geralmente, estão em condições precárias. Isso representa 44,8% dos imóveis de Mauá.
Exatamente esse cenário pode pesar futuramente para o vice-prefeito Hélcio Silva (PT), que chefia a Secretaria de Habitação. Ele deve ser anunciado como candidato a deputado federal pelo PT de Mauá para 2014 nas próximas semanas.
Outra dor de cabeça para Donisete é a Saúde. O mauaense sofre com a falta de médicos nos equipamentos públicos da cidade. O tema tem gerado constantes divergências na relação entre prefeito e vereadores, imediatamente cobrados por melhorias no setor pelos munícipes. Por essa razão, os itens melhorias dos hospitais municipais e atendimento nas UBSs receberam notas 3,1 e 3,2, respectivamente.
Entre os pontos positivos, destaca-se o setor de limpeza e varrição de ruas, que teve nota 5,5. Empatado com o quesito melhoria nas EMEIs (Escolas Municipais de Ensino Infantil), que faz o setor de Educação se destacar na pesquisa. Em seguida vêm os itens melhorias nas creches e em escolas municipais de 1º ao 5º anos, ambas com pontuação de 5,3.
Dos rivais, apenas eleitor de Diniz avalia petista acima da média
Entre o eleitorado que votou em adversários do prefeito Donisete Braga (PT) na eleição municipal, somente os aliados de Diniz Lopes (PR) ofereceram nota acima da média para o petista: 5,1. Curiosamente, os apoiadores do terceiro colocado no pleito do ano passado, Atila Jacomussi (PCdoB), deram 3,8 ao chefe do Executivo. O comunista faz parte da administração local, com a chefia da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).
Ainda no PPS, Atila somou 13,35% dos votos válidos no primeiro turno, juntando forças a Donisete no embate final contra a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). O recém-filiado ao PCdoB teve papel considerado importante para a manutenção do petismo no comando de Mauá.
Essa sincronia, porém, não é refletida hoje. Nenhum dos eleitores de Atila consideraram os cinco meses de Donisete como ótimo. Já 15,4% dos apoiadores do comunista classificaram o governo como bom, 53,9% regular, 7,7% ruim e 23% péssimo.
Vanessa, por sua vez, atingiu 42,86% dos votos válidos no segundo turno – contra 57,14% de Donisete. Hoje, os mauaenses adeptos à parlamentar dão nota 3,9 para o governo do PT. Entre eles, 1,2% avalia o desempenho como ótimo, 15% bom, 35,1% regular, 8,7% ruim e 31,3% péssimo.
O pior desempenho de Donisete está no eleitorado do Irmão Ozelito (sem partido), quarto mais votado com 8,17%. A população que confiou no ex-vereador deu nota 3,2 ao petista, sendo 60% o considerou como péssimo, 20% ruim e 20% regular. Nenhum optou pelas alternativas ótimo ou bom.
Donisete teve melhor desempenho com seu eleitor, que lhe conferiu pontuação 5,6. Entre os apoiadores, 3,8% consideram o governo ótimo, 32,1% bom, 42,1% regular, 4,4% ruim e 10,1% péssimo.
Dilma tem aprovação dos mauaenses
Historicamente reduto do PT, Mauá não causou surpresas para a presidente Dilma Rousseff (PT), aprovada por 55,8% dos munícipes entrevistados pelo DGABC Pesquisas. Na eleição de 2010, a petista agregou 57% dos votos válidos do eleitorado mauaense no segundo turno, contra 43% do ex-governador José Serra (PSDB).
Os cinco últimos meses de Dilma à frente ao Palácio do Planalto foram classificados como ótimos para 9,3% do eleitor em Mauá, enquanto 46,5% consideraram seu desempenho bom. A petista foi avaliada como regular para 27,8% dos consultados, 4,5% ruim e 10% como péssimo. Somente 1,9% do público abordado não soube avaliar.
Por sua vez, o governador Geraldo Alckmin foi aprovado por 42,7% dos mauaenses, entre os quais 6,9% enxergam seu trabalho como ótimo e outros 35,8%, bom. Para 36,8% dos entrevistados, o desempenho do tucano frente ao Palácio dos Bandeirantes é regular, ao mesmo tempo em que 4,7% visualizam os cinco últimos meses do gestor como ruim e outros 8,3% como péssimo. Não souberam avaliar 7,5% dos consultados.
Mauá foi um dos municípios do Grande ABC nos quais Alckmin não saiu vitorioso em 2010. O tucano somou 40,28% dos votos válidos, contra 45,05% de Aloizio Mercadante (PT). A derrota em solo mauaense, porém, não impediu Alckmin de se eleger governador no primeiro turno.
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