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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/03/2011 | Cidade
Mais de 200 mulheres debatem sobre preconceito e discriminação
A vontade de refletir sobre o papel das mulheres na construção da sociedade, a participação nos movimentos sociais no ABC paulista e o preconceito reuniu mais de 200 participantes no seminário coordenado pelas secretarias de Assistência Social e Educação, no auditório do Centro de Formação de Professores, na tarde desta terça-feira (22).

As mulheres em movimento na história: a trajetória de luta das mulheres no Brasil foi o tema abordado pela jornalista e doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), Rosângela Malachias. Ativista e feminista, Rosângela falou sobre o preconceito contra as mulheres e a discriminação, que é ainda maior contra as negras, sobre a necessidade de se entender as discriminações dentro do contexto de classe social e sobre o papel dos meios de comunicação e poder público, que inviabiliza e desqualifica o negro em diferentes situações.

Rosângela citou o Mapa das Desigualdades Econômicas da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta 20% das mulheres brasileiras trabalhando como empregadas domésticas. “Quanto mais desenvolvido for o país, mais caro fica o trabalho doméstico”, disse ao considerar alto o indicador e lembrar que o Brasil ainda mantém algumas profissionais em regime escravo, sem reconhecimento legal ou financeiro. Ela abordou, ainda, os avanços obtidos com a implementação da Lei Maria da Penha, construída com a colaboração dos movimentos sociais. “É preciso aprender a aprender... Ser implica olhar para os nossos preconceitos e aprender a melhorar”, finalizou.

Ooutra palestra ficou por conta da socióloga e ex-vice-prefeita de Santo André, Ivete Garcia, com As mulheres do ABC e sua importância no processo de lutas da classe trabalhadora e da retomada da democracia no país. A socióloga retratou rapidamente a trajetória da organização das mulheres, desde o primeiro registro histórico datado do ano 195 D.C., com a manifestação contra o privilégio dos homens de serem carregados em cadeirinhas pelos escravos. A descrição passou pela luta pelo direito ao voto, anistia política, creches, custo de vida, moradia, criação do Ano Internacional da Mulher (1975), participação nos movimentos sociais e dos trabalhadores do ABC até a eleição da presidente Dilma Rousseff.

O público também discutiu sobre a participação das mulheres nas eleições, confiança que as próprias mulheres têm nas candidatas, as dificuldades de mobilização popular e como contribuir para o combate ao preconceito e discriminação. A educação foi citada como uma das principais formas de construir uma sociedade democrática.

No evento realizado na segunda-feira, ainda na programação organizada pela Prefeitura, o Seminário A Mulher no Mundo do Trabalho, expôs que as mulheres têm, em média, escolaridade mais elevada do que os homens e os novos empreendimentos surgidos no Brasil são dirigidos, em sua maioria, por elas. Contudo, a taxa de desemprego da população feminina é quase do dobro da masculina; a média dos salários das mulheres ainda é bem menor do que a dos homens e, em termos de qualidade de emprego, a maior parte das melhores posições no mercado de trabalho ainda é dos homens. O Seminário A Mulher no Mundo do Trabalho, ocorreu na Câmara Municipal e organizado em parceria com as secretarias de Trabalho e Renda e de Assistência Social.

Os índices mostram que, apesar das conquistas obtidas pelas mulheres nas últimas décadas, ainda há muito que avançar. A economista Mariane Teixeira, da Confederação Nacional dos Químicos, mostrou, entre outros dados, que menos da metade das mulheres aptas a trabalhar no Brasil está formalmente empregada. Rachel Moreno, a presidente do Observatório da Mulher, lembrou que, embora tenham maior escolaridade, as mulheres esperam 35% de tempo a mais para subir na carreira do que os homens. Representante do Governo Federal, Angélica Fernandes demonstrou que, em tempos de crise, são as mulheres as primeiras a perder seus empregos.

“Os dados mostram que ainda há uma situação de discriminação no mundo do trabalho”, disse Mariane Teixeira. Angélica Fernandes, porém, lembrou que se discutem políticas públicas que ajudem a vencer esta discriminação. Uma delas é a de formalização do trabalho doméstico – não apenas das diaristas ou das mensalistas, mas também das donas-de-casa, muitas das quais não consideram sua atividade como trabalho de fato.

Na quarta-feira (23), na Câmara Municipal, a atividade E por que não um momento só seu?, organizada pela Secretaria de Saúde, que segue até o dia 25, sempre das 9h às 16h, reunirá oficinas sobre uso do dinheiro, artesanato com materiais recicláveis, educação dos filhos, dança circular, violência doméstica e outros assuntos.

Por Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
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