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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/01/2012 | Cidade
Maria Helena, a insistente social
Maria Helena, a insistente social  Maria Helena com jovens atendidas pela Estrela Azul. Foto de Luciano Vicioni
Maria Helena com jovens atendidas pela Estrela Azul. Foto de Luciano Vicioni
Ela trava uma guerra diária para proteger jovens de Mauá

A assistente social Maria Helena Martins, 57 anos, passou mais da metade da vida insistindo no futuro e no talento de centenas de jovens carentes do populoso Jardim Zaíra, em Mauá. A crescente onda de violência, o risco social iminente para crianças e adolescentes, e a proliferação das drogas, especialmente o crack, motivaram Maria Helena a entrar na guerra diária para transformar jovens carentes em trabalhadores. A principal arma sempre foi a disposição para o trabalho social que faz há mais de 30 anos na Estrela Azul, entidade sem fins lucrativos que ajudou a reerguer na década de 1980.

A simpática senhora não abre mão da “linha dura” para manter a disciplina dos jovens, mas ao mesmo tempo é tida como mãezona responsável pelos frutos colhidos diariamente na entidade.

A batalha de Maria Helena começou cedo. Aos 12 anos saiu de Cândido Mota (Interior de São Paulo) para morar em Mauá com a família. Casou-se ainda adolescente com um metalúrgico da cidade, com quem teve dois filhos. Ao invés de se tornar dona de casa, preferiu investir seu tempo num curso de auxiliar de enfermagem. Depois cursou faculdade de Serviço Social. Trabalhou em uma Unidade de Saúde no Jardim Zaíra e ocupou cargo de auxiliar de enfermagem no Hospital Nardini.

Nesse período, o interesse de Maria Helena se deparou com dezenas de vidas que eram dizimadas pela criminalidade e com os inúmeros conflitos sociais que acometiam crianças e mães – sempre muito jovens. Maria Helena resolveu se empenhar como voluntária na Estrela Azul.

A entidade passou a funcionar no Jardim Zaíra como um centro de referência social. Maria Helena reuniu as mulheres do bairro, organizou eventos beneficentes, promoveu cursos de alfabetização e até criou bailes de debutantes para as meninas do bairro, evento que já está na 15ª edição. Tudo com muita correria atrás de apoios e patrocínios.

A principal revolução promovida por Maria Helena foi colocar a entidade a serviço das crianças e jovens do bairro usando como principais ferramentas a inclusão pelo esporte, com modalidades de alto rendimento como a ginástica artística, e posteriormente a inserção dos adolescentes no mercado de trabalho.

E é aí que Maria Helena diz estar seu maior orgulho. Algumas instituições como o Banco do Brasil recrutam os jovens talentos da Estrela Azul para funções remuneradas com um salário mínimo, carteira registrada e benefícios. “Começamos empregando dois adolescentes no Banco do Brasil, hoje temos 110 trabalhadores, e já empregamos um total de 280”, alegra-se.

Neste mês, Maria Helena foi à região do Zimbábue (África), em missão social. Sua ideia é trazer jovens africanos para a cidade e levar os adolescentes de Mauá a África, para trocar experiências e viabilizar possíveis empregos nas áreas têxtil e de informática. “Sou teimosa e acredito no ser humano. Costumo dizer que não sou assistente social, sou uma ‘insistente’ social. Eu insisto tanto que a coisa acontece.”

Por Rodrigo Bruder - ABCD Maior
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