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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/09/2017 | Cidade
Mais um ex-policial é condenado por morte em Mauá
Mais um ex-policial é condenado por morte em Mauá Foto: Caroline Garcia/DGABC
Foto: Caroline Garcia/DGABC
O ex-policial militar Fabio Felix de Abreu foi condenado pelo homicídio de Rafael Mendes Caetano, 23 anos, morto em outubro de 2014 ao ser jogado da parte superior de uma casa noturna na Avenida Portugal, em Mauá. O juiz Marco Mattos Sestini determinou pena de 16 anos, em regime inicial fechado, sem direito de apelar em liberdade. Em maio deste ano, o também ex-PM Rudinei Dias Morini Júnior teve a mesma sentença após juri de 12 horas.

Durante o julgamento durante toda esta quarta-feira, o réu chegou a chorar no seu depoimento e alegou que sua intenção ao segurar a vítima pela cintura durante a briga entre Rafael e o grupo de policiais era a de apartar a discussão e não de jogar o jovem do mezanino. “Acabei fazendo muita força para tirar ele de lá e ele acabou caindo. Não achei que a altura pudesse matá-lo. Pensei que ele iria cair, iria embora e a briga fosse acabar”, afirmou Abreu.

Para o promotor de Justiça Claudio Henrique Bastos Giannini, Abreu teve a intenção de provocar a queda de Rafael de uma altura de pouco mais de três metros. “Ele fez uma alavanca em direção ao guarda-corpo três vezes. Isso não pode ser considerado um ato reflexo. Sem contar que o réu é ex-integrante da Força Tática, tem força e sabe as técnicas para lidar com situações do tipo.” As imagens do circuito de segurança que mostram o momento da briga e da queda foram mostradas diversas vezes ao juri.

A mãe de Rafael, Maria José Mendes Caetano acompanhou o julgamento do lado de fora do Fórum junto a parentes e amigos. Todos vestiam camiseta em homenagem ao jovem. “Nunca vi as câmeras (do circuito interno que mostram a filmagem do acidente) e nunca mais vi filmes de violência porque mexem comigo. Hoje eu não sou uma pessoa que fica no quarto escuro, com depressão. Estou lutando porque meu filho precisa. O que eles fizeram com ele foi crueldade sem tamanho. Homens formados com academia da polícia jogar um jovem de 23 anos com estrutura mediana, e achar que aquela altura não iria matar alguém é muita inocência. Foram pessoas treinadas para serem da lei, não bandidos.”

Ao juri popular – formado por seis mulheres e um homem – a procuraria pediu para que houvesse a condenação de Abreu. “Peço isso para que parentes nossos possam ir a uma balada e não tenha perigo de serem arremessados e mortos por pessoas da lei”, contou Giannini.

O caso – No dia 10 de outubro de 2014, Rafael foi ao bar El Cuervo comemorar um novo emprego ao lado de amigos. Após oferecer bebidas e chamar um homem de um grupo, formado na maioria por policiais militares à paisana, de ''parça'', deu-se início uma briga.

O jovem foi golpeado com socos e chutes e, por fim, jogado do mezanino para o andar inferior. A queda provocou traumatismo craniano. Ele chegou a ser levado para o Hospital Mário Covas, em Santo André e ficou internado com laudo de morte encefálica. Três dias depois ele morreu.

Por Caroline Garcia - Diário OnLine
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