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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/01/2012 | Cidade
Marinho busca apoios e investe em polos de tecnologia
Na Retrospectiva 2011, confira ainda como foi o ano na política em Diadema e Mauá

Em São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) decidiu mexer no primeiro escalão, em março, para ajustar as engrenagens da máquina. Ao todo foram seis trocas, como as nomeações de Maurício Soares para a secretaria de Governo, no lugar de José Albino, e de seu vice, Frank Aguiar (PTB), para assumir a Secretaria de Cultura. A partir da nomeação de Soares para fazer a articulação política na Câmara, Marinho ganhou novos aliados no Legislativo, onde, mesmo com maioria, tinha dificuldades para aprovar projetos mais importantes.

Em meio às negociações políticas na Câmara, que visam as eleições de 2012, o ex-presidente da Casa e dirigente municipal do PPS, Otávio Manente, foi vitimado por um câncer no pulmão. Otávio faleceu aos 55 anos e seu filho, o deputado estadual Alex Manente, teve de assumir os planos da legenda para 2012. Pai e filho decidiram romper com o governo Marinho, e esboçaram voo solo para o ano que vem. Enquanto arquiteta um arco de aliança mais robusto para as próximas eleições e amplia apoios no Legislativo, Marinho tenta emplacar projetos ousados, como a construção de um aeroporto no ABCD, destinado à aviação de carga e executiva (pequeno porte).

Para isso, chegou a apresentar um anteprojeto à presidente Dilma Rousseff. O petista já havia articulado, no começo deste ano, a instalação na cidade de uma espécie de polo tecnológico do setor aeronáutico, tendo em vista a licitação de compra de 36 caças supersônicos pela FAB (Força Aérea Brasileira). Marinho chegou a visitar as fábricas da Saab (sueca) e da Dassault (francesa), dois dos três concorrentes.

Após um mês de discussão a Câmara aprovou, no final de novembro, o projeto de lei do Executivo que prevê mudanças no Plano Diretor da cidade, sobretudo em relação ao planejamento urbano. Um dos investimentos previstos é a implementação de um Parque Tecnológico nos próximos três anos. A Prefeitura pretende beneficiar as empresas interessadas em sediar o equipamento com redução de impostos.

Reali faz duas gestões em Diadema

O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), teve de dividir sua agenda política neste ano entre a rotina de seu governo e a presidência do Consórcio Intermunicipal, cargo que assumiu em 7 de fevereiro. Na entidade, o petista esboçou planos para consolidar políticas regionais, e para isso conseguiu apoio de ministros do governo Dilma como Alexandre Padilha (Saúde), Miriam Belchior (Planejamento) e José Eduardo Cardoso (Justiça), que estiverem em eventos no Consórcio neste ano.

Com dificuldades de investimentos por conta de déficit nas finanças públicas municipais, Reali procurou manter serviços e ampliar programas com apoio de verbas da União. Um dos principais focos da gestão do petista foi a política de habitação e urbanização de favelas.

O prefeito crê que até o final de 2014 cerca de 1,5 mil famílias que residem em barracos vão para casas de alvenaria. Mas seu governo teve de enfrentar desgastes com a base aliada na Câmara, onde o PT perdeu o comando da Mesa Diretora. Além disso, Reali enfrentou uma greve de 23 dias do funcionalismo, deflagrada no final de abril, e teve de suspender a paralisação indo à Justiça. O acordo com os servidores só foi concretizado em agosto.

Oswaldo equilibra as finanças em Mauá

Reconduzido à Prefeitura de Mauá pela terceira vez, em 2008, o prefeito Oswaldo Dias (PT) avalia que este mandato tem sido marcado pelo desafio de equilibrar o déficit financeiro do município e manter investimentos. Para executar os serviços teve de recorrer às verbas do governo federal, especialmente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Entre as realizações nos últimos anos, o prefeito destaca a entrega de duas escolas e a construção de outras três unidades, além da execução do projeto de quatro UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) – três delas devem ser inauguradas neste ano – e dois CRAS (Centros de Referência de Assistência Social). Cita também obras de urbanização e habitação no Bairro Oratório, feitas com verbas do PAC de aproximadamente R$ 60 milhões, e a construção da pista marginal da cidade, que faz parte do traçado do Rodoanel.

Por Rodrigo Bruder - ABCD Maior
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