DATA DA PUBLICAÇÃO 28/08/2009 | Veículos
''Made in ... China''
Os chineses têm um capítulo exclusivo e glorioso na história da humanidade. São os inventores do papel, do guarda-chuva, da pólvora e da bússola. No entanto, o povo que neste início de século XXI assombra o mundo com seus produtos competitivos ainda tem muito a aprender no que se refere a produzir carros de boa qualidade. Prova disso é o recém-chegado utilitário esportivo Tiggo, fabricado pela montadora estatal chinesa Chery e montado em sistema CKD em Montevidéu, no Uruguai.
O jipinho 4x2 - versão 4x4 chega apenas em 2010 - parte de R$ 49,9 mil e oferece uma lista recheada de equipamentos de série, como air bag duplo, direção hidráulica, ar-condicionado, aquecimento dos bancos dianteiros, faróis de neblina, freios com ABS e EBD, rádio CD player com MP3 e rodas de liga leve de 16 polegadas. Revestimento dos bancos em couro é o único opcional.
Então você pode estar se perguntando: "Se o Tiggo oferece tudo isso por um preço competitivo, como os chineses ainda precisam aprender a fazer carros de qualidade?" A resposta vem no momento em que o avaliamos detalhadamente...
O utilitário é um projeto 100% chinês, apresentado oficialmente em 2005. O design conta com os traços do modesto estúdio British Lotus Company, que nada tem a ver com a lendária Lotus, fundada por Collin Chapmann. Alguns veículos atuais da marca contam com a força de renomados designers europeus. O sedã A3 - no Brasil receberá outro nome a ser escolhido pelo próprio consumidor nacional - tem visual com assinatura do consagrado estudio Pininfarina.
Mas vamos voltar ao Tiggo e seu design acanhado. A dianteira é pouco ousada, com conjunto óptico avantajado e grade do radiador simplória. Destaque para os vincos marcantes no capô. A lateral tem linha de cintura reta (relativamente baixa para um SUV) e completamente lisa. A traseira, por fim, tem o estepe fixado na tampa do porta-malas e as discretas lanternas estão posicionadas nos cantos.
Internamente o espaço é bom. Pessoas com mais de 1,80 m de altura encontram conforto para as pernas e a cabeça nos bancos dianteiros e traseiros, que são bipartidos e reclináveis.
A capacidade de carga do porta-malas é de 520 litros. Com os bancos rebatidos, o número salta para interessantes 1.965 litros. Detalhe: os bancos traseiros podem ser retirados, ampliando ainda mais o espaço para o transporte de grandes objetos.
O acabamento, no entanto, deixa muito a desejar. Os materiais utilizados - na maioria plástico - são de baixa qualidade. As peças apresentam rebarbas e folgas exageradas entre elas.
Rodando, o Tiggo revela outras facetas desagradáveis, a começar pelo motor Acteco 2.0 16V a gasolina de 135 cv de potência. O torque de 18,2 mkgf é interessante, porém, alcançado apenas em altas rotações - entre 4.300 e 4.500 rpm. Puxar uma segunda marcha para passar uma lombada na subida é um teste de paciência.
O nível de ruído dentro da cabine também incomoda. Falta isolamento acústico do motor, que grita um pouco além do necessário quando exigido. A também barulhenta transmissão de cinco velocidades tem engates não muito precisos. A suspensão, por fim, tem ajuste rígido demais para um utilitário esportivo. É possível sentir as trepidações do solo no volante.
Assim como os japoneses e os sul-coreanos tiveram de aprender a fazer carro - e hoje fazem muito bem - , os chineses terão de dedicar alguns anos para acertar a mão e produzir veículos realmente desejáveis.
O jipinho 4x2 - versão 4x4 chega apenas em 2010 - parte de R$ 49,9 mil e oferece uma lista recheada de equipamentos de série, como air bag duplo, direção hidráulica, ar-condicionado, aquecimento dos bancos dianteiros, faróis de neblina, freios com ABS e EBD, rádio CD player com MP3 e rodas de liga leve de 16 polegadas. Revestimento dos bancos em couro é o único opcional.
Então você pode estar se perguntando: "Se o Tiggo oferece tudo isso por um preço competitivo, como os chineses ainda precisam aprender a fazer carros de qualidade?" A resposta vem no momento em que o avaliamos detalhadamente...
O utilitário é um projeto 100% chinês, apresentado oficialmente em 2005. O design conta com os traços do modesto estúdio British Lotus Company, que nada tem a ver com a lendária Lotus, fundada por Collin Chapmann. Alguns veículos atuais da marca contam com a força de renomados designers europeus. O sedã A3 - no Brasil receberá outro nome a ser escolhido pelo próprio consumidor nacional - tem visual com assinatura do consagrado estudio Pininfarina.
Mas vamos voltar ao Tiggo e seu design acanhado. A dianteira é pouco ousada, com conjunto óptico avantajado e grade do radiador simplória. Destaque para os vincos marcantes no capô. A lateral tem linha de cintura reta (relativamente baixa para um SUV) e completamente lisa. A traseira, por fim, tem o estepe fixado na tampa do porta-malas e as discretas lanternas estão posicionadas nos cantos.
Internamente o espaço é bom. Pessoas com mais de 1,80 m de altura encontram conforto para as pernas e a cabeça nos bancos dianteiros e traseiros, que são bipartidos e reclináveis.
A capacidade de carga do porta-malas é de 520 litros. Com os bancos rebatidos, o número salta para interessantes 1.965 litros. Detalhe: os bancos traseiros podem ser retirados, ampliando ainda mais o espaço para o transporte de grandes objetos.
O acabamento, no entanto, deixa muito a desejar. Os materiais utilizados - na maioria plástico - são de baixa qualidade. As peças apresentam rebarbas e folgas exageradas entre elas.
Rodando, o Tiggo revela outras facetas desagradáveis, a começar pelo motor Acteco 2.0 16V a gasolina de 135 cv de potência. O torque de 18,2 mkgf é interessante, porém, alcançado apenas em altas rotações - entre 4.300 e 4.500 rpm. Puxar uma segunda marcha para passar uma lombada na subida é um teste de paciência.
O nível de ruído dentro da cabine também incomoda. Falta isolamento acústico do motor, que grita um pouco além do necessário quando exigido. A também barulhenta transmissão de cinco velocidades tem engates não muito precisos. A suspensão, por fim, tem ajuste rígido demais para um utilitário esportivo. É possível sentir as trepidações do solo no volante.
Assim como os japoneses e os sul-coreanos tiveram de aprender a fazer carro - e hoje fazem muito bem - , os chineses terão de dedicar alguns anos para acertar a mão e produzir veículos realmente desejáveis.
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