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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/08/2007 | Cidade
Mais quatro camelôs acusam Guarda
Ferimentos e hematomas espalhados pelos braços, pernas e cabeça. Esse é o resultado do laudo do exame de corpo de delito do camelô Francisco Rafael da Silva, 30 anos. A análise, do Hospital Nardini, foi feita após o ambulante ter seus produtos apreendidos por guardas municipais e fiscais de Mauá. A versão dada pelos agentes no boletim de ocorrência é que o rapaz, que chegara machucado à delegacia, é quem havia agredido o fiscal.

O caso ocorreu em 22 de junho, no Centro de Mauá. Exatos 15 dias após a acusação de agressão de guardas contra o também vendedor ambulante Antônio Ribeiro dos Santos, 30. Ele afirma que os agentes e um fiscal o espancaram e urinaram em cima dele, dentro da Coordenadoria de Segurança Alimentar da Prefeitura.

Francisco e Antônio, dizem os camelôs do Centro de Mauá, não são exceções. Ontem, o Diário localizou quatro pessoas que afirmam ter sido submetidas a agressões físicas ou psicológicas por parte dos guardas. Uma das supostas vítimas não registrou queixa.

A maioria dos camelôs que acusa os guardas vende CDs e DVDs piratas, muitas vezes, de filmes que acabaram de chegar ao cinema.

Diferentemente dos vendedores egressos do antigo Shopping Popular, que se concentram ao lado dos destroços do prédio incendiado em 2005, esses costumam ficar espalhados pelo Centro. Fogem da fiscalização o tempo todo. O rapa vira as costas e eles estendem suas esteiras novamente, cheias de lançamentos que custam de R$ 2 a R$ 5.

Fuga
É justamente na hora de fugir da fiscalização que ocorrem as agressões, dizem os ambulantes. Foi assim com Francisco Rafael da Silca. Os ferimentos, segundo ele, foram feitos dentro de uma viatura da Guarda. “Primeiro me bateram no joelho e, quando eu caí, começaram a dar com o cacetete nas minhas costas e na cabeça. Acordei no Nardini.”

José Paulo de Souza Silva, 32 anos, conta ter sido levado pelos guardas até um riacho no bairro Sertãozinho. Teve uma arma colocada na cabeça. Depois, foi liberado.

Francisco, José, Antônio citam os mesmos nomes quando se referem a seus agressores. As identidades serão mantidas em sigilo até que a polícia conclua os inquéritos.

=> Polícia vai ouvir guardas e camelôs em inquéritos

Os guardas e os camelôs serão chamados para prestar depoimento à Polícia Civil. O delegado do 1ºDP, José Rosa Incerpi, afirma que, independente de como os boletins de ocorrência foram registrados, todas as partes darão suas versões.

O Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) vai acompanhar as investigações dos inquéritos. O secretário-geral da entidade, Ariel de Castro Alves, afirma que pedirá que a Ouvidoria da Polícia também acompanhe o caso.

Denúncias ao Condepe podem ser feitas pelo telefone 3105-1693.

=> Prefeitura só se manifestará hoje sobre o assunto

O secretário de Cidadania e Segurança Comunitária de Mauá, Reginaldo Sanches Dalóia, informou que só se manifestará hoje sobre as denúncias dos camelôs contra a Guarda.

Segundo a assessoria de imprensa, o secretário iria se informar sobre cada um dos inquéritos para depois se pronunciar.

A Prefeitura enviou anteontem contestação da primeira reportagem do Diário sobre o caso, de 1º de agosto. No texto, foi relatada a acusação de Antônio Ribeiro dos Santos.

“O que houve foi um julgamento antecipado dos profissionais, pois não existe sentença judicial proferida sobre o assunto”, afirmou nota, assinada pelo secretário Dalóia.

Por Artur Rodrigues - Diário do Grande ABC
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