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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/02/2017 | Tecnologia
Mark Zuckerberg publica ''textão'' no Facebook defendendo ''comunidade global'' de usuários
Criador da rede social não cita nomes, mas se posiciona contra medidas que dividem o mundo.

Mark Zuckerberg, cofundador e CEO do Facebook, publicou nesta quinta-feira (16) uma longa carta direcionada aos usuários da rede social onde ele defende a globalização e a ideia de uma "comunidade global" sustentada pelo Facebook. Veja aqui a íntegra da carta.

O "textão" foi postado no perfil do executivo em um momento em que o Facebook, e o próprio Zuckerberg, tem sido alvo de críticas pesadas. Um grupo de acionistas busca tirar Zuckerberg da presidência do conselho da empresa no que seria uma tentativa de ajudar o Facebook a lidar melhor com acusações de "censura, discurso de ódio e de alegadas inconsistências na aplicação dos padrões de comunidades e políticas de conteúdo".

O Facebook também é acusado de influenciar na eleição de Donald Trump à presidência dos EUA graças à proliferação de notícias falsas (ou "fake news") na rede social. Recentemente, tanto o Facebook como outras empresas, como o Google, anunciaram medidas preventivas contra isso.

Oportunidades globais

Zuckerberg não cita nomes, mas passagens da carta indicam que o executivo esteja se posicionando contra as ações isolacionistas que surgiram nos últimos anos, como a assinatura do Brexit, no Reino Unido, e as políticas anti-imigração de Donald Trump. Veja trecho abaixo:

"Nossas maiores oportunidades são globais – como espalhar a prosperidade e a liberdade, promover a paz e a compreensão, tirar as pessoas da pobreza e acelerar a ciência. Nossos grandes desafios também exigem respostas globais – como acabar com o terrorismo, lutar contra a mudança climática e prevenir pandemias. O progresso agora exige que a humanidade se una não como cidades ou nações, mas como uma comunidade global"

O criador do Facebook também diz que a rede social luta para aproximar as pessoas e construir uma comunidade global, e que isso não era controverso quando o site surgiu.

"A cada ano, o mundo se tornou mais conectado e isso era visto como uma tendência positiva. Agora, porém, existem pessoas pelo mundo deixadas para trás pela globalização, e movimentos a favor da saída de uma conexão global"

Essa não seria a primeira manifestação anti-Trump por parte de empresas de tecnologia. Além de Zuckerberg, que já havia se manifestado anteriormente contra as medidas imigratórias dos EUA, companhias como Google, Apple, Microsoft, Netflix e Airbnb publicaram mensagens contrárias às políticas recentes de Trump.

5 mandamentos

O criador do Facebook também propõe uma série de prerrogativas para a construção dessa "comunidade global". Os "cinco mandamentos" de Zuckerberg são: comunidades solidárias, comunidades seguras, comunidades informadas, comunidades civicamente engajadas e comunidades inclusivas.

Nesses itens, Zuckerberg trata de alguns dos maiores desafios do Facebook e de polêmicas envolvendo a rede social em 2016, como a remoção de uma famosa fotografia feita durante a Guerra do Vietnã.

No item de comunidades informadas, especificamente, Zuckerberg se posiciona sobre a onda crescente de notícias falsas. Após a eleição de Trump em novembro de 2016, o Facebook foi acusado de ajudar no resultado do pleito por conta da propagação de "fake news" a favor do republicano. Ele reflete sobre os acontecimentos de 2016:

"Dar voz a todos é historicamente uma força muito positiva para o discurso público porque aumenta a diversidade de ideias compartilhadas. Mas o ano passado também mostrou que isso pode fragmentar o nosso compartilhado senso de realidade. É nossa responsabilidade ampliar os bons efeitos e mitigar os ruins – para continuar a aumentar a diversidade enquanto fortalecemos o nosso senso comum para que a nossa comunidade possa criar o maior impacto positivo no mundo"

"A precisão de informação é muito importante. Nós sabemos que existe desinformação e até conteúdos descaradamente falsos no Facebook, e nós levamos isso muito a sério. Fizemos progresso ao combater farsas da forma que combatemos spam, mas temos mais trabalho a fazer. Estamos avançando cuidadosamente porque nem sempre existe uma divisão clara entre farsas, sátiras e opiniões. Em uma sociedade livre, é importante que as pessoas tenham o poder de compartilhar sua opinião, mesmo se os outros acharem que ela é errada"

Por G1
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