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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/09/2014 | Economia
Luta trabalhista é, no mínimo, por 2% de alta
Luta trabalhista é, no mínimo, por 2% de alta Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Alcançar no mínimo 2% de aumento real (ou seja, acima da reposição das perdas inflacionárias), como foi obtido no ano passado. É com essa expectativa que dirigentes de sindicatos dos metalúrgicos ligados à Força Sindical, entre os quais o de Santo André e Mauá e o de São Caetano, iniciam, oficialmente, a campanha salarial da categoria no Estado, que tem data-base em 1º de novembro. Hoje, pela manhã, haverá a entrega da pauta de reivindicações da categoria na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Em todo o Estado, são 800 mil trabalhadores metalúrgicos na base da Força. Já as duas entidades da região representam 34 mil trabalhadores, mas apenas cerca de 23 mil estão em campanha. Isso porque já havia acordo firmado no ano passado com a fábrica são-caetanense da General Motors (cerca de 11 mil funcionários) para que, em 2014 e 2015, houvesse apenas a reposição pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais abono (neste ano, de R$ 3.700 e, no próximo, de R$ 4.000). Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes, o reajuste de 2014, com índice de 6,35%, já foi feito, com o pagamento do abono no dia 1º.

Em relação à campanha, Nunes diz que o sindicato está preparado para mobilização. “A gente está consciente de que os patrões vão vir com choradeira. Queremos, no mínimo, o ganho do ano passado (reajuste de 8% com 2% de ganho real)”, diz.

Além da reposição da inflação mais aumento real, a federação ligada à Força vai lutar, entre outros pontos, pela redução da jornada de 44 para 40 horas semanais sem diminuição de salários e pela valorização do piso da categoria que, na média, está em R$ 1.300, assinala o secretário-geral dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Sivaldo Silva Pereira, o Espirro. A base dessa entidade vem encolhendo. No ano passado, eram 25 mil metalúrgicos nessas duas cidades. Agora são 20 mil.

CUT - Depois de mais de um mês será retomada a negociação entre a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo) e o grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos), hoje, às 10h, na sede do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

A campanha dos metalúrgicos da CUT, que reúne no Estado 250 mil trabalhadores (dos quais cerca de 96 mil na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) começou em junho e vem se arrastando, devido à falta de disposição das bancadas patronais em oferecer aumento real. Se o impasse perdurar hoje, a categoria pode intensificar as mobilizações.

Segundo o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro-Biro, a federação deixará claro que não aceitará proposta sem aumento real no salário.

Campanhas em ano eleitoral costumam ser mais difíceis, porque os patrões empurram as discussões para coincidirem com o período de eleição, afirma o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima. “Entregamos em junho (a pauta), já era para termos concluído”, afirma. “Não podemos sair (da mesa de negociação) sem aumento real”, acrescenta. Ele cita ainda que, apesar das dificuldades do setor automotivo, as empresas, nos últimos anos, conseguiram ganhos de produtividade e, por isso, poderiam elevar os salários.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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