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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/02/2008 | Política
Maluf entrará com ação contra a sentença da Paulipetro
Dois dias depois de a Justiça Federal do Rio de Janeiro receber o pedido de execução das penas dos condenados no caso Paulipetro, o ex-governador de São Paulo e atual deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) anunciou que entrará com ação rescisória contra a sentença, que o condena a pagar R$ 716 milhões ao Estado de São Paulo.

O advogado de Valter Amaral, que abriu o processo em 1980, João Cunha, não acredita na possibilidade de Maluf conseguir a anulação, já que se trata de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), contra a qual não caberia mais recurso.

Segundo o advogado, o máximo que o deputado conseguirá será criar obstáculos para protelar o pagamento. “Ele (Maluf) perdeu 12 recursos em 17 anos”, afirma Cunha. “É conversa para ficar bem com a opinião pública.”

A Paulipetro foi um consórcio criado por Maluf em 1979, ano em que ele assumiu o governo paulista, unindo a Cesp (Companhia Energética de São Paulo ) e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Foram perfurados 60 poços no interior do Estado no início da década de 80, mas nem uma gota de petróleo foi encontrada, apenas algumas pequenas reservas de gás natural.

O fracasso levou Valter do Amaral, advogado na época e desembargador federal atualmente, a mover a ação popular contra o consórcio.

A alegação dos advogados do ex-governador na ação rescisória será de que o contrato de risco de exploração de petróleo não era lesivo. “Nessa atividade sempre se tem o risco de se encontrar ou não petróleo”, argumentam Ricardo Tosto e Paulo Guilherme de Mendonça Lopes, que assumiram recentemente a defesa de Maluf no caso. “Se fosse lesivo ao Estado assumir tal risco, o governo federal não poderia ter constituído a Petrobras.”

Por meio de nota oficial, a assessoria de Maluf sustenta que a condenação imposta atinge valor equivalente a US$ 250 mil.

“Os advogados de Maluf argumentam que a ação da Paulipetro é legal, pois foi autorizada pela Petrobras através de contrato de risco e que a empresa paulista foi constituída por lei, com participação da Cesp e do IPT”, acentua a nota.

“Esse valor de mais de R$ 4 bilhões não tem liquidez, estamos esperando nosso cliente ser citado da execução”, anotou Ricardo Tosto.

Além de Maluf, os ex-secretários estaduais Oswaldo Palma (Indústria e Comércio) e Sílvio Fernandes Lopes (Obras e Meio Ambiente), Cesp, IPT e a Petrobras foram condenados solidariamente a ressarcir aos cofres do Estado de São Paulo R$ 4,3 bilhões.

Por Diário Online - AE
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