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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/10/2016 | Educação
Mais da metade das novas vagas no ensino superior ficam ociosas em 2015
Mais da metade das novas vagas no ensino superior ficam ociosas em 2015 Censo da Educação Superior: novas vagas preenchidas (Foto: Arte/G1)
Censo da Educação Superior: novas vagas preenchidas (Foto: Arte/G1)
Entre 2014 e 2015, o número de novos alunos foi menor nas redes pública e privada. País tinha mais de 8 milhões de matrículas no ano passado.

Mais de metade das novas vagas (57,9%) oferecidas no ensino superior não foram preenchidas. Os números são do Censo da Educação Superior 2015, divulgado nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A rede federal teve o maior percentual de novas vagas preenchidas (90,1%). Se consideradas vagas que já estavam ociosas de anos anteriores, as federais também apresentaram o maior percentual de preenchimento (27,4%), mas, ainda assim, mais de 84 mil vagas remanescentes não foram ocupadas.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que a reforma do ensino médio proposta via medida provisória vai ajudar a mudar este cenário. "Há de haver buscas por essas vagas, e uma conexão entre a educação de nível médio com a superior. A reforma vai facilitar o acesso ao ensino superior e aumentar as oportunidades", afirmou durante a entrevista coletiva no início desta tarde.

Para a presidente do Inep, Maria Inês Fini, afirmou que a reforma vai permitir um 'direcionacionamento vocacional' dos jovens. "Eles vão perceber mais cedo suas preferências e interesses, o que deve diminuira a taxa de desistência [no ensino superior]. Porque não basta só haver vagas, é necessário ter sucesso na conclusão. [...] A reforma é a resposta certa para a questão do ingresso e permanência no ensino superior."

Concluintes

O Censo mostra ainda que, entre 2014 e 2015, o número de concluintes na rede pública diminuiu 0,8%, enquanto na rede privada houve aumento de 15,9%.

Se considerados apenas os concluintes em cursos de graduação presencial em todas as redes, houve aumento de 9,4% em relação a 2014. A modalidade a distância aumentou 23,1% no mesmo período.

Total de matrículas

Caiu o número de ingressantes no ensino superior tanto na rede pública (-2,6%) quanto na rede privada (-6,9%), entre 2014 e 2015. O total de matrículas, que considera quem está cursando graduação em qualquer período ou fase, subiu 2,5% em 2015 se comparado com o ano anterior. Entretanto, o avanço traz embutido uma redução na tendência de crescimento, já que a alta foi de 3,5% na rede privada enquanto houve queda de 0,5% na rede pública. O Inep afirma que a queda nas matrículas na rede pública foi puxada pelas instituições mantidas por municípios.

Se avaliado um período mais longo, o diagnóstico reflete a crescimento do ensino superior no Brasil, estimulado pela expansão da rede federal e por programas como o Prouni e o Fies. Entre 2005 e 2015, o aumento no total de matrículas foi de 75,7%. Em 2015, o Censo verificou que havia 8.033.574 matrículas, contra 4.626.740 em 2005.

Segundo a análise do Censo, a queda foi ocasionada, principalmente, pela rede municipal. Por outro lado, a rede federal cresceu 2,9% no mesmo período. Nos últimos 10 anos, o total de matrículas na rede federal cresceu 104%.

Privadas em maior número

De acordo com o Censo, na rede de educação superior brasileira, 87,5% das instituições são privadas. Dentro das IES públicas, 40,7% são estaduais, 36,3% são federais e 23,0% são municipais. A maioria das universidades é pública (54,9%), enquanto entre as privadas, predominam os centros universitários (94,0%) e as faculdades (93,0%).

As 195 universidades existentes no Brasil equivalem a 8,2% do total de IES. Por outro lado, 53,2% das matrículas em cursos de graduação estão concentradas nas universidades, onde 94% dos cursos são na modalidade presencial. A maior parte dos cursos de graduação presencial está localizada na Região Sudeste (45,1%).

Perfil dos professores

A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (51,6%), já nas faculdades, o percentual é de 16,5%. A rede privada concentra o menor percentual de doutores em seus quadros. Atualmente, 20,8% dos docentes da rede privada têm doutorado, um crescimento de 8,5 pontos percentuais em 10 anos. Na rede pública, onde a maioria é formada por doutores (57,9%), o crescimento em 10 anos foi de 17,8 pontos percentuais.

Mulheres são maioria

Tanto na modalidade presencial quanto nos cursos a distância, as mulheres são maioria. A idade mais frequente dos estudantes matriculados é de 21 anos nos cursos de graduação presencial e de 33, nos cursos a distância. Pedagogia é a área de curso que possui mais mulheres matriculadas na graduação. Entre os homens, o curso de direito é o que tem o maior número de alunos.

Curso a distância

O número de alunos na modalidade a distância continua crescendo, atingindo quase 1,4 milhão em 2015, o que já representa uma participação de 17,4% do total de matrículas da educação superior. Nesta modalidade, entre 2014 e 2015, o aumento foi de 3,9%. Os curso de licenciatura lideram as matrículas em cursos a distância, somando 40,5%.

Angolanos

Mais de 30% dos estudantes estrangeiros matriculados no Brasil são provenientes do continente africano. Com 2.263 matrículas, os angolanos são maioria. Na sequência, o ranking por países tem Paraguai (1.104), Guiné Bissau (931), Argentina (894), Bolívia (760), Japão (750), Peru (745), Portugal (701) e EUA (604).

Por G1, em São Paulo
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