NOTÍCIA ANTERIOR
Acidente no Congo provoca mais de 220 mortes
PRÓXIMA NOTÍCIA
Tailândia prorroga estado de emergência por três meses
DATA DA PUBLICAÇÃO 04/07/2010 | Internacional
Maior guerra da história dos EUA está longe do fim
A guerra mais longa dos Estados Unidos bateu recorde de mortes no mês passado. Morreram ao todo cem militares das forças que há nove anos combatem os rebeldes do Taleban no Afeganistão, em um conflito que parece muito longe de terminar.

Como se isso não bastasse, o principal comandante das tropas internacionais (que também incluem países como Reino Unido e Alemanha) perdeu o emprego após ter aparecido em uma reportagem da revista Rolling Stone fazendo críticas pesadas ao presidente dos EUA, Barack Obama, a seu vice, Joe Biden e a diversos membros do governo. O general David Patreaus assumiu no lugar do general Stanley MacChrystal, demitido após encontro com Obama, no último dia 23 de junho.

A nomeação de Petraeus pode ser a última tentativa de Washington de encerrar um conflito cada vez mais caro, que está acabando com o orçamento da coalizão, no momento em que as nações tentam superar uma das piores recessões da história.

A oposição à guerra começa a crescer dentro dos Estados Unidos. Uma emenda exigindo um cronograma para a retirada do Afeganistão, apesar de não aprovada pelos deputados, obteve 162 votos - a maior votação contra a guerra já conseguida no Congresso.

Política deve acabar com conflito, não militares

Sem data para sair, com orçamento cada vez mais apertado e mortes que se acumulam, os americanos depositam suas esperanças muito mais na política do que nas armas.

Para Brett McGurk, que trabalhou como conselheiro de Segurança Nacional nos governos Bush e Obama, a capacidade de fazer acordos com a insurgência será crucial.

- A estratégia militar é importante para essa guerra, mas é a política que vai acabar com o conflito. A capacidade do governo do Afeganistão e também do Paquistão (onde boa parte do Taleban se refugia) de fazer acordos com a insurgência será crucial para o fim da guerra.

Um passo nesse sentido é a viagem a Nova York que o enviado especial da Casa Branca para o Afeganistão, Richard Holbrooke, marcou para a próxima terça-feira. Ele vai se unir a representantes do Afeganistão para tentar remover alguns membros do Taleban de uma lista de terroristas da ONU (Organização das Nações Unidas).

O objetivo é ajudar o governo do presidente Hamid Karzai em seu esforço de aproximação com a ala dita moderada do Taleban.

Fontes americanas e afegãs ouvidas pelo jornal The New York Times informaram na última quinta-feira (1º) que Karzai aprovou um plano para reintegrar talebans que renunciarem à luta.

A estratégia, que já provocou algumas rendições para as forças internacionais, busca em um primeiro momento fazer acordos com "soldados rasos" e lideranças menos importantes do grupo.

McGurk diz, no entanto, que o plano pode levar alguns anos para chegar aos altos comandantes dos insurgentes.

- As altas lideranças do Taleban, que são contra a negociação, tentam evitar os acordos por meio da violência e da intimidação contra os soldados rasos.

Insurgentes governaram país até 2001

O grupo fundamentalista islâmico Taleban governo o Afeganistão entre 1996 e 2001, quando foi retirado do poder pela invasão das tropas Otan (aliança militar ocidental), lideradas pelos EUA.

A invasão foi a resposta americana aos ataques de 11 de setembro de 2001 contra alvos civis e militares nos Estados Unidos, cometidos por terroristas da rede Al Qaeda, dirigida pelo saudita Osama bin Laden.

De acordo com os americanos era nas cavernas do Afeganistão, e sob a proteção do governo Taleban, que a Al Qaeda se escondia e treinava seus terroristas.

Por Lucas Bessel, do R7
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Internacional
20/09/2018 | Buscas por desaparecidos continuam nas Filipinas após passagem do tufão Mangkhut
19/09/2018 | Noiva morre após acidente com trator durante despedida de solteira na Áustria
18/09/2018 | Justiça da África do Sul legaliza o consumo privado de maconha
As mais lidas de Internacional
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7711 dias no ar.