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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/05/2008 | Cidade
Mais dois envolvidos no golpe do diploma em Mauá
Um mês após o Diário ter revelado um esquema de comércio ilegal de diplomas falsos em Mauá, a Polícia Civil já descobriu o envolvimento de outras duas pessoas, além do golpista Alexandre José da Silva, que realizou a negociação com a reportagem. O documento foi adquirido em apenas seis dias por R$ 500. Toda a transação foi feita a poucos metros da Prefeitura e do Fórum de Mauá.

Além de Alexandre, também foi indiciado por falsificação de documento público o metalúrgico desempregado José Augusto dos Santos, também de Mauá. Em seu depoimento, segundo o delegado José Rosa Incerpi - que preside o inquérito -, ele admite ter intermediado a compra do diploma e que recebeu para isso R$ 250.

José Augusto conta que foi localizado por Alexandre, para realizar o serviço ilegal, na Praça 22 de Novembro, no Centro de Mauá.

Ele revela que, na ocasião, ficou com R$ 50 e foi até a Praça da Sé, no Centro de São Paulo, quando pagou R$ 200 a uma pessoa chamada Roberto para a confecção do diploma falso.

O terceiro envolvido na fraude do documento, porém, ainda não foi localizado. "Fizemos três diligências até a Praça da Sé, mas não o encontramos. Vamos continuar procurando", diz o delegado de Mauá.

No depoimento, o parceiro de Alexandre entra em contradição, ao falar se essa seria a primeira vez que fazia este tipo de fraude. "Primeiro ele disse que sempre que precisava procurava o Roberto na Sé. Depois ele falou que era a primeira vez", conta o delegado.

Na semana passada, Incerpi encaminhou o processo à Justiça para prorrogação de prazo, já que os primeiros 30 dias para a investigação terminaram no último dia 7. "Estamos aguardando a decisão do Fórum para dar seqüência aos levantamentos. Esperamos ter pelo menos mais 30 dias", afirma o delegado. Ele também aguarda o resultado da perícia do documento adquirido pelo Diário e entregue à polícia no dia da publicação da denúncia.

Se forem condenados pelo crime de falsificação de documentos públicos, Alexandre e José Augusto podem pegar de dois a seis anos de reclusão, além de multa.

Negociação - Após receber denúncia anônima sobre esse tipo de comércio ilegal, a reportagem marcou um encontro com Alexandre no dia 28 de março. Após seis dias e apenas três encontros, o documento foi entregue no dia 3 de abril.

Alexandre, então, entregou um certificado de conclusão de curso do ensino médio da Escola Estadual Olavo Hansen, em Mauá.

A dirigente estadual de Ensino de Mauá, Marilene Pinto Ceccon, chegou a dizer que o documento poderia facilmente passar como verdadeiro.

Guarda-volume de biblioteca continua sem segurança

A secretária de Educação da Prefeitura, Ângela Donatiello Lopes (DEM), não cumpriu a promessa, feita há um mês, de que solucionaria o problema da falha no controle do guarda-volume da biblioteca municipal Cecília Meirelles, no Centro de Mauá.

Foi lá que Alexandre guardou, no dia 3 de abril, uma pasta com o diploma falso, entregue à reportagem. No momento da retirada do documento, o golpista deu uma chave do compartimento da biblioteca. A alegação era de que não entregaria em mãos o certificado para não correr o risco de ser pego em flagrante.

Sem exigir nenhum documento, a servidora entregou rapidamente o conteúdo do guarda-volumes, apenas com a entrega da chave. Dias depois, Ângela disse que iria adotar um sistema mais rígido de controle no equipamento público.

Mas, na última sexta-feira, a reportagem do Diário usou, sem grandes problemas, um dos guarda-volumes e sem dar a menor explicação do que estava sendo armazenado.

A reportagem questionou se havia a necessidade de deixar algum documento de identificação e a funcionária disse que não. Apenas foi anotado o nome e o horário da entrada. Sem grandes dificuldades, é possível inventar um nome qualquer e passar despercebido, em caso de alguma irregularidade.

Na saída, também a mesma negligência. Após vinte minutos, a reportagem retirou o volume guardado, sem precisar comprovar a identificação e, muito menos, informar o conteúdo que estava sendo guardado.

Procurada segunda-feira, Ângela não deu explicações sobre o sistema adotado na biblioteca municipal.

Por Sérgio Vieira - Diário do Grande ABC / Foto: www.dialogosuniversitarios.com.br
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