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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/09/2008 | Política
Maluf dará prioridade ao trânsito se conseguir ser prefeito de São Paulo
Para o candidato Paulo Maluf, do PP, que tenta ser prefeito de São Paulo pela terceira vez, o trânsito e o transporte coletivo são hoje os maiores problemas da capital paulista. De acordo com seu plano de governo, o problema principal do deslocamento urbano está nas avenidas marginais, "espinha dorsal de todo o sistema viário", por onde passam 700 mil veículos por dia. Para resolver o problema, Maluf propõe em seu programa a construção de tampões sobre parte dos rios Tietê e Pinheiros, onde os carros possam transitar.

"Eu vou construir a freeway, que vai ser uma grande ligação em cima da marginal dos rios Pinheiros e Tietê, para que os carros possam andar a 90 quilômetros por hora", prometeu o candidato.

Paulo Maluf nasceu em São Paulo em setembro de 1931. Formou-se em engenharia e, aos 36 anos, assumiu o primeiro cargo público, como presidente da Caixa Econômica Federal. Foi pela primeira vez prefeito de São Paulo em 1969. Em 1971, deixou a prefeitura e assumiu o cargo de secretário dos Transportes do estado, que exerceu por quatro anos. Depois disso, foi eleito presidente da Associação Comercial de São Paulo, da qual se licenciou em 1978 para disputar a convenção partidária da Arena que escolheria o futuro governador do estado, tendo sido eleito, derrotando o candidato do governo militar, Laudo Natel. Maluf foi eleito em 1982 deputado federal e exerceu o cargo até 1986. Foi novamente prefeito da capital paulista, pela primeira vez com voto direto. Nas últimas eleições, em 2006, foi eleito deputado federal.

Paulo Maluf afirma que se identifica com a cidade e aposta nas suas realizações em gestões passadas como pontos fortes para sua eleição como prefeito. "Você não anda nesta cidade um quilômetro sem encontrar uma obra do Paulo Maluf. Eu me chamo Paulo, nasci em São Paulo, na maternidade de São Paulo, fui governador de São Paulo, fui prefeito de São Paulo e amo São Paulo", disse em tom de brincadeira, em entrevista à Agência Brasil.

Maluf afirmou que vai se empenhar também em obras para melhorar o transporte coletivo de massa. "Tenho experiência em transporte público, e a prefeitura vai continuar colaborando com o governo do estado para ampliar as atuais linhas do metropolitano. Novos corredores de ônibus serão implantados simultaneamente com outras obras urbanas que façam o organismo da cidade, suas vias públicas, respirar e viver", prometeu.

Na área dos transportes, o candidato do PP ainda pretende fazer intervenções pontuais em 21 pontos que estrangulam o trânsito da cidade, para remover os gargalos. Ele citou como exemplo desse tipo de obra a passagem de nível Tom Jobim, feita em sua última administração, "relativamente fácil de executar e que, se feita, desobstruirá novamente a cidade".

Segundo Maluf, o orçamento da capital, atualmente em torno de R$ 25 bilhões, comporta as obras propostas. "Todas as obras de minha segunda administração como prefeito foram feitas com um orçamento de R$ 6 bilhões", destaca em seu plano de governo. O candidato ainda se manifestou contra a implantação de pedágios urbanos. "Acho que o rodízio atual já preenche sua finalidade e a restrição ao trânsito de caminhões é um caso para ser pensado melhor", disse.

Na área da saúde, Maluf pretende implementar novamente o Plano de Assistência Social (PAS). De acordo com ele, em sua gestão passada, o plano foi eficiente. "O PAS, bem administrado, funciona. Em 1996, quando saí da prefeitura, 90% das pessoas aprovavam o PAS, que foi considerado, em estudo da Medical School da Universidade de Harvard, o melhor sistema de atendimento à saúde do mundo. As atuais Amas [Assistência Médica Ambulatorial] serão mantidas e todos aqueles do sistema médico da prefeitura aproveitados, se desejarem colaborar", disse Maluf.

No quesito habitação, o ex-prefeito afirmou que a melhor forma de resolver os problemas de moradia da cidade é a aplicação do Projeto Cingapura. Ele destacou que, de 1993 a 1996, foram feitos 20 mil apartamentos Cingapura, o que beneficiou 100 mil pessoas.

"Não adianta colocar quem precise de moradia em conjuntos longe dos lugares onde há trabalho ou distante, por exemplo, de onde o favelado more. O Projeto Cingapura é também a melhor forma de conter o avanço das favelas, pois o seu objetivo principal é urbanizá-las, transformando-as em lugares decentes para viver", disse o candidato.

Maluf defendeu sua candidatura diante das diversas ações que são movidas contra ele na Justiça. "Qualquer pessoa, segundo a Constituição, é inocente até que seu julgamento transite em julgado em todas as instâncias. Fui acusado em 1970 de ter doado irregularmente um automóvel Volkswagen para cada jogador da seleção brasileira tricampeã do mundo, apesar de tê-lo feito por meio de lei, aprovada especificamente pela Câmara Municipal. Somente em abril de 2006 consegui ser inocentado dessa acusação leviana, graças ao preceito constitucional que assegura inocência a todos até que a acusação transite em julgado em todas as instâncias", justificou o candidato.

Nesta terça-feira, encerrando a série de matérias com os candidatos à prefeitura de São Paulo, será publicada a entrevista com a candidata Soninha Francine (PPS).

Por Diário Online - Agência Brasil
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