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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/01/2016 | Política
Marinho recua sobre ideologia de gênero e é criticado no PT
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), recuou sobre a proibição da ideologia de gêneros em unidades educacionais do município e foi duramente criticado por alas do petismo na cidade e no Estado. Na sexta-feira, Marinho anunciou que vai elaborar projeto de lei específico para vetar o nominalmente ensino de diversidade sexual nas escolas da cidade, abrangendo os âmbitos municipal, estadual e particular. A medida foi confirmada pelo prefeito petista com a publicação de vídeo em sua página pessoal do Facebook.

A proposta de Marinho contradiz toda articulação do Executivo à emenda aprovada pela Câmara ao PME (Plano Municipal de Educação), também vetando o ensino sexual nas escolas. O petista criticou os vereadores anteriormente, vetou a emenda rubricada pela Casa, mas agora caminha pelo veto à ideologia de gênero.

Em dezembro, os parlamentares são-bernardenses adicionaram emenda modificativa ao texto do PME, descrevendo proibição da discussão da ideologia de gênero nas escolas da rede municipal, sob argumento de ver brecha à permissão do termo. Marinho repudiou a decisão e rejeitou a proposta dos vereadores. A decisão do prefeito será julgada pela Câmara no dia 3, quando retornarão os trabalhos legislativos.

Um dos setores mais veementes nas críticas ao prefeito foi grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), do PT estadual, que encaminhou nota de repúdio ao diretório de São Bernardo. “Rechaçamos a postura do prefeito, que coloca a população LGBT como não detentora de direitos de cidadania e igualdade. Não só para as questões da Educação do município. Mais triste é saber que o senhor Marinho promove tal atitude no berço da fundação do PT e da esquerda que lutou pela redemocratização do País. Esperamos que mire suas ações na promoção dos direitos humanos como vem fazendo o prefeito Fernando Haddad (da Capital, também do PT)”, descreveu a nota.

Na cidade, o titular da Educação, Paulo Dias (PT), negou recuo de Marinho. “Essa medida foi adotada por conta da questão política tomada por determinados vereadores. Não havia no texto citação ao termo. Para tirar a polêmica, o prefeito decidiu pelo veto completo. Foi apenas uma questão política”, alegou Paulo Dias, confirmando que o projeto deve ser enviado à Câmara até fim da semana.

Líder de governo Marinho no Legislativo, José Ferreira (PT) defendeu o plano adotado pelo chefe do Executivo. Antes, ele era crítico aos vereadores que queriam vetar a ideologia de gênero nas escolas. “O prefeito acertou na decisão. Era o único jeito para acabar com a falácia criada e repetida por alguns que se aproveitaram da falta de conhecimento de muitos da população para espalhar mentira. O Marinho sempre foi de família”, argumentou.

Um dos líderes da oposição, Julinho Fuzari (PPS) classificou o ato como possibilidade de “golpe” do chefe do Executivo com a matéria. “Eu vejo inconstitucionalidade nesta proposta. O município não pode, por exemplo, sobrepor ao Estado. Para mim, é um golpe contra a sociedade da cidade. Porque esse projeto é aprovado e depois algum grupo ligado a ele vem e derruba por falta de amparo legal. Por que simplesmente não deixa derrubarmos o seu veto?”, indagou.

O oposicionista voltou a atacar o rival, vislumbrando viés eleitoral. “Em vários momentos no passado vimos o Marinho defendendo a instituição da ideologia publicamente. Agora quer se colocar do lado da família. Não deu certo. Apanhou dos próprios petistas.”

Por Leandro Baldini - Diário do Grande ABC
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