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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/05/2013 | Saúde e Ciência
Manifestação cobra fim de internações psiquiátricas no ABCD
Manifestação cobra fim de internações psiquiátricas no ABCD Manifestantes pediam pelo fechamento da unidade. Foto: Adonis Guerra
Manifestantes pediam pelo fechamento da unidade. Foto: Adonis Guerra
Forum Popular de Saúde Mental pede o fim a internação compulsória e fechamento do hospital psiquiátrico Lacan

Integrantes do Fórum Popular de Saúde Mental do ABCD fizeram um protesto em frente ao Hospital Psiquiatria Lacan, em São Bernardo, no início da tarde dessa terça-feira (14/05). Cerca de 300 manifestantes, com faixas e cartazes, pediam pelo fechamento da unidade e o fim das internações compulsórias. O protesto faz parte das atividades da Semana da Luta Antimanicomial.

Duas fixas da avenida José Odorizzi foram fechadas para que os manifestantes pudesse fazer se concentrar em frente ao hospital. “Queremos chamar a atenção da sociedade para a insensibilidade com que são tratados os pacientes dentro de hospitais psiquiátricos. Há uma lei federal que prevê o fechamento dessas instituições e isso não ocorre”, destacou o presidente do Conselho Municipal de Saúde de São Bernardo, Luciano Lourenço da Costa.

Costa fez referência a lei federal 10.216 de 2001, que prevê o fechamento de hospitais psiquiátricos e a socialização dos pacientes como parte do tratamento. “A Região conta com unidades para esse tipo de atendimento, como os CAPS e as Residências Terapêuticas. O Lacan vai na contramão dessa politica de saúde que está sendo implantada no ABCD, pois tem cerca de 100 leitos para internação”, destacou.

O presidente do Conselho lembrou que já houve outros protestos pedindo pelo fim a internação compulsória, quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) inaugurou novos leitos no Lancan. “Tentamos falar com o governo do Estado sobre o assunto, pois essa política de saúde não corresponde com o que preconiza a nova legislação. Não fomos ouvidos e agora há a possibilidade de trazerem para cá pacientes de outras cidades do Estado”, lamentou.

Durante o protesto, os manifestantes foram surpreendidos com água sendo jogada de dentro das dependências do hospital. “Somos totalmente contra a violência, tanto que trouxemos rosas para distribuir para os motoristas que passaram por aqui. É triste ver que não entendem a nossa luta”, destacou uma das militantes da luta antimanicomial, Elizabete Henna.

Internações não ajudam no tratamento - Para quem já viveu a experiência de ficar internado, a lembrança é dolorosa. “Apesar de não ter muitas lembranças desse período, não gosto nem de passar aqui na frente”, destacou um dos organizadores do protesto, Albano Felipe, que hoje atua no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Centro, em São Bernardo.

Já Marcelo Melinsky de Moares, que hoje é um dos colaboradores do Jornal Vozes – publicação da rede de saúde mental da Região – passou pela instituição por sete vezes. “Não havia um tratamento adequado para os pacientes. Passávamos os dias sem atividades ou oficinas. Essas atividades são oferecidas no CAPSs, alem do paciente ter a possibilidade de ir e vir”, destacou.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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