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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/03/2011 | Geral
Manifestantes acampam no Belas Artes em protesto ao fechamento do cinema
Fãs do Belas Artes não se contentaram em se despedir do cinema com a sessão de clássicos exibida na noite de quinta-feira (17) e acamparam no local em protesto ao fechamento. Eles pedem que o prédio seja tombado e que o proprietário do imóvel alugado pela Pandora Filmes, administradora do cinema, renove o contrato de locação.

Cerca de 30 pessoas estiveram no cinema durante a exibição dos últimos filmes para protestar com faixas e gritos de “Cinema sim! Loja não!” e “Viva o Belas Artes!”. Integrantes do Movimento Pelo Belas Artes estiveram presentes no último dia do cinema. Entre eles, estava o vice-presidente da Associação Paulista de Cineastas, Rubens Rewald, que fez um discurso ao público presente defendendo o tombamento do prédio que abriga o cinema.

- A gente tem muita esperança que esse não seja o último dia. Não é só a lógica de especulação imobiliária que deve reinar em São Paulo. Se todos se engajarem nesse movimento, esse cinema continuará existindo.

Ele ressaltou a importância do cinema enquanto um espaço de encontro e lembrou que o seu primeiro longa metragem ficou em cartaz no Belas Artes durante quatro semanas. Rewald ainda afirmou que conta com o apoio do prefeito Gilberto Kassab (DEM) para que o cinema seja tombado.

- O Belas Artes tem um compromisso com a atualidade e não com a demanda financeira.

Protestos marcam fechamendo do cinema

O espaço, administrado pela Pandora Filmes, ameaçou fechar em março do ano passado, quando perdeu o patrocínio do HSBC. A produtora e amigos do Belas Artes fizeram campanhas, abaixo-assinados e saíram em busca de um novo patrocinador.

Ele apareceu em novembro, mas quando o proprietário do imóvel foi procurado para que fosse feita a renovação do aluguel, veio a surpresa. O contrato foi cancelado e o local passaria a ser alugado por uma loja.

O contrato de aluguel do prédio acabou no final de fevereiro. Desde então, o funcionamento vem sido estendido por pequenos períodos em sucessivas negociações. No último acordo, ficou combinado que o cinema manteria as portas abertas até esta quinta-feira.

Para renovar o contrato, o dono do imóvel pediu que o cinema pagasse um aluguel de R$ 150 mil. O valor cobrado até fevereiro era de R$ 60 mil. A administração do Belas Artes chegou a propor um aumento para R$ 85 mil, mas o proprietário do prédio não aceitou.

Sessão especial

O último dia de funcionamento do Belas Artes contou com uma programação especial de despedida. Foram exibidos seis filmes clássicos entre as 20h30 e as 21h30: No Tempo do Onça, O Águia, A Doce Vida, O Leopardo, Queimada e O Joelho de Clair em sessões entre as 20h30 às 21h30.

Por Luciana Sarmento, do R7
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