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Tragédia acaba com 5 amigas mortas
DATA DA PUBLICAÇÃO 11/02/2008 | Setecidades
Mãe é atropelada por trem ao salvar filha
O instinto materno de Maristela Justino de Souza Fraga, 35 anos, fez com que ela desse a sua vida para salvar a da filha. A mãe evitou que a menina fosse atropelada por um trem, mas não conseguiu sair dos trilhos a tempo.

No sábado, por volta de 19h15, Maristela, o marido, um amigo e as duas filhas, de oito e 11 anos, saíram de casa no bairro Parque Governador, em Rio Grande da Serra, para ir a um culto evangélico.

O caminho mais curto era pelo matagal que separa o bairro do Centro e é cortado pela linha de trem da CPTM (Companhia Paulista de Transporte Metropolitano). Os moradores utilizam uma trilha de terra batida para cruzar o local, pois não há uma passarela próxima. O caminho pela estação de trem atrasaria o percurso em mais de 20 minutos.

Segundo o amigo que estava junto no momento do acidente, eles só perceberam o trem, que vinha sentido Rio Grande da Serra, quando já estava perto demais, e a menina de oito anos ficou paralisada em cima do trilho.

Com um impulso, Maristela conseguiu abraçar a menina e retirá-la da linha, virando seu corpo para o lado esquerdo e jogando a criança para trás. Mas ela não saiu dos trilhos a tempo e foi atingida no lado direito do rosto e ombro.

Com a força do impacto, Maristela foi arremessada a uma distância de quase 10 metros. Ela morreu na hora.

Fatalidade - “Ela não tinha o hábito de passar por ali e não gostava. No sábado, eles só fizeram esse caminho porque estavam atrasados para o culto”, disse o cunhado de Maristela, Carlos Roberto de Carvalho.

Durante o enterro, domingo à tarde, no cemitério Vale dos Pinheirais, em Mauá, o marido de Maristela estava sob efeito de calmantes. Mais de 100 pessoas acompanharam o cortejo.

Tragédia anunciada - Segundo moradores de Rio Grande da Serra, Maristela não foi a primeira vítima de atropelamento naquele local, uma arriscada trilha improvisada a cerca de 800 metros da estação de trem da cidade.

A trilha é acessada por uma viela na Estrada Guilherme Pinto Moura, que termina em um matagal, sem qualquer muro de proteção que impeça o acesso das pessoas.

O encanador João Aparecido Piva Costa, 49 anos, atravessava o local domingo com a amiga Neide Pereira de Souza, 54, e o neto de cinco anos. “A gente teria que ter uma passarela aqui. Todo mundo utiliza esse caminho”, reivindica o encanador. “Infelizmente não foi a primeira e não será a última morte”, acredita Neide.

A CPTM informou que a passagem onde ocorreu o acidente é clandestina e afirmou que vai verificar porque não há um muro na viela.

Por Rogério Gatti - Diário do Grande ABC / Foto: www.skyscrapercity.com
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