DATA DA PUBLICAÇÃO 30/08/2018 | Cidade
Mais de 1,6 mil serão demitidos após fim de contrato com a Prefeitura de Mauá, diz Fundação ABC
Administração municipal encerrou nesta terça o contrato para gestão da saúde da cidade; dívida passa dos R$ 120 milhões.
Após a Prefeitura de Mauá encerrar o contrato com a Fundação do ABC (FuABC), que geria a saúde do município, 1.650 funcionários que atuam no setor serão demitidos até esta sexta-feira (31), segundo a FuABC.
O contrato é de R$ 15,2 milhões mensais e vinha sendo renovado mensalmente desde fevereiro deste ano, quando o prazo final contratual acabou pela primeira vez. De acordo com a fundação, a Prefeitura tem uma dívida de R$ 120 milhões acumulada nos últimos cinco anos.
Em nota, a Fundação ABC informou que "até o momento não foi entregue nenhum plano de desmobilização à FuABC e tampouco proposta para a transição dos serviços ao poder público".
"A Fundação do ABC lamenta a decisão da Secretaria de Saúde de Mauá e reitera sua preocupação com a iminente paralisação dos serviços, assim como com a incerteza dos munícipes sobre a continuidade dos atendimentos e a manutenção dos empregos dos colaboradores que atuam hoje nos equipamentos do Complexo de Saúde de Mauá (Cosam)."
Segundo nota da administração municipal, "os motivos que levaram a essa decisão passam pela relação custo-benefício e ausência de prestação de contas nos prazos contratualmente estabelecidos. Somente ontem [segunda-feira], por exemplo, foram entregues as prestações de contas de cinco meses de 2018 (março a julho), com documentos ilegíveis e de forma incompleta".
O documento, assinado pelo secretário da Saúde Marcelo Lima Barcellos de Mello, alega que, "por questão de transparência, economicidade, respeito ao dinheiro público e objetivando prestar atendimento de Saúde digno à população, a Prefeitura optou em não manter o contrato."
A transição de gestão deverá ser feita até sexta-feira, quando a Secretaria de Saúde de Mauá pretende assumir a gestão do setor por conta própria. "Realizar uma transição com baixo impacto, tendo ficado ajustado com a própria Fundação do ABC a apresentação de um plano de desmobilização e prazos, para que não haja prejuízo no atendimento à população."
A Fundação do ABC informa que, após 30 dias de medidas exaustivas no intuito de evitar o colapso do sistema de Saúde do município de Mauá, a entidade foi surpreendida na tarde de hoje pelo secretário de Saúde, Sr. Marcelo Lima Barcellos de Mello, que protocolou documento sobre o desinteresse da Prefeitura na continuidade do contrato de gestão.
Caos na saúde
A Fundação ABC informou temer a "descontinuidade dos serviços, com grave risco à segurança dos pacientes internados e dos atendimentos realizados nas áreas de urgência e emergência". Apesar de o contrato ser de R$ 15,2 milhões, a prefeitura repassava mensalmente apenas R$ 12 milhões.
Segundo nota da presidência da Fundação ABC, atualmente são 159 pacientes internados no Hospital Nardini: 20 pacientes graves em leitos de UTI, 10 pacientes internados na emergência, dois na unidade semi-intensiva, 50 internados em leitos de retaguarda do pronto-socorro, 28 na clínica médica, 18 na clínica cirúrgica, 16 na maternidade e 15 na ortopedia.
Ainda de acordo com a Fundação, "o pronto-socorro do hospital e as três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade realizam diariamente cerca de 1,2 mil atendimentos no campo da urgência e emergência. São mais de dez cirurgias por dia no Nardini, com entrega diária de materiais e insumos, que será impactada a partir de hoje [terça-feira], com a notícia do encerramento do contrato."
Dívida de R$ 120 milhões
Segundo a Fundação ABC, a todos os fornecedores do Complexo de Saúde de Mauá estão com faturas em atraso. A dívida da prefeitura de Mauá com a Fundação passa dos R$ 120 milhões. "Os fornecedores têm mantido parcialmente os serviços, assim como a entrega de medicamentos, insumos e materiais, mediante à expectativa de um acordo entre a Fundação e a Prefeitura."
Como parte dessa tentativa de acordo, o secretário de saúde e a diretoria da Fundação participaram de uma reunião nesta segunda-feira (27). No encontro foram apresentadas propostas para redução de serviços e soluções financeiras.
A prefeitura apresentou uma proposta de R$ 14,8 milhões mensais, valor menor que os atuais R$ 15,2 milhões. A Fundação, no entanto, apresentou uma proposta de R$ 14 milhões, menor que a apresentada pela administração municipal.
A Fundação do ABC disse ter informado ao secretário de saúde a preocupação com a descontinuidade dos atendimentos prestados já nesta quarta-feira (29) com a interrupção de serviços e da entrega de materiais, insumos e medicamentos, com o risco real de paralisação do hospital e das UPAs.
Assista aos vídeos:
globoplay.globo.com/v/6960433/
globoplay.globo.com/v/6830871/
g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/hospital-nardini-em-maua-sp-cancela-cirurgia-por-falta-de-material/6830433/
Após a Prefeitura de Mauá encerrar o contrato com a Fundação do ABC (FuABC), que geria a saúde do município, 1.650 funcionários que atuam no setor serão demitidos até esta sexta-feira (31), segundo a FuABC.
O contrato é de R$ 15,2 milhões mensais e vinha sendo renovado mensalmente desde fevereiro deste ano, quando o prazo final contratual acabou pela primeira vez. De acordo com a fundação, a Prefeitura tem uma dívida de R$ 120 milhões acumulada nos últimos cinco anos.
Em nota, a Fundação ABC informou que "até o momento não foi entregue nenhum plano de desmobilização à FuABC e tampouco proposta para a transição dos serviços ao poder público".
"A Fundação do ABC lamenta a decisão da Secretaria de Saúde de Mauá e reitera sua preocupação com a iminente paralisação dos serviços, assim como com a incerteza dos munícipes sobre a continuidade dos atendimentos e a manutenção dos empregos dos colaboradores que atuam hoje nos equipamentos do Complexo de Saúde de Mauá (Cosam)."
Segundo nota da administração municipal, "os motivos que levaram a essa decisão passam pela relação custo-benefício e ausência de prestação de contas nos prazos contratualmente estabelecidos. Somente ontem [segunda-feira], por exemplo, foram entregues as prestações de contas de cinco meses de 2018 (março a julho), com documentos ilegíveis e de forma incompleta".
O documento, assinado pelo secretário da Saúde Marcelo Lima Barcellos de Mello, alega que, "por questão de transparência, economicidade, respeito ao dinheiro público e objetivando prestar atendimento de Saúde digno à população, a Prefeitura optou em não manter o contrato."
A transição de gestão deverá ser feita até sexta-feira, quando a Secretaria de Saúde de Mauá pretende assumir a gestão do setor por conta própria. "Realizar uma transição com baixo impacto, tendo ficado ajustado com a própria Fundação do ABC a apresentação de um plano de desmobilização e prazos, para que não haja prejuízo no atendimento à população."
A Fundação do ABC informa que, após 30 dias de medidas exaustivas no intuito de evitar o colapso do sistema de Saúde do município de Mauá, a entidade foi surpreendida na tarde de hoje pelo secretário de Saúde, Sr. Marcelo Lima Barcellos de Mello, que protocolou documento sobre o desinteresse da Prefeitura na continuidade do contrato de gestão.
Caos na saúde
A Fundação ABC informou temer a "descontinuidade dos serviços, com grave risco à segurança dos pacientes internados e dos atendimentos realizados nas áreas de urgência e emergência". Apesar de o contrato ser de R$ 15,2 milhões, a prefeitura repassava mensalmente apenas R$ 12 milhões.
Segundo nota da presidência da Fundação ABC, atualmente são 159 pacientes internados no Hospital Nardini: 20 pacientes graves em leitos de UTI, 10 pacientes internados na emergência, dois na unidade semi-intensiva, 50 internados em leitos de retaguarda do pronto-socorro, 28 na clínica médica, 18 na clínica cirúrgica, 16 na maternidade e 15 na ortopedia.
Ainda de acordo com a Fundação, "o pronto-socorro do hospital e as três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade realizam diariamente cerca de 1,2 mil atendimentos no campo da urgência e emergência. São mais de dez cirurgias por dia no Nardini, com entrega diária de materiais e insumos, que será impactada a partir de hoje [terça-feira], com a notícia do encerramento do contrato."
Dívida de R$ 120 milhões
Segundo a Fundação ABC, a todos os fornecedores do Complexo de Saúde de Mauá estão com faturas em atraso. A dívida da prefeitura de Mauá com a Fundação passa dos R$ 120 milhões. "Os fornecedores têm mantido parcialmente os serviços, assim como a entrega de medicamentos, insumos e materiais, mediante à expectativa de um acordo entre a Fundação e a Prefeitura."
Como parte dessa tentativa de acordo, o secretário de saúde e a diretoria da Fundação participaram de uma reunião nesta segunda-feira (27). No encontro foram apresentadas propostas para redução de serviços e soluções financeiras.
A prefeitura apresentou uma proposta de R$ 14,8 milhões mensais, valor menor que os atuais R$ 15,2 milhões. A Fundação, no entanto, apresentou uma proposta de R$ 14 milhões, menor que a apresentada pela administração municipal.
A Fundação do ABC disse ter informado ao secretário de saúde a preocupação com a descontinuidade dos atendimentos prestados já nesta quarta-feira (29) com a interrupção de serviços e da entrega de materiais, insumos e medicamentos, com o risco real de paralisação do hospital e das UPAs.
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