DATA DA PUBLICAÇÃO 15/11/2010 | Turismo
Luxuoso London Cab causa polêmica nas ruas do Cairo
A já diversa e colorida frota de táxis do Cairo passa a concorrer com luxuosos veículos conhecidos como London Cabs, que chegaram ao Egito após muita polêmica por ser um serviço quase exclusivo para estrangeiros.
No aeroporto da capital egípcia, um letreiro com a foto de um carro impecável, idêntico aos clássicos táxis pretos londrinos, anuncia o novo serviço de transporte VIP.
"Este é um novo serviço de táxis diferente do que existe no Cairo, porque oferece comodidades que os outros não têm. É totalmente VIP", diz o gerente da companhia, Ahmed Salah.
Para merecer o rótulo, os veículos são equipado com GPS, ar condicionado, rampas para cadeiras de rodas, assentos giratórios, terminal para cartões de crédito e vidros antirruídos.
Eles atraem olhares dos curiosos, que nunca viram um táxi parecido. Mas o privilégio é exclusivo para estrangeiros e egípcios que chegam no aeroporto, segundo a companhia, o Ministério do Turismo egípcio proíbe o uso para as demais pessoas, já que funciona como uma agência turística.
Isto gerou uma polêmica entre os que veem na restrição uma forma de discriminação, os que a julgam como uma política razoável e os que simplesmente não veem utilidade.
"Não sou egípcio e acho um absurdo", escreve um internauta em um blog que anuncia a chegada dos novos táxis. "O Cairo tem serviços de táxis limpos e a bom preço. Não precisamos de outro que acentue mais as diferenças entre as pessoas e que gere sentimentos de racismo no país".
Para Saif, por outro lado, um egípcio de classe alta que não quis dar o sobrenome, a polêmica do novo transporte "não é uma questão de discriminação, mas de cultura".
"É preciso entender que este não é um país como outros. Aqui os egípcios estão acostumados a pechinchar preços e cancelar viagens, enquanto os estrangeiros se comprometem a pagar e a usar o serviço como se deve. Certamente, vão preferir os estrangeiros", diz.
"Por que eu pegaria um desses?", pergunta Ciran Budak, uma sueca que vive no Cairo há quatro anos. "Acho que seria estúpido, especialmente no Egito, onde existem tantas opções. O que esse me oferece que os outros não têm? Vinhos e canapés? Internet? Prefiro pegar um que me cobre US$ 50 para vir do aeroporto".
No menu de táxis da capital egípcia, realmente, não falta diversidade: preto, branco, amarelo, rosa e preto com branco. São cerca de 50 mil veículos que competem todos os dias por clientes cujas preferências parecem estar bem definidas.
O preto e branco, que não possui ar condicionado e taxímetro, e cujo preço varia tanto como o estado de humor do motorista, é também o mais utilizado pelas pessoas com menos recursos.
A classe média, egípcia e estrangeira, por outro lado, tende a preferir os brancos, que contam com as comodidades básicas e uma tarifa base de US$ 0,43, enquanto as classes mais altas ficam com os amarelos (ecológicos) ou os rosas (conduzidos por mulheres), com US$ 0,60 como base.
A esta diversidade se soma o táxi londrino, cujas comodidades também implicam preços que superam os demais.
Enquanto uma viagem do aeroporto às pirâmides em qualquer um dos táxis atuais pode variar entre US$ 10 e US$ 17, o londrino cobra US$ 30, uma tarifa fixa que não admite gorjetas.
Para Saif, está claro que o serviço, que passará de 65 a 400 veículos nos próximos três anos, não chegou para competir com os táxis brancos ou amarelos, "mas com as limusines e esse tipo de serviço é exclusivo para quem pode pagar".
Enquanto isso, os luxuosos táxis abrem passagem nas ruas do Cairo conduzidos por motoristas como Ahmed Assad, que não esconde seu orgulho: "Quando saio com o táxi, as pessoas me olham e alguns até tiram fotos", diz, sorridente.
No aeroporto da capital egípcia, um letreiro com a foto de um carro impecável, idêntico aos clássicos táxis pretos londrinos, anuncia o novo serviço de transporte VIP.
"Este é um novo serviço de táxis diferente do que existe no Cairo, porque oferece comodidades que os outros não têm. É totalmente VIP", diz o gerente da companhia, Ahmed Salah.
Para merecer o rótulo, os veículos são equipado com GPS, ar condicionado, rampas para cadeiras de rodas, assentos giratórios, terminal para cartões de crédito e vidros antirruídos.
Eles atraem olhares dos curiosos, que nunca viram um táxi parecido. Mas o privilégio é exclusivo para estrangeiros e egípcios que chegam no aeroporto, segundo a companhia, o Ministério do Turismo egípcio proíbe o uso para as demais pessoas, já que funciona como uma agência turística.
Isto gerou uma polêmica entre os que veem na restrição uma forma de discriminação, os que a julgam como uma política razoável e os que simplesmente não veem utilidade.
"Não sou egípcio e acho um absurdo", escreve um internauta em um blog que anuncia a chegada dos novos táxis. "O Cairo tem serviços de táxis limpos e a bom preço. Não precisamos de outro que acentue mais as diferenças entre as pessoas e que gere sentimentos de racismo no país".
Para Saif, por outro lado, um egípcio de classe alta que não quis dar o sobrenome, a polêmica do novo transporte "não é uma questão de discriminação, mas de cultura".
"É preciso entender que este não é um país como outros. Aqui os egípcios estão acostumados a pechinchar preços e cancelar viagens, enquanto os estrangeiros se comprometem a pagar e a usar o serviço como se deve. Certamente, vão preferir os estrangeiros", diz.
"Por que eu pegaria um desses?", pergunta Ciran Budak, uma sueca que vive no Cairo há quatro anos. "Acho que seria estúpido, especialmente no Egito, onde existem tantas opções. O que esse me oferece que os outros não têm? Vinhos e canapés? Internet? Prefiro pegar um que me cobre US$ 50 para vir do aeroporto".
No menu de táxis da capital egípcia, realmente, não falta diversidade: preto, branco, amarelo, rosa e preto com branco. São cerca de 50 mil veículos que competem todos os dias por clientes cujas preferências parecem estar bem definidas.
O preto e branco, que não possui ar condicionado e taxímetro, e cujo preço varia tanto como o estado de humor do motorista, é também o mais utilizado pelas pessoas com menos recursos.
A classe média, egípcia e estrangeira, por outro lado, tende a preferir os brancos, que contam com as comodidades básicas e uma tarifa base de US$ 0,43, enquanto as classes mais altas ficam com os amarelos (ecológicos) ou os rosas (conduzidos por mulheres), com US$ 0,60 como base.
A esta diversidade se soma o táxi londrino, cujas comodidades também implicam preços que superam os demais.
Enquanto uma viagem do aeroporto às pirâmides em qualquer um dos táxis atuais pode variar entre US$ 10 e US$ 17, o londrino cobra US$ 30, uma tarifa fixa que não admite gorjetas.
Para Saif, está claro que o serviço, que passará de 65 a 400 veículos nos próximos três anos, não chegou para competir com os táxis brancos ou amarelos, "mas com as limusines e esse tipo de serviço é exclusivo para quem pode pagar".
Enquanto isso, os luxuosos táxis abrem passagem nas ruas do Cairo conduzidos por motoristas como Ahmed Assad, que não esconde seu orgulho: "Quando saio com o táxi, as pessoas me olham e alguns até tiram fotos", diz, sorridente.
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