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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/05/2016 | Economia
Marcas mais baratas são opções para Dia das Mães
Marcas mais baratas são opções para Dia das Mães Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Com a aproximação do Dia das Mães, comemorado no domingo, dia 8, o consumidor que ainda não garantiu o presente da matriarca está buscando por algo mais em conta. Sem melhora na situação econômica e com pouca confiança para desembolsar altas quantias, os mimos serão limitados às marcas e aos modelos mais baratos.

“Não vai dar para comprar o produto top de linha, mas não vou deixar passar em branco”, conta a auxiliar administrativa Luiza Santos Cremmona, 30 anos, de São Bernardo. A ideia dela é comprar uma bota, mas o orçamento não pode passar de R$ 100.

Quem também não vai deixar a mãe sem presente é a encarregada administrativa Andrea Vido, 42, de Santo André. “Desta vez, a compra será de uma lembrancinha”, afirma ela, que não quer gastar mais do que R$ 50. “Com a crise, tudo fica mais difícil. E a mãe tem que entender, afinal, ela vê televisão, vai ao supermercado e sabe que, com a situação atual, não está dando para gastar muito”, declara enquanto analisa pantufa de R$ 54.

A fim de verificar outras alternativas acessíveis para quem quer presentear no Dia das Mães, mas não pode gastar muito, a equipe do Diário percorreu comércios da região e notou que dá para presentear desembolsando de R$ 50 até R$ 200. Camisas, pijamas e batas podem sair a partir de R$ 50. Sapatos fechados, tênis e botas também podem ser encontrados com preço mínimo de R$ 79,90. Perfumes saem por R$ 68, enquanto kits com sabonetes e hidratantes, a R$ 170. Bolsas já ficam acima de R$ 100. Assim como relógios.

Quem ainda pretende diminuir a faixa de preços, pode optar por lembranças mais simples, como canecas de R$ 21,99. Almofadas com a temática do Dia das Mães por R$ 29,99. Semijoias banhadas a prata por R$ 20 e itens de maquiagem, como batom, podem sair por R$ 18.

Em momentos como o atual, a criatividade pode ajudar para não decepcionar a homenageada. “Vou preparar uma cesta de café da manhã com alimentos que ela gosta, e colocar alguns mimos como um brinco que paguei R$ 15, uma caneca que ficou R$ 25 e um batom de R$ 24. Neste ano não vai ter como. Vou investir mais no emocional do que no material”, revela Julia Campos, 26, pedagoga andreense.

PROCURA - Ao ir às ruas, a equipe do Diário percebeu movimentação mais fraca do que nos últimos anos. E a falta de disposição do consumidor não se deve apenas ao frio, habitual do período. De acordo com pesquisa realizada pela Fiesp e Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), pelo menos 50% dos entrevistados admitiram que não pretendem comprar nada para presentear no domingo. Em 2015, esse índice era de 46%. Entretanto, de 45% que afirmaram não abrir mão da lembrança, 30% disseram que vão gastar menos.

Alguns comerciantes que têm sentido no bolso a queda na demanda, para não perder mais clientes têm lançado mão de estratégias para manter o consumidor.

“O movimento para nós está bom porque fizemos muitas promoções. Há produtos nas faixas de R$ 19,90, R$ 29,90 e R$ 49,90. Mas, para isso, tivemos que modificar nossa linha de roupas e diminuir o preço dos produtos, optando por peças de tecidos mais simples, em vez dos mais elaborados”, comenta Damião Bozano, estilista da rede Ticino, com unidade em Santo André, na Rua Coronel Oliveira Lima.

Até 80% do custo do mimo vai para impostos

Quem está indo às lojas pode perceber que encontrar ofertas tem sido tarefa difícil, e que os valores dos produtos estão cada vez mais altos.

Entretanto, é preciso se atentar que quase 80% do preço do presente pode estar indo para os cofres do governo.

Essas são as informações levantadas pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), que verificou os valores dos produtos e concluiu que os itens mais tributados, coincidentemente, são muito consumidos pelas mulheres.

Entre eles, o perfume importado é disparado o que possui mais tributos, com 78,99% do valor correspondendo aos impostos. Já o segundo, também importado, é a maquiagem, com 69,53% do montante indo para o governo.

Entre os nacionais, esses itens também se repetem no topo da lista. O custo do perfume conta com 69,13% de tributação, enquanto a maquiagem tem 51,41% do preço final destinado aos cofres públicos.

Já as opções mais comuns de presentes apresentam tributações menores: roupas 34,67%, bolsa de couro 41,52% e bota 36,17%.

Para o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, a elevada tributação dos presentes do Dia das Mães se deve ao fato de, em geral, serem bens supérfluos. “Devido à maioria desses produtos ser considerada desnecessária à população, eles têm alta carga tributária. O que prejudica o contribuinte na hora de consumir mais e melhor."

Por Marina Teodoro - Especial para o Diário
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